BJO in Translation: Portuguese Abstracts

Resumos em Português
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Esta edição inclue resumos de todos os artigos de Ciências Clínica e Laboratorial  publicados em Junho de 2005.
Os textos completos, em Inglês, estão disponíveis somente para assinantes ou sob pagamento (US$ 8 por artigo).

Portuguese Abstracts
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This edition includes Portuguese translations of the abstracts of all Clinical and Laboratory Science articles from the June 2005 issue.
The full text is only available in English
to subscribers or on a pay per view basis (US$8 per article)

Junho/ June  2005
Volume 89 Number/ número 6

Clinical science - scientific reports Ciência clínica – relatos científicos
Clinical science - extended reports Ciência clínica – relatos extendidos
Laboratory science - scientific reports Ciência laboratorial – relatos científicos
Laboratory science - extended reports Ciência laboratorial – relatos extendidos

Editors/ Editores: Dr Daniel de Souza Pereira and Dr Jonathan Lake
bhisit{at}itsa.ucsf.edu  bhisit{at}itsa.ucsf.edu


  Clinical science - scientific reports 

Transferência de genes para a córnea humana in vitro mediada por adenovírus
Claire F Jessup, Helen M Brereton, Douglas J Coster e Keryn A Williams
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Estudo piloto do uso de uma Solução de Óleo de Silicone/Perfluoroetiloctano como um agente de tamponamento mais pesado do que a água
David Wong, Jan C Van Meurs, Theodor Stappler, Carl Groenewald, Ian Andrew Pearce, James Noel McGalliard, Evangelos Manousakis e Edward N Herbert
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Eficácia do Sirolimus (Rapamune) no tratamento de pacientes com uveíte refratária
Vijay A Shanmuganathan, Emma M Casely, Dev Raj, Richard J Powell, Annie Joseph, Winfred M Amoaku e Harminder S Dua
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Extração do cristalino com fins refrativos na alta miopia – acompanhamento a longo prazo
Noel Horgan, Stephen Beatty e Patrick I Condon
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Elevações de AGE e VEGF com diminuição do estado oxidativo total no humor vítreo de pacientes diabéticos com retinopatia diabética
Masahiko Yokoi, Sho-ichi Yamagishi, Masayoshi Takeuchi, Kazuhiro Ohgami, Tamami Okamoto, Wataru Saito, Masahiro Muramatsu, Tsutomu Imaizumi e Shigeaki Ohno
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Lagoftalmo em olhos enoftálmicos
Chee-Chew Yip, Miguel Gonzalez-Candial, Atul Jain, Robert Goldberg e McCann John
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  Clinical science - extended reports

Sobrevida de pseudomonas aeruginosa em córneas preservadas por M-K
Anita Panda, Geeta Satapathy e Harinder Singh Sethi
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A lactoferrina Glu561Asp facilita amiloidose corneal secundária
Kaoru Araki-Sasaki, Yukio Ando, Masaaki Nakamura, Kazuko Kitagawa, Shinji Ikemizu, Takahiro Kawaji, Taro Yamashita, Mitsuharu Ueda, Koji Hirano, Masakazu Yamada, Koki Matsumoto, Shigeru Kinoshita e Hidenobu Tanihara
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A birrefringência corneal alterada após LASIK e sua influência na medida da espessura da camada de fibras nervosas da retina pela polarimetria de escaneamento a laser.
Marco Centofanti, Francesco Oddone, Maria Cristina Parravano, Luca Gualdi e Gianluca Manni
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Cirurgia combinada de catarata e glaucoma com mitomicina C; facotrabeculectomia comparada a facoesclerectomia profunda
Charlotte L Funnell, Martin Clowes e Nitin Anand
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Glaucoma em afácicos e pseudofácicos no estudo Chennal de Glaucoma
Hemamalini Arvind, Ronnie George, Prema Raju, S Ve Ramesh, M Baskaran, Pradeep G Paul, Catherine McCarty e Lingam Vijaya
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Efeito da redução da pressão arterial induzida por nifedipina e associação entre amplitude do pulso ocular e amplitude do pulso do fundo ocular em hipertensão arterial sistêmica
Michaela Bayerle-Eder, Julia Kolodjaschna, Michael Wolzt, Elzbieta Polska, Slobodan Gasic e Leopold Schmetterer
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Caracterização Eletrofisiológica e monitoramento no manejo da corioretinopatia de birdshot
Graham E Holder, Anthony G Robson, Carlos Pavesio e Elizabeth M Graham
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Efeito da anestesia retrobulbar versus subconjuntival na hemodinâmica retrobulbar
Klaudia Huber e Andreas Remky
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Quantificação da expressão celular do receptor de tireotrofina dos músculos exta oculares na oftalmopatia associada à tireóide. Correlação com os níveis séricos de auto anticorpos e com a duração da doença
Antonella M Boschi, Chantal Daumerie, Micheline Spiritus, Claire Beguin, Demet Yuksel, Maximin Senou, Miguel Duplicy, Sabine Costagliola, Marianne Ludgate e Marie-Christine Many
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Fotocoagulação a Laser em Retinopatia por Radiação após Terapia com Placa Radioativa Oftálmica
Paul T Finger e Madhavi Kurli
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Perimetria objetiva utilizando o VEP multifocal em lesões das vias centrais da visão
Alex Klistorner, Stuart Graham, John Grigg e Chandra Balachandran
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  Laboratory science - scientific reports

