Clinical science - scientific reports
Blefaroceratoconjuntivite em crianças – Diagnóstico e Tratamento
Mala Viswalingam, Saaeha Rauz, Nigel Morlet e John K G Dart [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
As indicações e resultados do transplante de córnea pediátrico na Nova Zelândia: 1991 a 2003
Hussain Y Patel, Sue Ormonde, Nigel H Brookes, Louise S Moffatt e Charles NJ McGhee [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Diminuição das cirurgias de estrabismo
Anita Arora, Brian Williams, Anil Arora, Rowena McNamara, John Yates e Alistair Fielder [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Transecção total da pálpebra (blefarotomia) para alongamento da pálpebra superior na retração palpebral associada à Doença
de Graves
Christoph R. Hintschich e Christos Haritoglou [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Prevalência e causas de cegueira e baixa visão em pacientes com lepra no nordeste da Nigéria
Caleb Mpyet e Anthony W. Solomon [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Clinical science - extended reports
Comparação das Evoluções após Peeling de Membrana Limitante Interna assistida por Indocianina Verde e Azul de Tripano durante
Cirurgia de Buraco Macular
Kuo Luong Lee, Simon Dean e Stephen Guest [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Efeito a longo prazo no PIO de um implante de drenagem de ácido inoxidável (Ex-PRESS®) em cirurgia combinada com facoemulsificação
Carlo Enrico Traverso, Fabio De Feo, Audrey Messas-Kaplan, Philippe Denis, Samuel Levartovsky, Eric Sellem, Federico Badalà,
Zbigniew Zagorski, Alain Bron e Michael Belkin [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Incidência de ceratite de gravidade variável em usuários de lente de contato
Philip Morgan, Nathan Efron, Elizabeth Hill, Mathew Raynor, Mark Whiting e Andrew Tullo [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Função e morfologia macular após peeling de membrana epirretínica idiopática com e sem a assistência da Indocianina Verde
Jost Hillenkamp, Parykshit Saikia, Felix Gora, Helmut G Sachs, Chris P Lohmann, Johann Roider, Wolfgang Bäumler e Veit-Peter
Gabel [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Uveítes em crianças e adolescentes
David Benezra, Evelyne Cohen e Genia Maftzir [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Correlação entre o índice de sucesso cirúrgico e a gravidade de glaucoma congênito
Ali Al-Hazmi, Abdulaziz Hussain Awad, Johan Zwaan, Saleh A. Al Mesfer, Ibrahim Al-Jadaan e Abdulkareem Al-Mohammed [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Endoftalmite Associada ao Implante de Válvula de Ahmed em Glaucoma Abdullah A. Al-Torbak, Sami A. Al-Shahwan, Ibrahim A AL-Jadaan, Abdulrahman Al-Hommadi e Deepak P Edward [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Função visual e direção automotiva, resultados longitudinais 5 anos após cirurgia e catarata em uma população
Eva Monestam, Britta Lundqvist e Lillemor Wachtmeister [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Perimetria azul – amarelo com SLO em pacientes com doença macular relacionada à idade
Andreas Remky e Ann E Elsner [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Estudo Associado de detoxificação de genes em Degeneração Macular Relacionada à Idade
Hossein Esfandiary, Usha Chakravarthy, Chris Patterson, Ian Young e Anne Hughes [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Monitorização da temperatura coroidal durante termoterapia transpupilar para neovascularização de coróide
Shinji Miura, Hirokazu Nishiwaki, Yoshiaki Ieki, Yuya Hirata, Yoshihito Honda, Yuichiro Sugino e Yoshihiro Okazaki [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Concentrações de angiopoietina em retinopatia diabética
Jignesh I Patel, Phil G Hykin, Zdenek J Gregor, Mike Boulton e Ian A Cree [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Disfunção Retínica e Erros Refrativos: Um estudo eletrofisiológico em crianças
