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Esta edição inclue Resumos de todos os artigos de Ciências Clínica e Laboratorial  publicados em Fevereiro de 2006. Os textos completos, em Inglês, estão disponíveis somente para assinantes ou sob pagamento (US$ 8 por artigo).

Portuguese Abstracts
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This edition includes Portuguese translations of the abstracts of all Clinical and Laboratory Science articles from the February 2006 issue. The full text is only available in Englishto subscribers or on a pay per view basis (US$8 per article)

Fevereiro/ February   2006
Volume 90 Number/ número 2

Clinical science - scientific reports Ciência clínica – relatos científicos
Clinical science - extended reports Ciência clínica – relatos extendidos
Laboratory science - extended reports Ciência laboratorial – relatos extendidos

Editors/ Editores: Dr Daniel de Souza Pereira and Dr Jonathan Lake
bhisit{at}itsa.ucsf.edu  bhisit{at}itsa.ucsf.edu


  Clinical science - scientific reports 

Contaminação microbiana de colírios sem preservantes em frascos de múltipla aplicação
Mamun Q Rahman, Deepak Tejwani, Julie Wilson, Ian Butcher e Kanna Ramaesh
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Medida da profundidade da câmara anterior por meio de paquimetria óptica: diferenças sistemáticas utlizando o acessório Haag-Streit No I para espessura corneal e II para profundidade de câmara versus somente o acessório II
Rupert Richard Bourne e Poul H Alsbirk
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Segurança e eficácia da facoemulsificação combinada à trabeculectomia com suturas reajustáveis
Walter J. Stark, Omar Awad, Raj K. Goyal, Elizabeth Vito e Anthony Kouzis
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Visão de cores em carreadores assintomáticos de neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON) com mutação do DNAmt 11778 em uma extensa família brasileira com linhagem LHON: um estudo caso controle
Peter A Quiros, Rodrigo J Torres, Solange Salomão, Adriana Berezovsky, Valerio Carelli, Jerome Sherman, Federico Sadun, Anna Maria De Negri, Rubens Belfort e Alfredo Sadun
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  Clinical science - extended reports

Neuropatia óptica isquêmca não arterítica e o tratamento de disfunção erétil
Gerald McGwin, Jr., Michael S. Vaphiades, Tyler A. Hall e Cynthia Owsley
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Resultados a longo prazo após termoterapia transpupilar em olhos com neovascularização oculta de coróide associada à degeneração macular relacionada à idade – um estudo prospectivo
Ulrike Stolba, Ilse Krebs, Peggy D. Lamar, Tina Aggermann, Diego Gruber e Susanne Binder
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O aumento do custo de medicações para glaucoma na Irlanda de 1996 a 2003
Angela Knox, Michael Barry, Bernadette McGowan e Colm O'Brien
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Melhora do epitélio conjuntival após pilocarpina sistêmica em pacientes com Síndrome de Sjogren
Pasquale Aragona, Rossana Di Pietro, Rosaria Spinella e Michele Mobrici
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Associação entre epilação e opacidade de córnea em olhos com triquíase tracomatosa
Emily S West, Beatriz Munoz, Alemush Imeru, Wondu Alemayehu, Muluken Melese e Sheila K West
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Cirurgia de glaucoma com mitomicina-C – evolução da avascularidade da bolha, efusão conjuntival e vazamentos
Nitin Anand, Seema Arora e Martin Clowes
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Observação do disco óptico por 3D com imagens estereo por meio de registro duplo e correção óptica dos meios ópticos
Juan XU, Opas Chutatape, Ce Zheng e Paul Tec Kuan Chew
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Um novo parâmetro para avaliação de qualidade na tomografia de coerência óptica
Daniel M Stein, Hiroshi Ishikawa, Ravi Hariprasad, Gadi Wollstein, Robert J Noecker, James Fujimoto e Joel S Schuman
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Tomografia de Coerência Óptica de resolução ultra-alta em degeneração macular relacionada à idade não exsudativa
Cristiana G Pieroni, Andre J Witkin, Tony H Ko, James G Fujimoto, Annie Chan, Joel S Schuman, Elias Reichel e Jay S Duker
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Melhora da autorregulação retínica nas pequenas arteríolas antes e após laser-terapia focal em maculopatia diabética
Peter Jeppesen e Toke Bek
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Erros refrativos sem correção em adolescentes de Cingapura
David CS Ho, Christopher CB Ng, Errol W Chan, Alvin JH Ngeow, Ramesh Wijaya, Venkataraman Ashok, Wilfred Tang, Gus Gazzard, Wei-Han Chua e Seang-Mei Saw
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Bioadesivo para cirurgia de ressecção muscular sem sutura ADAL-1®: um estudo clínico
Maria Emilia Mulet, Jorge L Alio, Maria Mar Mahiques e Jose M Martin
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Marcadores imunofenotípicos para diferenciação entre lesões melanocíticas benignas e malignas
Sander Keijser, Guy Missotten, Johannes M Bonfrer, Didi De Wolff-Rouendaal, Martine J Jager e Rob J.W. De Keizer
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  Laboratory science - extended reports

Análise da inflamação corneal induzida por cauterização em ratos "knockout" CCR2 e MCP-1
Toru Oshima, Koh-Hei Sonoda, Chikako Tsutsumi-Miyahara, Hong Qiao, Toshio Hisatomi, Shintaro Nakao, Shinjiro Hamano, Kensuke Egashira, Israel F Charo e Tatsuro Ishibashi
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Expressão relacionada ao ciclo do Glutamato & proteínas anti-apoptose pelas células de Muller no desenvolvimento precoce da retina humana
Pierre Georges, Elisa E Cornish, Jan M Provis e Michele C Madigan
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Efeitos fototóxicos mediados por endoiluminadores em células A2e
Yasuo Yanagi, Yuji Inoue, Woo-Dong Jang e Kazuaki Kadonosono
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Efeitos do acetonido de triancinolona e preservativos na viabilidade celular
Saad Shaikh, Son Ho, Lauren Engelmann e Stephen W. Klemann
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  Clinical science - scientific reports 