Efeito do Acetonido de Triamcinolona na proliferação de células retínicas endoteliais in vitro e in vivo
Ulrich HM Spandau, Gangolf Sauder, Uwe Schubert, Hans-Peter Hammes e Jost B Jonas
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  Laboratory science - extended reports

Uso de soro humano para o suporte da proliferação de células epiteliais da conjuntiva humana in vitro e in vivo
Leonard P Ang, Donald T Tan, Cheyenne J Seah e Roger W Beuerman
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Micróglia retínica humana expressa receptores candidatos para infecção por HIV-1
Van T Pham, Li Wen, Peter McCluskey, Michele C Madigan e Philip L Penfold
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Células Ganglionares Humanas expressam o receptor alfa-2-adrenérgico: relevância para Neuroproteção
Freny B. Kalapesi, Minas T. Coroneo e Mark A. Hill
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  Clinical science - scientific reports 

Transferência de genes para a córnea humana in vitro mediada por adenovírus
Claire F Jessup, Helen M Brereton, Douglas J Coster e Keryn A Williams

Resumo
Introdução
. Adenovírus difidente replicante é um vetor eficiente para transferência de genes para a córnea. Nosso objetivo foi de otimizar a transdução do endotélio corneal humano com vetores adenovirais e medir a produção transgênica de córneas transduzidas.
Métodos: Vetores adenovirais (VAd) codificados com proteína fluorescente melhorada (PFM) ou proteína transgênica (scFv) foram utilizados para transfectar 34 córneas humanas. A expressão do gene foi avaliada após 72 a 96 horas de cultura do órgão. A cinética da produção de scFV foi monitorada in vitro por um mês através de fluxo de citometria do sobrenadante corneal.
Resultados: A transdução de córneas humanas com altas doses (5x107 - 3x108 pfu) de VAd levaram à expressão de PFM em 12 a 100% das células endoteliais da córnea. Córneas foram transduzidas com eficiência em até 28 dias de armazenamento refrigerado. Doses muito altas de VAd (2x109 pfu) reduziram densidades endoteliais para 98 129 nuclei/mm2 (comparado a 2114±716 nuclei/mm2 para todos os outros grupos). A produção protéica transgênica alcançou um pico de 2,4 0,9 g/córnea/dia duas semans após transdução, e diminuiu para 1,2 0,4 g/córnea/dia os 33 dias, quando a densidade endotelial diminuiu para 431 685 nuclei/mm2.
Conclusão: Córneas humanas podem ser eficientemente transduzidas por VAd após períodos extensos de armazenagem refrigerada e a expressão transgênica é mantida por melo menos 1 mês in vitro.

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Estudo piloto do uso de uma Solução de Óleo de Silicone/Perfluoroetiloctano como um agente de tamponamento mais pesado do que a água
David Wong, Jan C Van Meurs, Theodor Stappler, Carl Groenewald, Ian Andrew Pearce, James Noel McGalliard, Evangelos Manousakis e Edward N Herbert

Resumo
Objetivos: Relatar um estudo piloto prospectivo intervencional não comparativo em 2 centros, utilizando uma solução de Perfluoroetiloctano e óleo de silicone (Densiron-68®) como tamponador interno mais pesado do que a água.
Métodos: 42 pacientes consecutivos foram recrutados. As indicações incluíram vitreoretinopatia proliferativa, descolamentos de retina secundários a roturas inferiores da retina e impossibilidade postural.
Resultados: A taxa de sucesso com uma cirurgia utilizando Densiron foi de 81% e com mais cirurgias de 93%. No final do estudo todos os agentes tamponadores foram retirados em 90% dos pacientes. Acuidade visual melhorou de uma média logMAR de 1,41 (±0,64) para 0,94 (±0,57), p=0,001. Houve pequena evidência de dispersão e inflamação excessivas.
Conclusão: Este novo agente tamponador está sendo comparado ao óleo de silicone convencional em um estudo internacional prospectivo de distribuição aleatória

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Eficácia do Sirolimus (Rapamune) no tratamento de pacientes com uveíte refratária
Vijay A Shanmuganathan, Emma M Casely, Dev Raj, Richard J Powell, Annie Joseph, Winfred M Amoaku e Harminder S Dua

Resumo
Objetivos: Determinar a eficácia do Sirolimus no tratamento de pacientes com uveíte não infecciosa grave.
Métodos: Oito pacientes com uvéite não infecciosa grave foram recrutados para estudo aberto. Os critérios de inclusão foram limitados a pacientes cuja doença não foi controlada com dois ou mais imunossupressivos sem corticoesteróide (devido a efeitos colaterais intolerávies ou ineficácia da droga) ou aqueles que necessitavam de corticoesteróides freqüentes sistêmicos ou injetados na órbita para controle da doença. Inflamação intraocular, acuidade visual, sintomas, efeitos do corticoesteróide, toxicidade medicamentosa e efeitos colaterias foram monitorados.
Resultados: Terapia com Sirolimus foi eficientes em 5 dos 8 pacientes, dos quais todos tiveram sua dose de corticoesteróide reduzida ou descontinuada. Tratamento em 3 pacientes foi considerado falho devido à presença de efeitos adversos e/ou falha no controle da uveíte. Efeitos colaterais foram comuns e se manifestavam tipicamente no trato gastrointestinal ou na pele. A gravidade dos sintomas foi dose-dependente na maioria dos casos e ocorria com níveis séricos acima de 25 ng/ml.
Conclusão: Sirolimus é um tratamento imunossupressor eficaz e potente na maioria dos pacientes com uveíte não-infecciosa e pode reduzir a necessidade de terapia suplementar com corticoesteróides a longo prazo. Mais estudos são necessários para estabelecer a eficácia a longo prazo e segurança do Sirolimus tanto na monoterapia quanto na combinação com outros imunossupressores.