Daniel Ian Flitcroft, Gill G W Adams, Anthony G Robson e Graham E Holder [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Correlação entre espessura da camada de fibras nervosas e tamanho do disco óptico: estudo com tomografia de coerência óptica
Giacomo Savini, Maurizio Zanini, Valerio Carelli, Alfredo A. Sadun, Fred N. Ross-Cisneros e Piero Barboni [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Contratura da órbita: complicação da doença inflamatória orbital em pacientes com granulomatose de Wegener
Cheryl A Talar-Williams, Michael C Sneller, Carol A Langford, Janine A Smith, Terry A Cox e Michael R Robinson [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
O Desenvolvimento do Questionário Indiano de Função Visual (IND-VFQ): Índice do Quesionário
G. V.S. Murthy, S. K. Gupta, R. D. Thulasiraj, K. Viswanath, Martine Donoghue e Astrid E Fletcher [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Laboratory science - scientific reports
Aplicação Tópica de Timolol e Dorzolamida Reduz a Pressão Intraocular e Protege as Células Ganglionares da Retina em um Modelo
Experimental de Gaucoma em Rato
Masaaki Seki, Takayuki Tanaka, Hidenobu Matsuda, Tetsuya Togano, Kaoru Hashimoto, Jun Ueda, Takeo Fukuchi e Haruki Abe [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
Laboratory science - extended reports
Transferência do Gene Adenoviral p53 inibe a proliferação de fibroblasto na cápsula de Tenon humana
Kristian TM Johnson, Florian Rödicker, Kerstin Heise, Carsten Heinz, Klaus-Peter Steuhl, Brigitte M Pützer e Tobias Hudde [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
A caracterização dos hialócitos: origem, fenótipo e turnover
Hong Qiao, Toshio Hisatomi, Koh-Hei Sonoda, Shinobu Kura, Yukio Sassa, Shigeru Kinoshita, Takahiro Nakamura, Taiji Sakamoto
e Tatsuro Ishibashi [Portuguese Abstract] [English Abstract] [English Full text]
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Clinical science - scientific reports
Blefaroceratoconjuntivite em crianças – Diagnóstico e Tratamento Mala Viswalingam, Saaeha Rauz, Nigel Morlet e John K G Dart
Resumo Objetivos: Blefaroceratoconjuntivite (BCC) é uma doença infantil pouco descrita. Nosso estudo caracteriza esta síndrome na infância
e avalia a epidemiologia, graduação clínica e estratégias de tratamento. Métodos: Quartenta e quatro crianças (20 caucasianas, 22 asiáticas, 2 do Oriente Médio, com idade mediana de 5,4 anos (1 a 14 anos)
e diagnóstico de BCC foram seguidas por um período de mediana de 7 anos. Critérios diagnósticos incluíram episódios recidivantes
de olho vermelho crônico, lacrimejamento, fotofobia, blefarite (incluindo tersol e cistos de meibomius) e ceratite. Fatores
clínicos foram graduados como leve, moderados e graves. As pálpebras e conjuntivas foram raspadas para cultura. O regime terapêutico
foi composto por higiene palpebral, antibióticos tópicos e sistêmicos e corticoesteróides tópicos. Resultados: A doença teve manifestação mais grave em crianças asiáticas e do Oriente Médio (p<0,001), que apresentaram risco estatisticamente
mais alto de ceratite puntata subepitelial (p=0,008), vascularização corneal (p<0,001) e ulcerações corneais marginais (p=0,003)
do que o grupo caucasiano. Quinze crianças apresentaram culturas de pálpebra positivas. A maioria das crianças apresentaram
redução dos sintomas e sinais com o tratamento e a progressão da doença após os 8 anos era rara. Conclusões: BCC em crianças pode ser definida como uma síndrome geralmente associada a blefarite da margem palpebral anterior ou posterior,
acompanhado por episódios de conjuntivite e ceratopatia acompanhada por erosões puntatas, ceratite puntata, flictênulas, ceratite
marginal e ulcerações. BCC é comum em crianças na nossa clínica de referência terciária de córnea e doenças externas, com
manifestações mais graves nas populações da Ásia e do Oriente Médio. A terapia é eficiente e a perda de visão pode ser prevenida
na maior parte dos casos.