Contaminação microbiana de colírios sem preservantes em frascos de múltipla aplicação
Mamun Q Rahman, Deepak Tejwani, Julie Wilson, Ian Butcher e Kanna Ramaesh

Resumo
Objetivos:
A maioria dos colírios utilizados no Reino Unido contém preservantes e são engarrafados em frascos de plástico. Colírios sem preservantes são utilizados para evitar irritação ocular e alergias em alguns indivíduos. O objetivo deste estudo foi pesquisar a incidência de contaminação microbiana de colírios sem preservantes armazenados em frascos multi-uso.
Métodos: Frascos de colírios foram coletados de pacientes da enfermaria e do ambulatório do Instituto de Oftalmologia Tennent. Os frascos foram coletados no terceiro dia de uso (pacientes internados) e no sétimo dia de uso (pacientes ambulatoriais). As gotas foram semeadas em placas de agar chocolate, agar sangue, Saboraud e TSB, e o crescimento resultante foi identificado com técnicas padrões de identificação microbiana.
Resultados: Noventa e cinco frascos de colírios foram obtidos contendo uma variedade de 11 medicações diferentes. Crescimento bacteriano significativo foi encontrado em oito frascos. No total, sete tipos diferentes de organismos foram identificados nos colírios. Os organismos identificados foram S. aureus, Stafilo coagulase negativo, bascillus sp, Serratia spp, Klebsiella oxytoca, Enterobacter cloacae e estreptococos alfa. S. aureus foi o organismo mais encontrado.
Conclusão: Colírios sem preservante em frascos de aplicação múltipla apresentam risco de contaminação de microorganismos potencialmente patogênicos.

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Medida da profundidade da câmara anterior por meio de paquimetria óptica: diferenças sistemáticas utlizando o acessório Haag-Streit No I para espessura corneal e II para profundidade de câmara versus somente o acessório II
Rupert Richard Bourne e Poul H Alsbirk

Resumo
Introdução:
Haag-Streit recomenda que para medida mais precisa da profundidade da câmara anterior, a espessura corneal, medida pelo acessório I, deve ser deduzida pela medida do epitélio da córnea até a superfície do cristalino, realizado pelo acessório II (método A). Freqüentemente oftalmologistas usam a medida realizada do endotélio da córnea até a superfície do cristalino, utilizando somente o acessório II (método B), que é um método mais simples e fácil. Este estudo observou diferenças entre o método A e B.
Métodos: Dois estudos foram realizados de forma independente por cada autor. PHA mediu 127 (27 homens, 100 mulheres; idade média 66,9 anos) pacientes dinamarqueses encaminhados para avaliação por possível fechamento de ângulo. RRB mediu 109 pacientes (30 homens, 79 mulheres; idade média 61,3 anos) consecutivamente em uma pesquisa populacional de glaucoma em Rom Kiao, na Tailândia.
Resultados: Utilizando o método A, a PCA média foi de 1,97mm (DP, 0,29) no estudo Dinamarquês e 2,59mm (DP:0,27) no estudo Tailandês. A PCA medida com o método B foi significativamente (P<0,001) mais profunda do que o método A em ambos os estudos (Dinamarquês: diferença=0,118 [95%IC: 0,109-0,127]; Tailândia: diferença=0,166mm [95%IC: 0,158-0,174]). Com um aumento na PCA de 1 mm, a diferença metodológica aumentou 0,052mm (fórmula de regressão: diferença (B-A)=0,0667 x PCA média – 0,0148; R2=0,31). Esta correlação positiva não alterou significativamente entre os dois estudos.
Conclusões: A relevância e a importância de estimar a profundidade da câmara anterior como um fator de risco em glaucoma de ângulo fechado primário são enfatizadas de forma repetida. Este é o primeiro estudo empírico que quantifica a diferença na PCA utilizando estes dois métodos em duas amostras, uma clínica (suspeita de ângulo fechado) e outra baseada em população. O tamanho da diferença metodológica tem um nível que corresponde à redução da PCA por década de vida, ou aproximadamente 6% da PCA em um olho qualquer. Estes achados mostram a importância do reconhecimento de que estes dois métodos fornecerão resultados diferentes e recomendam que a medida da PCA deve ser padronizada com o paquímetro Haag-Streit.

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Segurança e eficácia da facoemulsificação combinada à trabeculectomia com suturas reajustáveis
Walter J. Stark, Omar Awad, Raj K. Goyal, Elizabeth Vito e Anthony Kouzis

Resumo
Objertivo:
Avaliar a facoemulsificação com implante de lente intraocular acrílica combinada à trabeculectomia com suturas reajustáveis sem o uso de antimetabólitos, realizada por um cirurgião.
Métodos: Foi realizada análise retrospectiva em 251 olhos de 198 pacientes após procedimento combinado de faco/trabeculectomia, acompanhados por uma média de 16 meses quanto a visão, pressão intra ocular (PIO) e número de medicações para glaucoma. Análise Cox de regressão proporcional de riscos forneceu medidas de risco relativo (RR) ou proporções de risco e 95% de intervalos coincidentes (ICs) associados à ocorrência de condições graves ou complicações da cirurgia.
Resultados: As médias das variáveis pré-operatórias foram: melhor acuidade visual corrigida 0,6 ± 0,4 LogMAR (20/80 Snellen), PIO
18,7 ± 4,9 mm Hg e número de medicações para glaucoma
1,7 ± 0,8. As médias dos resultados pós-operatórios foram: melhor acuidade visual corrigida 0,2 ± 0,4 LogMAR (20/32 Snellen), PIO
15,1 ± 3,2 mmHg e número de medicações para glaucoma 0,3 ± 0,6. No pós-operatório a diminuição das medias foi de 19,2% para PIO e 84,1% para número de medicações para glaucoma; 85% dos olhos necessitaram de menos medicações e 78% ficaram livres de medicações com bom controle da PIO. Não ocorreram complicações intra ou pós-operatórias significantes.
Conclusão: Facoemulsificação combinada à trabeculectomia com sutura reajustável sem uso de antimetabólitos é uma alternativa segura, eficiente e estável para pacientes com catarata e glaucoma.