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Extração do cristalino com fins refrativos na alta miopia – acompanhamento a longo prazo
Noel Horgan, Stephen Beatty e Patrick I Condon

Resumo
Objetivo: Estabelecer os resultados e incidência de complicações a longo prazo da extração do cristalino com fins refrativos (ECR) para correção de alta miopia.
Métodos: Registros operatórios e pós-operatórios de 62 casos de facoemulsificação para ECR com pequena incisão realizados em 37 pacientes durante um período de onze anos realizados pelo mesmo cirurgião foram revistos. Além disso, pacientes foram convocados para exame de revisão que incluiu fundoscopia sob midríase com identação escleral.
Resultados: Dois casos (3,2%) de descolamento de retina em intervalos de 2 meses e 5 meses após a cirurgia ocorreram em ECR sem complicações. Lente intraocular de câmara posterior foi inserida em 46 olhos (74%), capsulotomia por YAG laser foi realizada em 38 de 62 olhos (61%) e não representou risco para descolamento de retina.
Conclusão: Resultados de ECR apresentaram melhora rápida e previsível em pacientes com alta miopia. No entanto, os riscos de complicações com riscos para a acuidade visual inerentes ao procedimento tornam necessária seleção adequada do paciente.

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Elevações de AGE e VEGF com diminuição do estado oxidativo total no humor vítreo de pacientes diabéticos com retinopatia diabética
Masahiko Yokoi, Sho-ichi Yamagishi, Masayoshi Takeuchi, Kazuhiro Ohgami, Tamami Okamoto, Wataru Saito, Masahiro Muramatsu, Tsutomu Imaizumi e Shigeaki Ohno

Resumo
Introdução/Objetivos:
Produto final avançado do glucation (AGE) induz expressão de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em células cultivadas e modelos animais sendo,asim, considerado como corresponsável pelo desenvolvimento de retinopatia diabética. Stress oxidativo também tem seu papel na retinopatia diabética. Contudo as relações entre AGE, VEGF e stress oxidativo continuam desconhecidas. Neste estudo determinamos os níveis vítreos de AGE, VEGF e antioxidantes totais investigando a relação entre eles.
Métodos: Utilizamos ELISA para determiner os níveis vítreos de AGE e VEGF em 41 pacientes com retinopatia diabética e 28 controles não diabéticos. Os níveis totais de antioxidantes no vítreo de 20 pacientes diabéticos e 18 controles foram também analisados com ELISA.
Resultados: As concentrações vítreas de AGE e VEGF foram significativamente maiores nos pacientes diabéticos comparados aos controles (p<0,01 para ambos). Houve correlação significante entre os níveis vítreos de AGE e VEGF (p<0,001). O estado antioxidativo total foi menor no vítreo dos diabéticos comparado aos controles (p<0,01). Além disso tanto os níveis de AGE quanto de VEGF estavam iversamente correlacionados com o estado antioxidativo total (p<0,01 e p<0,05, respectivamente).
Conclusão: Este estudo sugere que AGE e estado antioxidativo diminuído devem contribuir na patogênese da retinopatia diabética pela via da indução do VEGF.

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Lagoftalmo em olhos enoftálmicos
Chee-Chew Yip, Miguel Gonzalez-Candial, Atul Jain, Robert Goldberg e McCann John

Resumo
Objetivos: Relatar uma série de casos de pacientes enoftálmicos com lagoftalmo.
Métodos: Revisão retrospectiva dos prontuários eletrônicos de todos os pacientes com enoftalmo e lagoftalmo de um centro terciário. Pacientes com história de doenças, traumatismos ou cirurgia da órbita e pálpebra foram excluídos. Nós definimos enoftalmo como uma medida exoftalmométrica de 14 mm ou menos em ambos os olhos.
Resultados: Sete pacientes (14 olhos) com enoftalmo bilateral apresentaram lagoftalmo concomitante. Todos os pacientes apresentaram sulcos superiores profundos bilateralmente. As pálpebras superiores apresentaram posição posterior à rima orbital superior de forma grave. As motilidades extra-oculares eram totais sem déficit neurológico focal. A função do M. Orbicular era normal sem paralisia facial. As órbitas eram moles à retropulsão e não foram notadas assimetrias faciais. A leitura exoftalmométrica média foi de 12,6 +/- 1,1mm. O lagoftalmo variou de 1 a 5 mm. Um pacientes (um olho) com lagoftalmo de 3mm desenvolveu úlcera de córnea e foi tratado com antibióticos tópicos e implante de peso de ouro na pálpebra superior.
Conclusão: Pacientes com enoftalmo com sulcos superiores profundos e pálpebras superiores com posicionamento posterior podem apresentar lagoftalmo e ceratite de exposição.

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  Clinical science - extended reports

Sobrevida de pseudomonas aeruginosa em córneas preservadas por M-K
Anita Panda, Geeta Satapathy e Harinder Singh Sethi

Resumo
Objetivos: Apresentar 7 casos de suspeita de infecção do enxerto de córnea do doador por Pseudomonas sp após cirurgia com melting de córnea em período de 24 horas.
Tipo de Estudo: Série de casos
Métodos: Sete olhos foram operados com ceratoplastia lamelar ou penetrante e patch de esclera por diversas indicações, desenvolvendo infecção corneal /corneoescleral muito intensa no período de 24 horas, sendo assim estudados de forma prospectiva.
Resultados: Pseudomonas aeroginosa, resistente a quase todos os antibióticos com exceção da Polimixina-B em todos e Vancomicina em dois, foi identificada como organismo causador em todos os espécimes obtidos a partir do enxerto infectado.
Conclusão: Infecção pós ceratoplastia é um desastre. Fontes de infecções precoces são iatrogênicas. O uso empírico de antibióticos no meio de conservação não é suficiente para prevenir tais infecções. Desta forma, medidas devem ser tomadas na forma de verificação rigorosa da assepsia e revisão dos antibióticos adicionadas ao meio de conservação. Além disso, o reconhecimento precoce e terapia intensa para tal infecção deve reduzir a morbidade ocular.