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As indicações e resultados do transplante de córnea pediátrico na Nova Zelândia: 1991 a 2003 Hussain Y Patel, Sue Ormonde, Nigel H Brookes, Louise S Moffatt e Charles NJ McGhee
Resumo Objetivos: Avaliar as características de pacientes, indicações, detalhes cirúrgicos e resultados de ceratoplastias pediátricas na Nova
Zelandia. Metodos: Como parte de um estudo prospectivo longitudinal, os dados de ceratoplastia pediátrica coletados pelo banco nacional da Nova
Zelândia (BNNZ) foram analisados no período de 13 anos de 1991 a 2003. Resultados: Durante o período estudado o BNNZ forneceu 2547 córneas para ceratoplastia das quais 65 (3%) foram utilizadas para pacientes
pediátricos (14 anos ou menos). As 65 ceratoplastias foram realizadas em 58 olhos de 52 pacientes (66% do sexo masculino,
34% do sexo feminino, idade média 10,4 anos, DP = 4,3 anos). As indicações foram classificadas em 3 grupos: congênitas (16%,
n=9), adquirida não traumática (74%, n=43) e traumática adquirida (10%, n=6). Anomalia de Peter (7% do total), ceratocone
(67%) e traumatismo penetrante (8%) foram as indicações mais comuns em cada grupo respectivamente. Oitenta e dois porcento
das ceratoplastias com resultado conhecido sobreviveram (com enxerto transparente) com um ano de cirurgia, 16% entraram em
falência e um paciente faleceu. Ceratoplastia em indicações congênitas apresentou índice de sobrevida após um ano menor (78%)
do que as de causas adquiridas não traumáticas (85%) e traumáticas (100%) embora a diferença não fosse estatisticamente significativa
(p=0,65). Trinta e oito porcento dos pacientes com resultados conhecidos apresentaram acuidade visual corrigida pós-operatória
de 6/9 ou melhor e 60% apresentaram acuidade visual corrigida de 6/18 ou melhor. O resultado visual foi significativamente
melhor para causas adquiridas comparadas às causas congênitas (p = 0.03). Conclusão: A análise do banco de dados do BNNZ forneceu informações valiosas em relação a ceratoplastias pediátricas na Nova Zelândia.
Este estudo, em particular, mostrou uma prevalência inesperadamente alta de ceratocone como indicação de ceratoplastia. Além
disso uma sobrevida alta de um ano e bom resultado visual foi identificada, em especial para casos de ceratoplastia em condições
adquiridas.
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Diminuição das cirurgias de estrabismo Anita Arora, Brian Williams, Anil Arora, Rowena McNamara, John Yates e Alistair Fielder
Resumo Objetivo: Determinar se há mudança consistente na frequência de cirurgia de estrabismo em crianças entre países e sistemas de saúde
na última década. Métodos: Análise retrospectiva de dados de todas as cirurgias de estrabismo realizadas na Inglaterra e no País de Gales em crianças
de 0 a 16 anos entre 1989 e 2000 e entre 1994 e 2000 em hospitais de Ontario. Isto foi comparado a dados publicados na Escócia
entre 1989 e 2000. Resultados: Entre 1989 e 1999/2000 o número de procedimentos estrabológicos em crianças de 0 a 16 anos na Inglaterra decresceu em 41,2%
de 15083 para 8869. Retrocesso combinado de reto medial com resseção de reto lateral decresceu de 5538 para 3013 (45,6%) no
mesmo período. Retrocessos mediais bilaterais aumentaram de 489 para 762, tenotomia de oblíquos de 43 para 121 e o uso de
suturas ajustáveis de 29 para 44, em 2000. Em Ontario, operações de estrabismo de crianças entre 0 a 16 anos de idade diminuíram
de 2280 para 1685 (26,1%) entre 1994 e 2000. Conclusão: A impressão clínica de diminuição na frequência de cirurgias pediátricas de estrabismo está confirmada. Na nossa opinião
isso não pode ser completamente explicado por uma diminuição nos nascimentos ou pelo método de financiamento dos sistemas
de saúde. Dois fatores que devem ter contribuído são melhor manejo conservador do estrabismo e crescimento da subespecialização
que tem melhorado a qualidade da cirurgia e diminuído a necessidade de reoperações. Este achado tem impacto significante nos
serviços cirúrgicos e também no treinamento de oftalmologistas.