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Visão de cores em carreadores assintomáticos de neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON) com mutação do DNAmt 11778 em uma extensa família brasileira com linhagem LHON: um estudo caso controle
Peter A Quiros, Rodrigo J Torres, Solange Salomão, Adriana Berezovsky, Valerio Carelli, Jerome Sherman, Federico Sadun, Anna Maria De Negri, Rubens Belfort e Alfredo Sadun

Resumo
Introdução/Objetivos:
Determinar se carreadores assintomáticos de uma linhagem extensa previamente identificada de neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON) com mutação do DNAmt 11778 têm diminuição da visão de cores.
Métodos: Como parte de uma análise compreensiva de mais de 200 membros de uma extensa família brasileira com linhagem LHON de 7 gerações, visão de cores foi obtida de 91 membros. A visão de cores foi testada em um olho de cada vez, utilizando o teste de Farnsworth-Munsell 100 (FM-100). O teste foi administrado em condições uniformes, levando em consideração: luminosidade do ambiente, temperatura da luz do dia de 6700 kelvins e fundo neutro e uniforme. Os testes foram classificados utilizando o programa computadorizado de pontuação FM-100 MS-excel. Defeitos foram determinados e categorizados como tritan, deutan ou protan. A categorização de cada discromatopsia foi baseada em revisão de eixos demonstrados de lotes gerados em computador e pontuações dos erros de idade ajustados que coincidiram com Verriest 95% de intervalos coincidentes. Apenas os eixos com a pontuação de erro de maior magnitude foram usados para classificar o defeito. 55 dos 91 indivíduos testados eram carreadores do DNAmt 11778 para LHON mutação do haplotipo-j, comprovado por análise do DNAmt. Os 36 indivíduos restantes eram parentes não consangüíneos de idades coincidentes que serviram como controles.
Resultados: 27 de 55 carreadores (49,10%) demonstraram apresentar defeito na visão de cores em um ou ambos os olhos. 13 dos 27 (48%) testes anormais no grupo dos carreadores foram defeitos tritan e os 14 restantes (52%) foram defeitos deutan. 9 dos 27 (33%) anormais no grupo dos carreadores mostraram defeitos bilaterais. 6 deles foram deutan e os 3 restantes, discromatopsias tritan. Apenas 6 dos 36 (16,66%) controles com idades coincidentes demonstraram qualquer tipo de discromatopsia e 5 (83,3%) destes eram defeitos deutan. O único restante foi defeito tritan. A diferença entre os dois grupos, utilizando um teste Qui-quadrado com um grau de liberdade, foi estatisticamente significante com o valor p menor que 0,001.
Conclusões: Até agora, LHON tem sido sempre caracterizado por perda súbita e devastadora da visão. Carreadores assintomáticos, aqueles sem perda de visão, eram considerados não afetados pela doença. Agora parece que carreadores assintomáticos da mutação LHON são afetados com defeitos na visão de cores e devem manifestar outras alterações súbitas ou até mesmo crônicas.

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  Clinical science - extended reports

Neuropatia óptica isquêmca não arterítica e o tratamento de disfunção erétil
Gerald McGwin, Jr., Michael S. Vaphiades, Tyler A. Hall e Cynthia Owsley

Resumo
Objetivo:
Determinar a associação entre uso de Viagra (sildenafil) e Cialis (tadalafil) e neuropatia óptica isquêmica não arterítica (NOIAN).
Métodos: Foi conduzido um estudo caso controle combinado. Trinta e oito casos de NOIAN em homens foram identificados em um serviço oftalmológico acadêmico em Birmingham, Alabama e combinados (em idade) a 38 controles sem história de NOIAN. Informações sobre uso recente ou passado de Viagra e/ou Cialis foi obtida em um questionário por telefone.
Resultados: Nenhum homem com NOIAN teve mais afinidade para relatar história de uso de Viagra ou Cialis comparado aos controles de idades similares (relação das proporções [RP] 1,75, 95% intervalos coincidentes [IC] 0,48-6,30 e RP 1,82, 95% IC 0,21-15,39). Contudo, para aqueles com história de infarto do miocárdio, uma associação estatisticamente significante foi observada (RP 10,7, 95% IC 1,3-95,8). Associação similar foi observada para aqueles com uma história de hipertensão arterial, embora não houvesse significância estatística (RP 6,9, 95% IC 0,8-63,6).
Conclusões: Para homens com história de infarto do miocárdio ou hipertensão arterial, o uso de Viagra ou Cialis deve aumentar o risco de NOIAN. Médicos que prescrevem estes medicamentos para pacientes com estas condições deveriam advertê-los sobre o risco potencial de NOIAN.

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Resultados a longo prazo após termoterapia transpupilar em olhos com neovascularização oculta de coróide associada à degeneração macular relacionada à idade – um estudo prospectivo
Ulrike Stolba, Ilse Krebs, Peggy D. Lamar, Tina Aggermann, Diego Gruber e Susanne Binder

Resumo
Objetivo:
Avaliar os resultados a longo prazo da termoterapia transpupilar em olhos com degeneração macular relacionada à idade exsudativa.
Métodos: Em um estudo clínico prospectivo, olhos com neovascularização oculta ou predominantemente oculta de coróide, sem tratamento prévio, foram agendados para uma termoterapia transpupilar utilizando força de 630mW 6,12 tendo a acuidade visual para longe e perto assim como a sensibilidade para contraste avaliados estatisticamente após 24 meses.
Resultados: 47 olhos atenderam aos critérios de inclusão. De todos, 70% mostraram uma melhora (14%) ou manutenção (56%) da visão ETDRS após 24 meses. Visão de leitura estava estabilizada (56%) ou melhor (5%) em 56% dos ohos neste ponto. Contudo, o amento do número de olhos com deteriorações graves resultou em diminuição significante de ambos os parâmetros com o tempo (p=0,0002 e p=0,0003 respectivamente). Sensibilidade ao contraste pôde se manter (70%) ou melhorar (9%) em 79%. Análise estatística indicou tendência, mas não queda, significante com o tempo (p=0,056).
Conclusão: Apesar da maioria dos pacientes ter a acuidade visual para longe e perto estabilizadas, em média, uma diminuição significante da visão com o tempo após a termoterapia transpupilar foi observada. Comparação estatística entre o mês 12 e 24 não mostrou deterioração adicional.