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A lactoferrina Glu561Asp facilita amiloidose corneal secundária
Kaoru Araki-Sasaki, Yukio Ando, Masaaki Nakamura, Kazuko Kitagawa, Shinji Ikemizu, Takahiro Kawaji, Taro Yamashita, Mitsuharu Ueda, Koji Hirano, Masakazu Yamada, Koki Matsumoto, Shigeru Kinoshita e Hidenobu Tanihara

Resumo
Objetivo: Elucidar o mecanismo patogênico da formação amilóide na amiloidose corneal com triquíase.
Métodos: Exames oculars foram realizados em nove pacientes com amiloidose corneal secundária e triquíase. Coloração com vermelho congo e imunohistoquímica, utilizando anticorpos para lactoferrina anti-humana, foram realizadas nas biópsias da córnea dos nove pacientes. Para análise genética polimorfismo de conformação de banda única, sequenciamento direto de DNA e análise de restrição da mutação induzida de PCR foram utilizados para detectar o polimorfismo do gene da lactoferrina.
Resultados: Todos os pacientes apresentaram triquíase por pelo menos 1 ano, e todos os depósitos amilóides foram encontrados em um olho com triquíase. O exame ocular mostrou que oito pacientes apresentaram o tipo gelatinoso de depósito amilóide e outro apresentou o tipo lattice de depósito amilóide. Estudos das amostras biopsiadas com vermelho congo mostraram positiividade logo abaixo das células epiteliais da córnea. A imunorreatividade dos anticorpos anti lactoferrina humana foi reconhecida em todos os tecidos com positividade para o vermelho congo. A análise genética da lactoferrina mostrou que sete pacientes eram heterozigotos e dois eram homozigotos para lactoferrina Glu561Asp. A freqüência de mutação nos pacientes foi significativamente diferente dos 56 indivíduos do grupo controle.
Conclusão: A lactoferrina Glu561Asp é um polimorfismo chave para facilitar a formação amilóide em amiloidose corneal com triquíase.

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A birrefringência corneal alterada após LASIK e sua influência na medida da espessura da camada de fibras nervosas da retina pela polarimetria de escaneamento a laser.
Marco Centofanti, Francesco Oddone, Maria Cristina Parravano, Luca Gualdi e Gianluca Manni

Resumo
Objetivo:
Avaliar alterações na polarização corneal e sua influência nas medidas da espessura da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) por polarimetria com escaneamento a laser (PSL) com compensador de polarização corneal (CPC) variável após LASIK em indivíduos caucasianos normais.
Métodos: PSL foi realizado por meio de GDx CPC em 32 olhos de 32 indivíduos normais que foram submetidos a LASIK para correção de ametropia. O eixo de polarização corneal, magnitude e espessura da CFNR foram medidos antes e 8 dias após o LASIK. Os dados da espessura da CFNR e dados polarimétricos de um olho selecionado aleatoriamente por indivíduo foram analisados por testes de Wilcoxon. Correlações entre profundidade de ablação corneal, alterações polarimétricas corneais e alterações da espessura da CFNR foram pesquisados pelos testes de Spearman.
Resultados: O eixo de polarização corneal alterou significativamente de 15,1 +/-17,0A a 6,9 +/- 12,9A (p=0,00006) após LASIK e esta alteração mostrou uma correlação forte com a profundidade de ablação (Rho=-0,7, p=0,00002). Os parâmetros do GDx, TSNIT, SUP e DP mostaram alterações significativas após LASIK e no SUP e DP estas alterações foram bem correlacionadas ao desvio do eixo de polarização corneal (Rho=0,54, p=0,03 e Rho=0,45, p=0,01 respectivamente). Alterações na SUP e DP foram neutralizados após compensação para alterações polarimétiricas corneais, porém não para alterações no TSNIT. NF1, um parâmetro discriminativo, apresentou alterações após LASIK somente após compensação por alterações polarimétricas corneais.
Conclusões: LASIK induz desvios no eixo de polarização corneal que são responsáveis por imprecisões nas medidas da espessura da CFNR. Uma compensação personalizada para alterações polarimétricas da córnea após LASIK permite a normalização de alguns dos parâmetros de espessura com exceção do TSNIT e NF1.