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Transecção total da pálpebra (blefarotomia) para alongamento da pálpebra superior na retração palpebral associada à Doença
de Graves Christoph R. Hintschich e Christos Haritoglou
Resumo Objetivo: Relatar uma técnica modificada para alongamento da pálpebra superior em retração palpebral associada à Doença de Graves.
Tipo de EstudoEstudo: Prospectivo de série de casos intervencionais consecutivos. Métodos: Quarenta e um pacientes (38 mullheres e 3 homens com idade média de 55 anos, variando de 32 a 75 anos) foram estudados. A
transecção total da pálpebra superior com transecção opcional lateral foi realizada em 60 pálpebras. Uma ponte central de
conjuntiva foi mantida no eixo pupilar. Antes e depois da cirurgia a prega da pele, a rima palpebral e “scleral show” foram
medidas e o contorno da margem palpebral foi avaliado. O resultado total foi graduado como “perfeito”, “aceitável” e “falha”.
Resultados: O tempo médio de revisão foi de 6 meses (variação de 2 a 36 meses). No pré-operatório a retração palpebral variou de 1 a
7 mm; o “scleral show” foi de 2 mm em 45 pálpebras, a rima palpebral alcançou a altura desejada (+/- 1 mm) em 53 de 60 pálpebras
(88%) e foi reduzida em uma média de 3 mm. A prega da pele permaneceu inalterada (+/- 1 mm) em 44 de 60 pálpebras (73%). O
resultado foi considerado “perfeito” em 43 casos e “aceitável” em 14 casos após uma ou duas intervenções. Em três casos a
cirurgia falhou. Conclusão: Em comparação a outras técnicas cirúrgicas a abordagem cirúrgica apresentada neste artigo é de realização fácil e leva a
resultados pós- operatórios satisfatórios e previsíveis.
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Prevalência e causas de cegueira e baixa visão em pacientes com lepra no nordeste da Nigéria Caleb Mpyet e Anthony W. Solomon
Resumo Objetivos: Determinar a prevalência e espectro de doenças oculares e a prevalência e causas de cegueira e baixa visão em pacientes com
lepra no nordeste da Nigéria. Métodos: Pacientes com lepra de 30 anos ou mais residentes nas aldeias de lepra foram convidados a participar. Exames oculares foram
realizados para cada indivíduo após consentimento. Resultados: Um total de 480 pacients foram examinados. 456 (48%) de 960 olhos apresentaram pelo menos uma lesão ocular, mas apenas 37%
de todas as lesões estavam relacionadas a lepra. A prevalência de cegueira (AV<3/60 com melhor correção) foi de 10,4%. Outros
7,5% dos indivíduos apresentaram acometimento visual grave (3/60 < AV <6/60). Catarata foi a causa mais comum de cegueira
nestes locais. Outras causas principais foram opacidade corneal não tracomatosa e tracoma. Conclusões: Cegueira e baixa visão são altamente prevalentes em pacientes com lepra neste estudo. Somente um terço das doenças oculares
estão diretamente relacionadas à lepra. Esforços em tratar os casos de catarata e triquíase, melhorar detecção precoce e manejo
de lagoftalmo e providenciar serviços refrativos são urgentes.
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Clinical science - extended reports
Comparação das Evoluções após Peeling de Membrana Limitante Interna assistida por Indocianina Verde e Azul de Tripano durante
Cirurgia de Buraco Macular Kuo Luong Lee, Simon Dean e Stephen Guest
Resumo Objetivos: Comparar as evoluções visuais e anatômicas da cirurgia de reparo do buraco macular utilizando indocianina verde ou azul de
tripano como corantes para a membrana limitante interna. Método: Análise retrospectiva de 37 olhos de 37 pacientes consecutivos com buracos maculares idiopáticos de estágios 2, 3 e 4 que
foram submetidos à cirurgia de reparo por um cirurgião utilizando a mesma técnica mas com corantes diferentes para o peeling
da menbrana limitante interna (MLI). A indocianina verde (ICV) foi utilizada em 19 pacientes e o azul de tripano (AT) em 18.