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O aumento do custo de medicações para glaucoma na Irlanda de 1996 a 2003
Angela Knox, Michael Barry, Bernadette McGowan e Colm O'Brien

Resumo
Introdu��o:
Glaucoma afeta aproximadamente 2% da popula��o em paises desenvolvidos e estimativas mostram que afeta 67 milh�es de pessoas no mundo. Pesquisamos o efeito da introdu��o de novas medica��es no volume e no custo de medica��es para glaucoma em dois paises: Irlanda do Norte (IN, popula��o 1,7 milh�es) e Rep�blica da Irlanda (RI, popula��o 3,9 milh�es) em oito anos de 1996 a 2003. Observamos tamb�m os �ndices de cirurgias de glaucoma no mesmo per�odo para ambos os paises.
M�todos: Uma an�lise retrospectiva do custo de medica��es e de dados de prescri��o e �ndices de cirurgia de glaucoma na Irlanda de Janeiro de 1996 a Dezembro de 2003 foi realizada. Informa��es relacionadas aos custos e ao volume para cada tipo de medica��o de glaucoma foram obtidas e foram agrupadas em subse��es de tratamento de glaucoma de acordo com o que � descrito no Formul�rio Nacional Brit�nico. A informa��o sobre medicamentos foi obtida da Ag�ncia Central de Servi�os na IN e RI e inclu�u tanto as prescri��es particulares quanto p�blicas. Informa��o sobre os �ndices de cirurgia para glaucoma foram obtidas no Departamento de Sa�de e Servi�os Sociais na IN e em dados ambulatoriais do registro nacional da RI.
Resultados: Houve um aumento de 30% nos itens de prescri��o para glaucoma na IN e de 59% na RI de 1996 a 2003. Os custos aumentaram de forma mais r�pida do que o n�mero de itens: 227% na RI e 78% na IN de Janeiro de 1996 a Dezembro de 2003. NA RI houve um aumento m�dio anual de 19% nos custos. Na IN novas medica��es representaram 40% da quantidade de itens de prescri��o para glaucoma e 63% do custo do mercado em 2003. Na RI novas drogas representaram 57% da quantidade e 77% do custo do mercado para glaucoma em 2003, an�logos da prostaglandina representaram 53% do custo. O n�mero de trabeculectomias diminuiu em at� 60% em ambos os paises.
Conclus�o: O volume e o custo de medica��es para glaucoma aumentou de forma dram�tica tanto na IN quanto na RI de 1996 a 2003, provavelmente devido a uma combina��o de altera��es demogr�ficas e uma altera��o da abordagem do manejo de pacientes com glaucoma e hipertens�o ocular. Em 2003 na RI, an�logos da prostaglandina foram a classe de medica��es mais prescritas, causando um aumento importante nos gastos com medica��es.

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Melhora do epitélio conjuntival após pilocarpina sistêmica em pacientes com Síndrome de Sjogren
Pasquale Aragona, Rossana Di Pietro, Rosaria Spinella e Michele Mobrici

Resumo
Objetivo:
Avaliar o efeito da pilocarpina oral no epitélio da conjuntiva em pacientes com Síndrome de Sjogren (SS).
Métodos: Quinze pacientes com SS primário foram incluídos neste estudo comparativo prospectivo mascarado. Pacientes foram submetidos a pilocarpina oral durante 2 meses e foram estudados antes (T0) e depois de um mês (T1), dois meses (T2) e quinze dias após a suspensão do tratamento (T3). Sintomas oculares e sistêmicos, BUT, fluoresceína, Teste de Schirmer I, teste de secreção basal da lágrima e citologia de impressão foram realizados. Os testes T de Student e Mann-Whitney U foram utilizados para o estudo estatístico.
Resultados: A citologia de impressão conjuntival mostrou um aumento no número de células caliciformes no T1 (1,6±1,2 vs 0,6±0,7 no T0, p=0,025) melhorando no T2 (5,1±1,7; p<0,001 vs T0 e T1). No T3 o número de células caliciformes diminuiu significativamente (1,9±1,1; p<0,001 vs T2).
Uma melhora na xerostomia iniciou-se no T1 e voltou aos valores basais no T3. Quanto aos sintomas oculares, a sensação de queimação e de olho seco melhoraram no T1 enquanto o olho seco melhorou no T2. O BUT mostrou uma melhora significativa no T2.
Conclusões: Pilocarpina oral induziu um aumento no número de células caliciformes e uma melhora do epitélio conjuntival independentemente da secreção lacrimal.