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Cirurgia combinada de catarata e glaucoma com mitomicina C; facotrabeculectomia comparada a facoesclerectomia profunda
Charlotte L Funnell, Martin Clowes e Nitin Anand

Resumo
Objetivos:
Comparar os resultados da facoemulsificação combinada à trabeculectomia (FT) ou esclerectomia profunda (FEP) com aplicação intraoperatória de mitomicina C.
Métodos: Estudo retrospectivo consecutivo comparativo. 98 olhos (59 FEP, 38 FT) de 97 pacientes submetidos à cirurgia combinada com MMC intraoperatória (0,1 a 0,4 mg/ml durante 1 a 3 minutos) foram identificados para inclusão no estudo.
Resultados: A probabilidade em manter PIOs abaixo de 19mmHg e 15mmHg com uma queda de 30% a partir da PIO pré-operatória e sem medicação adicional um ano após a cirurgia foi de 77,6% (6 a 90%, IC de 95%) e 71,5% (60 a 85%, IC de 95%) para o grupo FEP e 89,5% (80 a 99%, IC de 95%) para o grupo FT, respectivamente. Estas diferenças não foram estatisticamente significativas (p>0,05, teste de log-rank). Após excluir co-morbidades oculares nenhuma diferença foi observada na melhora da acuidade visual entre ambos os grupos. Não foram observadas diferenças significativas nos índices de complicação a não ser pelos vazamentos tardios da bolha observados em 7 olhos (18,4%) no grupo FT (p=0,004).
Conclusões: Neste estudo não foram observadas diferenças significativas entre a PIO e resultados visuais em FEP e FT. Foi observada uma freqüência significativamente mais alta de vazamentos tardios na FT.

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Glaucoma em afácicos e pseudofácicos no estudo Chennal de Glaucoma
Hemamalini Arvind, Ronnie George, Prema Raju, S Ve Ramesh, M Baskaran, Pradeep G Paul, Catherine McCarty e Lingam Vijaya

Resumo
Objetivo: Determinar a prevalência de glaucoma em afácicos e pseudofácicos em uma população rural no sul da Índia.
Métodos: 3924 indivíduos com idade de 40 anos ou mais foram submetidos a exame ocular completo. Glaucoma nos afácicos e pseudofácicos foi diagnosticado utilizando critérios da Sociedade Internacional de Oftalmologia Epidemiológica e Geográfica em pessoas afácicas e pseudofácicas.
Resultados: 54 indivíduos (37 afácicos, 17 pseudofácicos) (1,38% dos 3924 indivíduos, 11,2% dos 482 afácicos/pseudofácicos) apresentaram glaucoma com sua afacia/pseudofacia. Afacia, idade, pressão intraocular (PIO), pseudoexfoliação e sinéquias anteriores periféricas maiores ou iguais a 180 graus de ângulo foram fatores de risco na análise univariada. Na análise multivariada, PIO e afacia foram fatores de risco independentes para glaucoma. 39 pessoas (72,22%) com glaucoma apresentaram PIO normal no início. Nenhuma das pessoas com glaucoma estava a par da doença. Cegueira em um ou ambos os olhos foi observada em 12 indivíduos (10 unilaterais e 2 bilaterais), 22,22% dos pacientes glaucomatosos eram afácicos ou pseudofácicos.
Conclusões: Glaucoma é uma imporante causa de morbidade ocular entre afácicos e pseudofácicos nesta população rural do sul da Índia. O glaucoma, responsável por cegueira unilateral ou bilateral em 22,2% dos afetados, estava completamente desconhecido antes deste estudo.

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Efeito da redução da pressão arterial induzida por nifedipina e associação entre amplitude do pulso ocular e amplitude do pulso do fundo ocular em hipertensão arterial sistêmica
Michaela Bayerle-Eder, Julia Kolodjaschna, Michael Wolzt, Elzbieta Polska, Slobodan Gasic e Leopold Schmetterer

Resumo
Introdução:
A relação pressão ocular/volume, que é descrita pela equação de Friedenwald, forma a base da medida da pressão intraocular (PIO) medida com o tonômetro de Schiotz e a medida da tonometria de pulsação de fluxo sanguíneo ocular (POBF) com pneumotonometria. Mudanças no volume intraocular durante o ciclo cardíaco são causadas pelo fluxo arterial aferente e venoso eferente e são acompanhados por mudanças na pressão intraocular. A relação entre as mudanças de volume e pressão é dependente das propriedades elásticas dos tecidos oculares, como descrito pelo coeficiente de rigidez ocular. Estudos prévios indicam que há uma contribuição vascular para a rigidez ocular e que a relação volume/pressão deve depender da média da pressão arterial.
Métodos: Neste estudo o efeito hipotensor arterial induzido pela nifedipina na amplitude de pulso (PA), medida por pneumotonometria, e na amplitude de pulso do fundo (FPA), medida através de interferometria a laser, foi ivestigado em 16 pacintes com hipertensão arterial sistêmica grave a moderada (pressão arterial média de 123 ±12 mmHg) não tratados.
Resultados: A relação entre PA e FPA foi tomada como uma medida do coeficiente de rigidez ocular. A nifedipina reduziu a média de pressão arterial em 17,3% e aumentou a taxa de pulso em 11,0% (p < 0,001 em cada um). Visto que a PA reduziu signficantemente após administração de nifedipina (-15,6%; p < 0,001), FPA permaneceu inalterada. Concordantemente, a relação PA/FPA foi reduzida de 0,86 mmHg/µm para 0,73 mmHg/µm após administração de nifedipina.
Conclusão: Os dados do presente estudo estão de acordo com experimentos animais prévios indicando um componente vascular dependente da pressão arterial relacionado com a rigidez das camadas do olho in vivo. Isto precisa ser considerado na medida da pressão intra ocular medida através do tonômetro de Schiotz e fluxo sanguíneo ocular pulsátil com pneumometria.