Os resultados anatômicos e visuais foram comparados nestes dois grupos. Resultados: Não houve diferenças significantes na demografia e nas características do buraco macular nos grupos da ICV e AT. Fechamento
do buraco macular foi obtido em 91,9% de todos os pacientes dos quais o grupo da ICV teve 89,5% de taxa de fechamento do buraco
e o grupo AT 94,4%. Após a exclusão dos casos com falha do fechamento do buraco e outras complicações que afetassem a visão,
não houve diferença significante entre as acuidades visuais pré-operatórias nos grupos AT e ICV, mas acuidades visuais prospectivas
foram melhores no grupo AT que no ICV (p = 0,036). O grupo AT também obteve maior melhora das linhas de Snellen do que o grupo
ICV (2,94 vs. 1,79 linhas; p = 0,046). Conclusões: Azul de Tripano parece ser menos tóxico que ICV quando usado como corante no peeling da MLI durante a cirurgia de reparo
do buraco macular, o que se reflete nos melhores resultados visuais no grupo de pacientes do Azul de Tripano.
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Efeito a longo prazo no PIO de um implante de drenagem de ácido inoxidável (Ex-PRESS®) em cirurgia combinada com facoemulsificação Carlo Enrico Traverso, Fabio De Feo, Audrey Messas-Kaplan, Philippe Denis, Samuel Levartovsky, Eric Sellem, Federico Badalà,
Zbigniew Zagorski, Alain Bron e Michael Belkin
Resumo Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança de um dreno em miniatura de aço inoxidável para drenagem em glaucoma no tratamento cirúrgico
de GPAA e catarata combinada com facoemulsificação. Pacientes e Métodos: Estudo clínico prospectivo multicêntrico com distribuição não aleatória de um tratamento. O dreno Ex-PRESS foi implantado
no limbo embaixo de retalho conjuntival. A extração do cristalino por meio de facoemulsificação e implante de LIO no saco
capsular foi realizado por meio de incisão temporal na córnea. Resultado primário: alteração da PIO. Resultados secundários:
efeitos colaterais e alterações da AV. Resultados: Vinte e seis olhos de 25 pacientes receberam o implante. A média e o desvio padrão do acompanhamento foi de 23,9 +/- 10,4
meses e a idade média foi de 75,1 +/- 7,1 anos. Dezessete de 26 olhos apresentaram mais de 3 anos de seguimento. Um caso foi
descontinuado devido a remoção do implante, 1 devido a óbito e 3 não compareceram para o acompanhamento. Eficácia: a PIO pré-operatória
foi de 21 +/- 4mmHg; após 1, 2 e 3 anos a PIO foi de 15,3 =/- 3,1mmHg (redução de 35%), 16,6 =/- 2,7 mmHg (redução de 29%
e 16 =/-2,6mmHg (redução de 22%), respectivamente. O índice de sucesso avaliado por Kaplan-Meyer (PIO < 21mmHg na última visita
com ou sem medicações) foi de 76,9%. O número de medicações antiglaucomatosas foi reduzido em 95% no primeiro ano. Apenas
6 pacientes (23%) estavam utilizando medicações hipotensoras na última visista, 5 pacientes com 1 medicação e 1 com duas medicações.
Efeitos colaterais: complicações pós-operatórias precoces foram clinicamente leves e incluíram 6 casos de hipotonia (PIO <
5mmHg), 3 casos de hifema (<2mm) sem outros efeitos clinicamente significativos. Complicações a longo prazo ocorreram em 2
casos (7,7%) de rotação do dreno (1 tratado com reposicionamento) e 3 casos (11,5%) de erosão conjuntival após 2 e 3 anos. Conclusões: o implante Ex-PRESS, combinado à facoemulsificação é clinicamente seguro e eficaz, mantendo, a longo prazo, grande redução
da PIO e do número de medicações antiglaucomatosas.