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Associação entre epilação e opacidade de córnea em olhos com triquíase tracomatosa
Emily S West, Beatriz Munoz, Alemush Imeru, Wondu Alemayehu, Muluken Melese e Sheila K West

Resumo
Objetivo:
Avaliar a associação entre epilação e opacidade corneal (OC) em pacientes com triquíase indicados para cirurgia.
Métodos: Dados transversais do estudo STAR foram utilizados. Pacientes indicados para cirurgia de triquíase na Zona Wolayta, Etiópia foram avaliados quanto ao estado atual de triquíase. Número de cílios invertidos, evidência de epilação, nível de entrópio, duração da triquíase e opacidade foram os dados coletados. O resultado primário foi a prevalência de OC estratificada de acordo com o entrópio e o estado de epilação.
Resultados: Aproximadamente 10% dos olhos com entrópio leve apresentaram OC, independentemente do estado da epilação. Dentre os olhos com entrópio moderado, olhos epilados foram menos propensos a apresentar OC que olhos não-epilados (21% vs 34% p=0,002). A mesma associação foi observada em olhos com entrópio grave; 43% dos olhos epilados vs 74% dos olhos não epilados apresentaram OC (p<0,0001). A presença de OC aumentrou com a idade. Modelos ajustados mostraram um efeito protetor da epilação em olhos com entrópio moderado ou grave (RP: 0,51; 95% IC: 0,32-0,83 e RP: 0,24; 95% IC: 0,13-0,45, respectivamente). Entre olhos com entrópio leve não houve diferença na prevalência de OC em olhos epilados e não epilados.
Conclusão: Entrópio foi o fator preditivo mais importante de OC. Associações tranversais sugerem que a epilação não seja importante em olhos com entrópio leve, mas podem oferecer proteção contra OC em olhos com entrópio moderado a grave. Epilação não deveria ser um substituto para a cirurgia de triquíase já que 43% dos olhos com entrópio grave que foram epilados ainda apresentavam OC

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Cirurgia de glaucoma com mitomicina-C – evolução da avascularidade da bolha, efusão conjuntival e vazamentos
Nitin Anand, Seema Arora e Martin Clowes

Resumo
Objetivos:
Avaliar prospectivamente a evolução de fatores de alto risco de bolhas conjuntivais filtrantes como avascularidade, efusão conjuntival e vazamentos após cirurgia de glaucoma com mitomicina-C.
Métodos: Estudo prospectivo de 2 anos sobre as características da bolha em 125 olhos de 125 pacientes consecutivos que foram submetidos à cirurgia de glaucoma com mitomicina-C (MMC) com filtração inicial bem sucedida. MMC (0,2mg/ml por 2 minutos ) foi aplicada na área do retalho escleral antes da dissecção. Cirurgias de glaucoma incluíram trabeculectomia, esclerectomia profunda e procedimentos combinados. Um "strip" de fluoresceína seco foi aplicado na parte avascular da bolha e efusão de aquoso com ou sem fluxo foi observado.
Resultados: O tempo médio (CI 95%) para observar avascularidade, efusão de aquoso e vazamentos foi de 106 dias (69 a 143), 208 dias (155 a 261) e 609 dias (559 a 659), respectivamente. Os vazamentos da bolha foram observados em 17 olhos (13,6%) a 15 olhos (24,6%) no grupo da trabeculectomia e 2 (3,1%) no grupo da esclerectomia profunda (p= 0,003). Análises de sobrevida de Kaplan – Méier mostraram que a probabilidade de observar avascularidade da bolha no 6, 12, e 24o mês após a cirurgia foi de 56%, 71% e 73%, respectivamente. Em olhos com bolhas avasculares a probabilidade de desenvolver efusão do aquoso e vazamentos foi de 77% e 1% aos 6 meses, 81% e 12% aos 12 meses e 95% e 26% aos 24 meses, respectivamente. As análises de regressão de Cox e testes de log-rank mostraram que olhos com bolhas avasculares grandes (>4mm) apresentavam maior probabilidade de desenvolver efusão do aquoso (relação das probabilidades 3,77, p=0,001) e vazamentos tardios da bolha apresentavam maior probabilidade de surgirem nos olhos do grupo da trabeculectomia do que no grupo da esclerectomia profunda (relação das probabilidades 0,06, p=0,0006).
Conclusões: A aplicação de MMC sobre uma área de dissecção do flap durante a cirurgia de glaucoma está associado a uma incidência alta de avascularidade da bolha, efusão do aquoso e vazamentos tardios. A maior parte dos olhos desenvolveu avascularidade da bolha no período de um ano após a cirurgia. Efusão eventualmente será observada em todos os olhos com bolhas avasculares e a incidência de vazamentos aumenta com o tempo. Este estudo mostra que pacientes submetidos a cirurgia de glaucoma com MMC e bolhas avasculares devem ser monitorados indefinidamente.

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Observação do disco óptico por 3D com imagens estereo por meio de registro duplo e correção óptica dos meios ópticos
Juan XU, Opas Chutatape, Ce Zheng e Paul Tec Kuan Chew

Resumo
A observação tridimensional (3D) do disco óptico nas suas cores reais irá apresentar significados clínicos essenciais. Não é útil somente para médicos na avaliação da condição do disco óptico mas também simplifica o diagnóstico patológico e monitoração da doença. Este trabalho descreve um método de reconstrução completa do disco óptico em 3D a partir de um par de imagens estereo após uma série de procedimentos robustos que incluem calibração da câmera, registro da imagem, recuperação da profundidade e inclusão óptica dos meios ópticos. Duas técnicas de registro (métodos de correlação e baseados em características) são combinadas para podar alguns pontos de desencontro de forma a melhorar a precisão geral do registro. Os meios oculares dentro do globo ocular são modelados como uma lente única e integrados no processo de reconstrução para obter uma imagem precisa do disco óptico em 3D. As imagens recuperadas do disco óptico mostram boa consistência e compatibilidade quando comparadas aos resultados do Tomógrafo de Retina Heidelberg (HRT) sob validação clínica, com a vantagem adicional de implementar uma forma mais econômica e convencional de aquisição de imagem da retina.