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Caracterização Eletrofisiológica e monitoramento no manejo da corioretinopatia de birdshot
Graham E Holder, Anthony G Robson, Carlos Pavesio e Elizabeth M Graham

Resumo
Objetivos:
Caracterizar clinica e eletrofisiologicamente pacientes com corioretinopatia de birdshot (CRB) com o objetivo de monitorar mudanças na função retínica antes e após o tratamento com corticosteróides e/ou imuno-supressão.
Métodos: Dezoito pacientes com CRB foram clínica e eletrofisiologicamente caracterizados. Estudos seriais foram realizados em 14 pacientes com o objetivo de monitorar mudanças na função retínica antes e depois do tratamento com corticosteróides e/ou imuno-supressão.
Resultados: A maioria dos pacientes apresentou pontos pálidos sub-retínicos característicos, eram HLA-A29+ e tiveram diversos sinais de inflamação ocular. Várias anormalidades eletrofisiológicas estavam presentes. Anormalidades bilaterais moderadamente graves do PERG na primeira consulta foram comuns, refletindo disfunção macular. ERGs de 30Hz mediados por cones foram consistentemente atrasados antes do tratamento e foram o parâmetro mais sensível para disfunção retínica. Respostas escotópicas máximas do ERG foram anormais em treze pacientes; 10 tiveram um ERG máximo negativo ou uma relação b:a negativa em um ou ambos os olhos. ERGs fotópicos de flash único foram menos freqüetemente afetados gravemente. Respostas de ERG fotópico ON e OFF freqüentemente revelaram predominância de anormalidades da resposta ON da onda b com resposta OFF relativamente preservada. ERGs melhoraram em casos tratados, às vezes precedendo sinais clínicos de recuperação. Melhoras no ERG padrão ocorreram, possivelmente, refletindo a resolução do edema macular.
Conclusões: Os dados obtidos pelo ERG confirmam que CRB freqüentemente afeta a função do sistema de cones e bastonetes da retina interna. Características clínicas não foram indicadoras confiáveis da deterioração funcional e da recuperação. Avaliação eletrofisiológica objetiva da função retínica demonstrou melhora após tratamento e se mostrou um método confiável no monitoramento da eficácia do tratamento, possibilitando remanejamento das decisões a serem tomadas com maior confiança e permitindo início precoce de modificações no tratamento.

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Efeito da anestesia retrobulbar versus subconjuntival na hemodinâmica retrobulbar
Klaudia Huber e Andreas Remky

Resumo
Objetivo: Investigar o efeito da anestesia retrobulbar e subconjuntival na hemodinâmica retrobulbar atavés de imagens coloridas de Doppler.
Método: 39 pacientes (idade 71 Â ± 9; 19 f, 20 m) submetidos à cirurgia eletiva de catarata foram incluídos no estudo prospectivo. Imagem colorida de Doppler (Siemens Sonoline Sienna, Alemanha) foi realizada antes, imediatamente após cada anestesia subconjuntival (16 pacientes) ou retrobulbar (23 pacientes), e após a cirurgia de catarata para medir o pico sistólico (PSV) e velocidade final de diástole (EDV) na artéria oftálmica (OA), artéria central da retina (CRA) e veia central da retina (CRV).
Resultados: Após anestesia retrobulbar houve redução significante da PSV e da EDV em todos os vasos investigados. Após a cirurgia as velocidades de fluxo aumentaram novamente. Anestesia subconjuntival não teve efeitos significantes na hemodinâmica retrobulbar.
Conclusão: Anestesia retrobulbar induz uma alta redução da velocidade nos vasos retrobulbares em contraste à anestesia subconjuntival. Assim anestesia subconjuntival deveria ser preferida, particularmente para paciente com problemas na perfusão ocular (como no glaucoma).

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Quantificação da expressão celular do receptor de tireotrofina dos músculos exta oculares na oftalmopatia associada à tireóide. Correlação com os níveis séricos de auto anticorpos e com a duração da doença
Antonella M Boschi, Chantal Daumerie, Micheline Spiritus, Claire Beguin, Demet Yuksel, Maximin Senou, Miguel Duplicy, Sabine Costagliola, Marianne Ludgate e Marie-Christine Many

Resumo
Introdução:
Oftalmopatia associada à tireóide (TAO) e doença de Graves (GD) têm uma patogênese auto imune, possivelmente relacionada ao receptor de tireotrofina (TSHR). O objetivo deste estudo foi determinar se a imunoreatividade ao TSHR está correlacionada com a gravidade da doença ou com os níveis séricos de anticorpos TSHR (TRAB).
Métodos:Tecidos orbitais de 30 pacientes com TAO foram comparados aos de 20 pacientes estrábicos e 4 com inflamação orbital não relacionada à tireóide. TSHR foi detectado através de imunohistoquímica e TRAB foi medido através de ensaio com radioreceptor.
Resultados: Não foi detectada imunoreatividade ao TSHR nos 24 tecidos orbitais controle, visto que em todas as biópsias de TAO células alongadas semelhantes a fibroblastos, expressando TSH, estavam presentes. Essas células estavam localizadas entre o as células musculares que estavam separadas por edema na fase aguda mas no tecido fibrótico na fase crônica da doença. Secções semi-finas mostraram numerosas células maestro presentes na fase crônica e em contato próximo com adipócitos. O número de células TSHR imunocoradas foi alto na doença precoce, decresceu com a duração da doença e estava positivamente correlacionado com os nínveis de TRAB no início da TAO.
Conclusão: Concluindo, nós demonstramos a imunoreatividade TSHR especificamente em orbitas com TAO e valorizamos a importância do TRAB precoce na patogênese.