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Incidência de ceratite de gravidade variável em usuários de lente de contato Philip Morgan, Nathan Efron, Elizabeth Hill, Mathew Raynor, Mark Whiting e Andrew Tullo
Resumo Objetivo: Determinar a incidência de ceratite sem gravidade (CSG) e ceratite grave (CG) em usuários de lentes de contato atuais. Métodos: Conduzimos um estudo epidemiológico utilizando graduação de gravidade clínica para diferenciar CSG da CG baseado nos sinais
e sintomas em todos os usuários de lente de contato que apresentaram infiltrado ou úlcera corneal em um centro hospitalar
em Manchester, UK. O tamanho da população e as modalidades de uso (uso diário - UD, uso prolongado - UP) e tipos de lentes
utilizadas foram estimadas a partir de dados demográficos e mercadológicos. Resultados: Durante o período estudado, 80 e 38 pacientes apresentaram CSG e CG respectivamente. As incidências anuais (casos por 1000
usuários) para cada modalidade de uso e tipo de lente foram: UD rígido – CSG5,7, SK2,9; UD hidrogel descartável – CSG 9,1,
CG 4,9; UD hidrogel excluindo descartável diário – CSG 14,1, CG 6,4; UD silicone hidrogel – CSG 55,9 CG0,0; UP rígido – CSG
0,0, CG 0,0; UP hidrogel – CSG 48,2 CG 96,4; UP silicone hidrogel – CSG 98,8 , CG 19,8. A diferença na incidência de CG entre
UP hidrogel e UP silicone hidrogel foi significativo (p=0,04) Conclusões: A graduação clínica tem utilidade na avaliação da ceratite relacionada a lentes de contato. Existe uma incidência signficativamente
mais alta de CG em usuários que dormem com lentes de contato comparados com aqueles que usam lentes apenas durante o dia.
Aqueles que optam por dormir com a lente devem ser orientados para utilização de lentes de silicone hidrogel, que apresentam
um risco 5X menor para uso prolongado quando comparados a lentes hidrogel de uso prolongado.
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Função e morfologia macular após peeling de membrana epirretínica idiopática com e sem a assistência da Indocianina Verde Jost Hillenkamp, Parykshit Saikia, Felix Gora, Helmut G Sachs, Chris P Lohmann, Johann Roider, Wolfgang Bäumler e Veit-Peter
Gabel
Resumo Objetivo: Investigar a função e a morfologia macular após remoção cirúrgica de membrana epirretínica idiopática (MEI) com e sem a assistência
de ICV.
Tipo de Estudo: Série de casos retrospectivos.
Participantes: 39 pacientes com MEI. Métodos: Um total de 39 pacientes, 23 femininos, 16 masculinos, de idade media de 67 anos, foram submetidos à vitrectomia via pars-plana
de 3 portes com remoção da membrana epirretínica. Dois grupos de pacientes foram consecutivamente operados: em 20 pacientes
ICV 0,1% em glicose 5% foi utilizada para corar a membrana epirretínica. Dezenove pacientes foram submetidos a procedimento
idêntico mas sem o uso da ICV. Acompanhamento pós operatório foi realizado nos meses 1-92 (média 15,5 meses). Acompanhamento
funcional foi acessado pela melhora subjetiva, melhor acuidade visual corrigida (MAVC), teste com tela de Amsler, perimetria
automatizada 10° e 30° (analisador de campo visual de Heidelberg) (HFA) e perimetria cinética de Goldmann. Morfologia macular
foi acessada com biomicroscopia esterioscópica e tomografia de coerência óptica (OCT).
Medidas principais para acompanhamento: Função macular determinada através da MAVC, presença de defeitos do campo visual e
metamorfopsias determinadas pelo teste da tela de Amsler. Morfologia macular determinada pela biomicroscopia com lâmpada de
fenda e OCT. Resultados: MAVC melhorou em 28 pacientes, permanecendo inalterada em 8 pacientes e diminuiu em 3 pacientes. Melhora da MAVC foi estatisticamente
significante nos dois grupos (p=0,003). MAVC média em pacientes operados com ICV melhorou de pré-op 0,35 para pós-op 0,6.