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Um novo parâmetro para avaliação de qualidade na tomografia de coerência óptica
Daniel M Stein, Hiroshi Ishikawa, Ravi Hariprasad, Gadi Wollstein, Robert J Noecker, James Fujimoto e Joel S Schuman

Resumo
Objetivo:
Criar um novo método automatizado para avaliação da qualidade das imagens da tomografia de coerência óptica (OCT) e comparar a sua qualidade de imagens, discriminando essa habilidade com a proporção do sinal de interferência (SNR) e a força do sinal (SS) como parâmetros de avaliação de qualidade.
Métodos: Um novo parâmetro de avaliação da qualidade de imagem do OCT, "Quality Index" (QI), foi criado. Imagens de OCT (varreduras macular linear, peripapilar circular e da cabeça do nervo óptico) foram analisadas, utilizando o sistema mais recente StratusOCT. SNR e SS foram coletados para cada imagem. QI foi calculado baseado em informação de histograma de imagem, utilizando um "software" criado por nós mesmos. Para avaliar a performance destes parâmetros, os resultados do acompanhamento foram comparados com 3 níveis de graduação subjetiva (excelente, aceitável e pobre) realizados por 3 especialistas em OCT.
Resultados: 63 imagens de 21 indivíduos (7 normais,7 glaucomas
precoce/moderados e 7 glaucomas avançados) foram selecionados neste estudo. Os indivíduos foram selecionados de maneira retrospectiva consecutiva em nosso banco de dados de imagens de OCT. Houve diferenças significantes em SNR, SS e QI entre imagens excelentes e pobres (p=0,04, p=0,002 e p<0,001, respectivamente, teste de Wilcoxon) e entre imagens aceitáveis e pobres (p=0,02, p<0,001 e p<0,001, respectivamente). Apenas QI mostru diferença significante entre imagens excelentes e aceitáveis (p=0,001). Áreas abaixo das características do receptor operante (ROC) curva de discriminação de imagens pobres à excelentes/aceitáveis foram 0,68 (SNR), 0,89 (IQP) e 0,99 (QI).
Conclusões: Um índice de qualidade como QI deve permitir acesso automatizado quantitativo e objetivo da qualidade da imagem do OCT com eficácia similar a um observador humano especializado.

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Tomografia de Coerência Óptica de resolução ultra-alta em degeneração macular relacionada à idade não exsudativa
Cristiana G Pieroni, Andre J Witkin, Tony H Ko, James G Fujimoto, Annie Chan, Joel S Schuman, Elias Reichel e Jay S Duker

Resumo
Objetivo:
Descrever a aparência de formas não exsudativas de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) definidas por tomografia de coerência óptica de resolução ultra-alta (UHR-OCT).
Métodos: Um sistema oftálmico de UHR-OCT que utiliza uma fonte de luz de laser femtosecond capaz de uma resolução axial de ~3 µm foi aplicado para obtenção de imagens de corte transversal de pacientes com DMRI não exsudativa. Foram realizados estudos observacionais das imagens retínicas resultantes.
Resultados: Cinquenta e dois olhos de 42 pacientes com diagnóstico clínico de DMRI não exsudativa foram examinados utilizando o sistema UHR-OCT. Quarenta e sete dos 52 (90%) olhos tiveram diagnóstico clínico de drusas e/ou alterações do epitélio pigmentado. Nestes pacientes três padrões de drusas eram aparentes no UHR-OCT: (1) excrescências distintas do EPR, (2) um padrão serrilhado do EPR e (3) drusas nodulares. No UHR-OCT, 3 olhos (6%) com diagnóstico clínico de DMRI não exsudativa tiveram evidência de flúido embaixo de retina ou do EPR. Dois deles tiveram achados suspeitos para neovascularização coroidal subclínica no UHR-OCT.
Conclusões: Com a resolução aumentada do UHR-OCT comparado ao OCT padrão, o envolvimento das camadas externas da retina são mais claramente definidas. O UHR-OCT deve possibilitar a detecção de alterações exsudativas precoces invisíveis ao exame clínico e à angiografia.

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Melhora da autorregulação retínica nas pequenas arteríolas antes e após laser-terapia focal em maculopatia diabética
Peter Jeppesen e Toke Bek

Resumo
Objetivos:
Estudar o efeito do aumento agudo da pressão arterial na resposta do diâmetro de arteríolas retínicas responsáveis por áreas com edema macular diabético focal antes e após fotocoagulação com laser e de arteríolas controle responsáveis por áreas sem edema.
Métodos: A resposta no diâmetro arterial após aumento na pressão arterial induzida por exercício isométrico foi estudada em 17 pacientes diabéticos, utilizando o analisador de vasos retínicos (RVA). Em cada paciente foi selecionada uma artéríola de estudo responsável por uma área de edema focal assim como uma arteríola controle responsável por uma área sem retinopatia e a resposta do diâmetro dos vasos foi avaliada imediatamente depois, uma hora e três meses após fotocoagulação focal com laser na área de edema focal.
Resultados: Antes da fotocoagulação com laser, o diâmetro vascular aumentou tanto nas arteríolas estudo quanto nas controle. O tratamento induziu regressão do edema retínico focal, mas não afetou a resposta no diâmetro das arteríolas responsáveis por esta área (p=0,85).
Conclusão: A melhora da resposta no diâmetro em arteríolas pequenas de pacientes diabéticos não corresponde à distribuição da retinopatia. Outros fatores que alteram a autorregulação estão provavelmente envolvidos na origem de distúrbios circulatórios e edema na maculopatia diabética.