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Fotocoagulação a Laser em Retinopatia por Radiação após Terapia com Placa Radioativa Oftálmica
Paul T Finger e Madhavi Kurli

Resumo
Objetivo:
Avaliar o uso da fotocoagulação com laser na prevenção de retinopatia por radiação, maculopatia e perda de visão.
Métodos: Este foi um estudo intervencional de uma série de casos. Descrevemos 66 olhos com melanomas coroidais posteriores tratados com placa radioativa oftálmica. Destes pacientes, 50 foram selecionados por ter desenvolvido retinopatia por radiação. Quarenta e cinco deles foram tratados com fotocoagulação setorial para a regressão de retinopatia por radiação clinicamente evidente. Dezesseis pacientes adicionais (considerados serem de alto risco para o desenvolvimento de retinopatia por radiação) também foram tratados.
Resultados: Retinopatia por radiação ocorreu no intervalo médio de 26 meses após o tratamento com placa radioativa. Fotocoagulação a laser regrediu a retinopatia por radiação em 29 (64,4%) de 45 pacientes tratados após o início da retinopatia (17 apenas com retinopatia, 10 com retinopatia e maculopatia e 2 apenas com maculopatia). Dos 16 pacientes que receberam tratamento com laser antes da evidêcia clínica de retinopatia, 1 desenvolveu maculopatia por radiação e 2 retinopatia com maculopatia (todos os 3 responderam à fotocoagulação complementar). No grupo de 45 pacientes, perda visual maior que 3 linhas foi atribuída à maculopatia por radiação em 7 (15,5%). Nenhum paciente do grupo de laser profilático perdeu mais de 3 linhas de visão devido à maculopatia.
Conclusão: Fotocoagulação setorial com laser de argônio induziu a regressão da retinopatia por radiação. Apesar de o tratamento precoce da retinopatia por radiação parecer mais efetivo, um estudo prospectivo de distribuição aleatória mais longo se faz necessário para comprovar esta eficácia.

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Perimetria objetiva utilizando o VEP multifocal em lesões das vias centrais da visão
Alex Klistorner, Stuart Graham, John Grigg e Chandra Balachandran

Resumo
Introdução/Objetivos:
Verificar a habilidade do potencial visual evocado multifocal padrão (mVEP) na detecção de perda de campo em lesões neurológicas afetando as vias visuais do quiásma ao córtex.
Métodos: Os mVEPs realizados na clínica foram revisados retrospectivamente para quaisquer casos envolvendo lesões neurológicas centrais. Os exames foram realizados com o perímetro objetivo AccuMap V1.3, que utiliza a disposição de quatro eletrôdos bipolares occipitais para fornecer quatro canais diferentemente orientados para avaliação simultânea. Dezenove pacientes com hemianopsias foram identificados. Destes haviam 10 hemianopsias homônimas com perda do tipo hemicampo, duas hemianopsias bitemporais e 7 hemianopsias homônimas com distribuição quadrantópica. Uma comparação entre resultados subjetivos dos campos e achados de CT/MRI foi realizada para determinar a relação entre os dois métodos de mapeamento do campo visual e qualquer relação entre a localização anatômica da lesão e os resultados do mVEP.
Resultados: Em todos os casos do tipo hemianopsia (12) o defeito foi demonstrado no mVEP e mostrou boa correspondência com a localização do escotoma (nove homônimos e dois bitemporais). A distribuição topográfica foi similar mas não idêntica ao teste subjetivo. Das 7 hemianopisas do tipo quadrantópica, apenas 4 tiveram perdas correspondentes nas mesmas áresa ao mVEP. Nos 3 casos em que o mVEP estava normal, o tipo de quadrantopsia tinha características consistentes com lesão extra-estriada, sendo muito congruente, completa e respeitando o meridiano horizontal.
Conclusões: O mVEP pode detectar perda de campo em lesões corticais, mas não em alguns casos de quadrantopsia homônima em que a lesão possa estar no córtex extra-estriado. Isto reforça o conceito de que o mVEP é gerado no córtex estriado V1 e que ele deve ser capaz de diferenciar lesões estriadas de extra-estriadas. Isto implica em cuidado na intrepretação de perda funcional visual utilizando o mVEP se o padrão do campo visual for quadrântico.

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  Laboratory science - scientific reports

Efeito do Acetonido de Triamcinolona na proliferação de células retínicas endoteliais in vitro e in vivo
Ulrich HM Spandau, Gangolf Sauder, Uwe Schubert, Hans-Peter Hammes e Jost B Jonas

Resumo
Introdução:
Verificar o efeito do acetonido de triamcinolona cristalino na proliferação da célula endotelial da retina in vivo e in vitro.
Métodos: Ensaio de crescimento foi utilizado para as análises in vitro. Células endoteliais retínicas bovinas foram estimuladas com fator de crescimento do fibroblasto básico (bFGF) e incubadas em concentrações diferentes de acetonido de triamcinolona (0,05 mg/ml a 8mg/ml). Modelo de retinopatia da prematuridade (ROP) foi utilizado para análises in vivo. Dezesseis camundongos C57BL/J6 foram expostos a oxigênico a 75% do 70 ao 120 dia pós natal. No 120 dia foi realizada injeção intravítrea de acetonido de triamcinolona em um olho (olho de estudo) e solução salina isotônica no olho contralateral (olho controle). No 170 dia os camundongos foram sacrificados e os olhos removidos para análise quantitativa de neovascularização periférica. Quatro camundongos não expostos serviram como controles negativos.
Resultados: O ensaio de crescimento demonstrou inibição dose-dependente da proliferação de células endoteliais da retina bovina de 0,05 mg de acetonido de triamcinolona/ml (sem inibição) a 3 mg acetonido de triamcinolona/ml (inibição completa). Dosagens maiores que 2mg/ml resultaram em alterações citotóxicas nas células endoteliais. O modelo de ROP demonstrou diminuição significante da contagem de células neovasculares de 58% no grupo de estudo comparado ao grupo controle (6,35 ±2,1 células por secção histológica versus 14,9 ±5,3 células; p<0,005).
Conclusões: Acetonido de triamcinolona inibe a proliferação das células endoteliais da retina induzida por bFGF in vivo e in vitro. Estes achados contribuem para o entendimento do mecanismo de ação e efeitos do acetonido de triamcinolona na neovascularização retínica.