MAVC média em pacientes operados sem ICV melhorou de 0,4 para pós-op 0,5. Redução do edema macular medido por OCT foi estatisticamente
significante nos dois grupos (p<0,01). Não houve diferença estatisticamente significante na MAVC pós-op, edema macular medido
por OCT, teste de tela de Amsler e melhora subjetiva entre os dois. A incidência de membrane epirretínica recorrente ou residual
foi maior no grupo operado sem ICV (p=0,014). Defeitos de campo visual foram detectados em um paciente operado com ICV e em
três pacientes operados sem ICV. Conclusões: Remoção do tecido epirretínico com ou sem assistência da ICV melhorou a função visual e reduziu o edema macular na maioria
dos pacientes. Efeitos adversos claramente atribuídos à ICV não foram observados porém investigações adicionais são necessárias.
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Uveítes em crianças e adolescentes David Benezra, Evelyne Cohen e Genia Maftzir
Resumo Objetivos: Estudar a ocorrência relativa de uveíte (inflamação intraocular) e suas causas em crianças e adolescentes. Métodos: Pacientes com uveítes foram examinados e seguidos durante um período de 10 anos e categorizados de acordo com a idade e o
gênero. Todos foram submetidos a exame ocular e uma bateria individualizada de testes laboratoriais. As manifestações intraoculares
foram classificadas de acordo com a localização anatômica da inflamação e sua causa mais provável. O diagnóstico final foi
baseado em sinais e sintomas típicos clínicos oculares e extraoculares e nos resultados das investigações específicas laboratoriais. Resultados: Dos 821 pacientes, 276 (33,1%) apresentaram 18 anos de idade ou menos com uma relação de sexo masculino e feminino de 1:1.
Nestas 276 crianças e adolescentes, 70,3% apresentaram envolvimento ocular bilateral. Uveíte intermediária foi o diagnóstico
anatômico mais freqüente. Em muitos casos, sintomas eram leves apesar dos sinais proeminentes e diminuição acentuada da acuidade
visual. A causa da uveíte foi avaliada como não-infecciosa em 184 casos (66,7%) e infecciosa em 92 casos (33,3%). Uma etiologia
potencial e/ou diagnóstico definitivo clínico foram estabelecidos em 74,6% dos casos e em apenas 25,4% dos 276 pacientes a
uveíte foi classificada como idiopática. ARJ foi a associação sistêmica mais comum diagnosticado em 14,9% destas crianças.
Infestação por parasitas foi a associação infecciosa mais comum. Conclusões: Uveítes em crianças e adolescentes não é tão baixa quanto relatado previamente. A infestação por parasitas por um lado e
ARJ por outro são as etiologias mais comuns associados a uveítes nestes pacientes jovens.
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Correlação entre o índice de sucesso cirúrgico e a gravidade de glaucoma congênito Ali Al-Hazmi, Abdulaziz Hussain Awad, Johan Zwaan, Saleh A. Al Mesfer, Ibrahim Al-Jadaan e Abdulkareem Al-Mohammed
Resumo Objetivo: Estudar a correlação entre a gravidade do glaucoma primário congênito (GPC) e sucesso de três tipos de cirurgias. Métodos: Esta foi uma revisão restrospectiva de todos os prontuários de pacientes diagnosticados com GPC até um ano de idade que foram
submetidos a goniotomia, trabeculotomia, ou trabeculotomia-trabeculectomia combinada com mitomicina-C como procedimento inicial
entre 1982 e 2002 no Hospital de Olhos King Khaled em Riayadh na Arábia Saudita. Quinhentos e trinta e dois pacientes com
glaucoma pediátrico com idade abaixo de 1 ano (820 olhos) com um mínimo de 1 ano de acompanhamento foram identificados. As
principais medidas utlizadas após a cirurgia foram pressão intraocular, estabilidade do diâmetro corneal e manutenção da transparência
corneal. O sucesso cirúrgico foi definido como pressão intraocular pós-operatória abaixo de 21mmHg sem terapia medicamentosa
ou cirúrgica adicional e diminuição do edema corneal, diâmetro corneal estável e ausência de danos adicionais do nervo óptico
por pelo menos 1 ano após a cirurgia. Complicações, tempo de falha cirúrgica e seguimento foram registrados. Resultados: Os olhos foram divididos em 3 grupos: leves (n=249), moderados (n=342) e graves (n=229) baseados na pressão intraocular,
diâmetro e transparênci da córnea. Todos os 3 procedimentos cirúrgicos obtiveram altos índices de sucesso de 81 a 100% para
a forma leve do GPC. Olhos classificados com glaucoma moderado apresentaram índice de sucesso de 13%, 40% e 80% respectivamente
para goniotomia, trabeculotomia e trabeculotomia-trabeculectomia combinada com mitomicina C. O sucesso para GPC grave foi
de 10% e 70% para trabeculotomia e cirurgia combinada respectivamente. Goniotomia nunca foi realizada para olhos nesta condição. Conclusão: A classificação clínica de GPC é útil para decisão cirúrgica. A forma leve apresenta alto índice de sucesso independente
da escolha do procedimento. A trabeculotomia combinada com trabeculectomia com mitomicina C apresentou os melhores resultados
para casos moderados e graves de GPC.