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Erros refrativos sem correção em adolescentes de Cingapura
David CS Ho, Christopher CB Ng, Errol W Chan, Alvin JH Ngeow, Ramesh Wijaya, Venkataraman Ashok, Wilfred Tang, Gus Gazzard, Wei-Han Chua e Seang-Mei Saw

Resumo
Objetivo
: Avaliar a prevalência de erros refrativos sem correção e fatores de risco associados em crianças com idade de 12 a 16 anos (sétimo grau)
em escolas de Cingapura.
Métodos: Estudo transversal de 628 participantes (índice de participação = 99,8%) foi realizado em duas escolas. Um questionário com entrevistador questionando variáveis sociodemográficas e fatores de risco foi realizado. Erros refrativos foram medidos utilizando um auto-refrator. Participantes com AV de 0,2 logMAR ou pior foram submetidos a refração subjetiva. Erros refrativos sem correção foram definidos como melhora de pelo menos 0,2logMAR na acuidade visual melhor corrigida após refração subjetiva.
Resultados: A prevalência de erros refrativos sem correção foi de 22,3% (95% (IC) 19,0% a 25,5%). A relação das probabilidades multivariada ajustada de erro refrativo sem correção em alunos com a menor habilidade acadêmica foi de 2,24 (95% IC 1,34 a 3,73). O aumento do intervalo de tempo desde a última visita a um oftalmologista aumentou o risco de erro refrativo sem correção (p = 0,001).
Conclusões: Erros refrativos sem correção foram um problema significativo em estudantes de Cingapura de 12 a 16 anos. Erros refrativos foram mais comuns em estudantes com habilidade acadêmica menor ou que não haviam visitado um oftalmologista por um período de tempo longo.

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Bioadesivo para cirurgia de ressecção muscular sem sutura ADAL-1®: um estudo clínico
Maria Emilia Mulet, Jorge L Alio, Maria Mar Mahiques e Jose M Martin

Resumo
Introdução/Objetivos:
Avaliar a eficácia e biotolerância do adesivo para músculos em cirurgia de estrabismo Adal-1®.
Métodos: 27 olhos foram incluídos no estudo: 17 no grupo controle e 10 no grupo de estudo. Foi realizada cirurgia de ressecção de músculos retos horizontais. No grupo controle o músculo foi suturado à esclera com vicryl® 7/0. No grupo de estudo o adesivo Adal-1® foi utilizado no lugar da sutura. A eficácia da adesão do músculo à esclera e sua biotolerância nos tecidos visinhos foram avaliados.
Resultados: A ressecção muscular no grupo controle foi de 8,17±2,38 com reposicionamento a 0,02 ±1,7 mm. No grupo de estudo a ressecção muscular foi de 9,09 ± 3,08 e o reposicionamento a 0,15 ± 1,56 mm, não mostrando diferenças estatísticas significantes entre as duas técnicas (P<0,05). A inflamação dos tecidos vizinhos no pós operatório imediato foi maior na técnica com sutura (P>0,05), mas não houve diferenças estatísticas nos outros períodos pós operatórios (U-Man-Whitney).
Conclusão: ADAL-1® foi uma alternativa eficaz e segura à sutura na ressecção muscular pra cirurgia de estrabismo neste estudo.

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Marcadores imunofenotípicos para diferenciação entre lesões melanocíticas benignas e malignas
Sander Keijser, Guy Missotten, Johannes M Bonfrer, Didi De Wolff-Rouendaal, Martine J Jager e Rob J.W. De Keizer

Resumo
Introdução:
Pesquisamos a expressão de S100A1, S100A6, MelanA e CEA em nevos conjuntivais, melanose primária adquirida (MPA), melanoma conjuntival e melanoma uveal para avaliar sua utilidade potencial no diagnóstico diferencial patológico destas afecções.
Métodos: Secções parafinadas de 18 nevos conjuntivais, 16 melanomas conjuntivais e 20 melanomas uveais foram imunocoradas para S100A1, S100A6, S100B, MelanA e CEA e a expressão foi semi-quantificada.
Resultados: Expressão de S100A1 foi significativamente diferente entre os nevos conjuntivais e os melanomas conjuntivais com porcentagens de células positivas de 30,6% e 71,4%, respectivamente. Melanomas conjuntivais apresentaram resultados médios altos para S100A1 e S100B (71,4%, 62,9%, respectivamente). MelanA foi muito variável; nevos e melanomas uveais apresentaram resultados médios mais altos do que os melanomas conjuntivais. CEA não foi detectável nos 4 grupos.
Conclusão: S100A1 parece ser um candidato possível para a diferenciação entre nevos conjuntivais e melanomas conjuntivais. S100B parece diferenciar entre o melanoma uveal e o melanoma conjuntival. No entanto, o tamanho da amostra foi pequeno e, desta forma, estes dados tem que ser confirmados por outros estudos.

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  Laboratory science - extended reports

Análise da inflamação corneal induzida por cauterização em ratos "knockout" CCR2 e MCP-1
Toru Oshima, Koh-Hei Sonoda, Chikako Tsutsumi-Miyahara, Hong Qiao, Toshio Hisatomi, Shintaro Nakao, Shinjiro Hamano, Kensuke Egashira, Israel F Charo e Tatsuro Ishibashi

Resumo
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi elucidar o papel do CCR2/MCP-1 na inflamação corneal.
Métodos: Utilizamos um modelo de inflamação corneal induzido por cauterização. As córneas foram cauterizadas com nitrato de prata em ratos CCR2 "knockout" (KO), em ratos MCP-1 KO e ratos controle. Sinais clínicos como edema corneal e opacidade foram examinados 96 horas após a cauterização e os fenótipos das células infiltrando a córnea foram analisados por citometria de fluxo. Inflamação corneal em ratos sem neutrófilos também foram analisados.
Resultados: Após cauterização tanto os ratos KO CCR2 e MCP-1 quanto os ratos controle mostraram os mesmos níveis de edema corneal e opacidade. A citometria de fluxo mostrou que nos ratos controle a maioria das células infiltrantes eram neutrófilos e macrófagos, enquanto tanto nos ratos KO CCR2 quanto nos ratos KO MCP-1 o número de macrófagos infiltrando a córnea estava reduzido. No entanto, infiltrados proeminentes de neutrófilos foram observados na córnea em ratos KO CCR2 e ratos KO MCP-1. A depleção de neutrófilos significativamente reduziu o edema e a opacidade corneal secundária à cauterização.
Conclusão: As moléculas CCR2 e MCP-1 não são essenciais para a inflamação corneal induzida pela cauterização. Neutrófilos, em vez de macrófagos, são as células efetuadoras finais envolvidas na inflamação induzida neste modelo.