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  Laboratory science - extended reports

Uso de soro humano para o suporte da proliferação de células epiteliais da conjuntiva humana in vitro e in vivo
Leonard P Ang, Donald T Tan, Cheyenne J Seah e Roger W Beuerman

Resumo
Introdução: Avaliamos o uso de soro humano (SH) para o suporte da proliferação de células epiteiliais na conjuntiva humana in vivo e in vitro e comparamos com soro fetal bovino (SFB) e extrato da hipófise bovina (EHB).
Métodos: Células do epitélio da conjuntiva foram cultivados em meios suplementados com SH (5%, 10%), SFB (5%, 10%) e EHB (70 g/ml, 140 g/ml). A eficiência formadora de colônias (EFC), o teste ELISA para bromodeoxiuridine (BrdU) e gerações de células foram analisadas. Células cultivadas foram avaliadas para queratina (K4, K19 e K3) e expressão de MUC5AC por imunohistoquímica e PCR-RT. Equivalentes do epitélio da conjuntiva montados em membrana amniótica humana foram transplantados em ratos imunodeficientes por 10 dias e analisados histologicamente.
Resultados: Os testes de proliferação das culutras suplementadas com SH (EFC, 6,7 1,8 %; absorção de BrdU, 0,86 0,16) foram comparáveis a SFB (EFC, 9,3 1,8%; absorção de BrdU, 1,11 0,18) e culturas suplementadas com EHB (EFC,
5,9 1,5; absorção de BrdU, 0,65 0,12). Densidades de células caliciformes para SH, SFB e EHB foram de 52 cels/cm2, 60 cels/cm2 e 50 cels/cm2, respectivamente. Culturas suplementadas com SH formaram camadas estratificadas conjuntivais in vivo após transplante.
Conclusões: A capacidade proliferativa das células epiteliais da conjuntiva cultivada em culturas suplementadas com SH foram comparadas a culturas suplementadas com SFB e EHB. A eliminação do material animal do sistema de cultura apresenta vantagens ao cultivar células para transplante clínico.

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Micróglia retínica humana expressa receptores candidatos para infecção por HIV-1
Van T Pham, Li Wen, Peter McCluskey, Michele C Madigan e Philip L Penfold

Resumo
Introdução/Objetivos:
Micróglia são as primeiras células antigênicas presentes no sistema nervoso central e retina e podem alojar agentes virais que podem danificar o tecido neural através da liberação de neurotoxinas. Todas as células ligantes a moléculas CD4 e co-receptores (membros das famílias de receptores citoquinas e Fc ) são alvos potenciais para o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Neste estudo investigamos a micróglia retínica (in vitro e in situ) quanto a expressão de candidatos a receptores ligantes HIV-1.
Métodos: Micróglia retínica humana cultivada e secções congeladas foram utilizadas. Imunohistoquímica foi utilizada na investigação da expressão de receptores necessários para a infecção por HIV-1 na superfície celular: CD4, receptor CC chemokine 5 (CCR5) e receptores Fc .
Resultados: A micróglia retínica humana expressou níveis detectáveis de CD4, CD16, CD64 e CCR5 in vitro e receptor Fc&[gamma]I (CD64) in situ.
Conclusões: A micróglia retínica humana expressa vários receptores candidatos necessários para a ligação viral e assim pode ser um reservatório potencial para a infeção por HIV-1.

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Células Ganglionares Humanas expressam o receptor alfa-2-adrenérgico: relevância para Neuroproteção
Freny B. Kalapesi, Minas T. Coroneo e Mark A. Hill

Resumo
Introdução:
Os receptores alpha-2a adrenérgicos ( 2-AR) agonistas são considerados neuroprotetores, prevenindo a morte da célula ganglionar retínica independentemente da redução da pressão. Estudos prévios têm identificado &[alpha]2-ARs em retinas de ratos. Nosso objetivo é demonstrar a presença e localização dos 2-ARs em retinas de humanos e de ratos e nas células ganglionares da linhagem RGC-5 de ratos.
Métodos: Sete olhos de humanos e três de ratos posmortem foram fixados em paraformaldeído e cogelados. Células RGC-5 foram também fixadas em paraformaldeído. A expressão dos A-ARs foi determinada por imunofluorescência de anticorpos.
Resultados: Identificamos expressão de 2A-AR na retina humana, nas células ganglionares e nas células das camadas internas e externas (CNI e CNE). Padrões diferenciais de coloração de &[alpha]2A-AR na CNI e CNE sugerem uma restrição a subclasses neuronais ainda não identificadas. A linhagem de células RGC-5 também expressou &[alpha]2A-ARs em células indiferenciadas e uma expressão aumentada em células altamente diferenciadas.
Conclusão: Agonistas de 2-AR além dos efeitos hipotensores oculares deve agir diretamente nos neurônios retínicos inclusive nas células ganglionares da retina. A presença de 2-ARs na linhagem de células RGC-5 permite futura investigação destes possíveis efeitos diretos utilizando modelos de glaucoma in vitro.

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