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Expressão relacionada ao ciclo do Glutamato & proteínas anti-apoptose pelas células de Muller no desenvolvimento precoce da retina humana
Pierre Georges, Elisa E Cornish, Jan M Provis e Michele C Madigan

Resumo
Objetivos:
A distribuição de proteínas relacionadas ao ciclo do glutamato (glutamina sintetase (GS) e GLAST) e proteínas anti-apoptose (Bcl-2 e Bcl-X) foi investigada em células de Muller durante o desenvolvimento precoce da retina humana, relativo ao iníncio da expressão de sinaptofisina, uma proteína vesicular pré-sináptica.

Métodos: Utilizando secções congeladas de olhos fetais humanos (13 a 22 semanas gestacionais (SG)) (n=10),a imunorreatividade (-IR) de Bcl-2, Bcl-X, GS, GLAST e sinaptofisina foi avaliada através de microscopia flurescente e traçada como uma função da excentricidade da fóvea insipiente. Secções congeladas de retina humana (n=4) foram marcadas inunologicamente com anticorpos para Bcl-2 e Bcl-X.

Resultados: A imunorreatividade das células de Muller para GS, GLAST e Bcl-2 foi inicialmente detectada na fóvea insipiente e depois em localizações mais periféricas com a progressão da idade. IR para sinaptofisina apareceu antes de todas as outras proteínas alvo. Dentro da região de IR para sinaptofisina células de Muller maduras (diferenciadas) expressaram tanto IR para Bcl-2 quanto para Bcl-X em 13 SG, antes da IR para GS e GLAST que foi vista pela primeira vez em 14 SG. Adicionalmente, tão precocemente quanto 13 SG, células ganglionares e células progenitoras neuronais imaturas em toda a retina expressaram IR para Bcl-2 e Bcl-X, respectivamente. Na retina adulta células ganglionares e algumas células bipolares expressaram Bcl-X mas não Bcl-2.

Conclusão: Células de Muller expressaram Bcl-2 e Bcl-X após o início da sinaptogênese mas antes do início da expressão de GS e GLAST, sugerindo um papel protetor destas proteínas nas células de Muller durante o início da transmissão glutamatérgica no desenvolvimento precoce da retina humana.

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Efeitos fototóxicos mediados por endoiluminadores em células A2e
Yasuo Yanagi, Yuji Inoue, Woo-Dong Jang e Kazuaki Kadonosono

Resumo
Objetivos:
Comparar o limiar retínico teórico de tempo para endoiluminadores e efeito fototóxico experimental, utilizando células do epitélio pigmentado (EPR) A2e-laden.
Materiais e Métodos: O espectro de irradiações de três tipos de endoiluminadores de 20- e 25-gauge, atualmente disponíveis comercialmente em duas empresas, foram avaliadas em condições que a força total do espectro do feixe foi dividida pelo tamanho do ponto do feixe em uma distância de utilização de aproximadamente 5 mm da retina. O tempo limiar retínico foi calculado, utilizando o manual recomendado pela Comição Internacional de Proteção contra Radiações não Inonizantes. In vitro, células A2e-laden foram uniformemente expostas à luz por trinta minutos com o endoiluminador padrão posicionado 1cm acima das células e a viabilidade celular foi avalida por ensaio WST-1.
Resultados: Os tempos limiares retínicos estavam dentro de 1 minuto para todos os endoiluminadores testados. Diminuição significante na viabilidade das células A2e-laden foi observada após exposição à dois de três endoiluminadores de 20-gauge. A viabilidade celular não foi afetada pela exposição ao endoiluminador de 25-gauge sob as mesmas condições. Não houve correlação entre os tempos limiares teóricos de exposição e os dados do experimento.
Conclusões: Exposição à luz durante a vitrectomia pode induzir dano fotoquímico à retina. Contudo o modelo de EPR A2e-laden não deve corresponder igualmente à situação clínica. Este modelo deve ser útil para estimar o possível dano fotoquímico às células do EPR que não pôde ser deduzido de um modelo teórico de dano retínico.

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Efeitos do acetonido de triancinolona e preservativos na viabilidade celular
Saad Shaikh, Son Ho, Lauren Engelmann e Stephen W. Klemann

Resumo
Objetivo: Avaliar o efeito do acetonido de triancinolona e formulações de veículo preservativo nas células do epitélio pigmentado retínico humano (ARPE19) em concentrações variadas.
Métodos: Acetonido de triancinolona nas suas fórmulas tradicional e sem preservativo e veículo preservativo foram adicionados a culturas celulares ARPE19 em várias concentrações (0,01–1,0 mg/mL). A viabilidade celular foi avaliada, utilizando ensaio 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazolium bromido (MTT) no dia 5 após a exposição. A função da linhagem de células ARPE19 cultivadas foi confirmada por exposição a um agente tóxico previamente caracterizado, Tamoxifeno.
Resultados: A linhagem cellular ARPE19 se comportou como o esperado com a exposição ao Tamoxifeno. Todas as formulações causaram reduções significantes na viabilidade das células ARPE19 nas concentrações mais altas (1,0 mg/ml para preparações com triancinolona, incluínco o veículo). A viabilidade celular foi reduzida aos menores níves na formulação tradicional de triancinolona, menos pelo veículo e menos ainda pela formulação sem preservantes. Nas concentrações menores não foi observado efeito significante na viabilidade celular, contudo a viabilidade celular voi vista como inversamente proporcional às concentrações de todos os reagentes testados.
Conclusões: A exposição tanto à formulação de acetonido de triancinolona tradiconal quando à sem preservativo e ao veículo resultou em perda celular com concentrações in vitro de 1 mg/ml. Embora isto represente as concentrações vítreas teóricas alcançadas com a terapêutica atualmente em uso, isto não deve indicar a exposição atual de células em seu ambiente biológico. A menor viabilidade celular na formulação tradicional sugere uma possível inibição potencial dos efeitos tóxicos do acetonido de triancinolona e veículo em maiores concentrações.

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