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Endoftalmite Associada ao Implante de Válvula de Ahmed em Glaucoma Abdullah A. Al-Torbak, Sami A. Al-Shahwan, Ibrahim A AL-Jadaan, Abdulrahman Al-Hommadi e Deepak P Edward
Resumo Objetivo: Investigar a taxa, fatores de risco, evolução clínica e evolução do tratamento de endoftalmite secundária à cirurgia de glaucoma
com implante de drenagem (GID). Métodos: Pesquisa relacional computadorizada de arquivos foi conduzida para identificar todos os pacientes submetidos a implante de
Válvula de Ahmed para Glaucoma (VAG) e desenvolveram endoftalmite após a cirurgia no King Khaled Eye Specialist Hospital em
Riyadh, Arábia Saudita, entre 1 de Janeiro de 1994 e 30 de Novembro de 2003. Apenas prontuários médicos de pacientes que desenvolveram
endoftalmite foram retrospectivamente revisados. Resultados: Quinhentos e quarenta e dois olhos de 505 pacientes em acompanhamento foram incluídos no estudo. Endoftalmite ocorreu em
9 (1,7%) olhos; a taxa foi 5 vezes maior em crianças do que em adultos. Endoftalmite tardia (desenvolvida 6 semanas após a
cirurgia) ocorreu em 8/9 dos olhos. Erosão conjunctival sob o tubo da VAG estava presente em 6/9 dos olhos. Organismos comuns
isolados no vítreo incluíram Hemophilus influenzae e Streptococcus sp. Análise de regressão múltipla revelou que menores idades
e erosão conjuntival sobre o tubo foram fatores de risco signifiantes associados à endoftalmite. Conclusão: Endoftalmite é uma complicação rara da cirurgia de GID e parece ser mais comum em crianças. Deiscência conjuntival sobre
o tubo da VAG parece ser o maior fator de risco para endoftalmite. Revisão cirúrgica imediata em casos de exposição do tubo
de GDI é fortemente recomendado.
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Função visual e direção automotiva, resultados longitudinais 5 anos após cirurgia e catarata em uma população Eva Monestam, Britta Lundqvist e Lillemor Wachtmeister
Resumo Objetivos: Determinar a função visual em motoristas operados de catarata há cinco anos e analisar dados longitudinais ao comparar alterações
pré e pós operatórias na habilidade automotiva subjetiva e função visual objetiva. Métodos: Todos os pacientes (810) que foram submetidos a cirurgia de catarata durante o período de um ano foram estudados de forma
prospectiva. Dados em relação ao estado atual de condução foram coletados a partir de questionários e dados de AV foram medidos
antes e depois da cirurgia. Todos os pacientes que estavam vivos após estes 5 anos foram convidados a participar com um novo
exame ocular e questionário. Resultados: Antes da cirurgia 36 motoristas (16%) não preencheram os pré-requisitos visuais para condução automotiva. Com correção óptica
este número diminuiu para 24 (11%). Cinco anos após a cirurgia os valores correspondentes foram de 5% e 3% (5/174), respectivamente.
Antes da cirurgia 50% relataram dificuldades visuais ao dirigir durante o dia e 79% à noite. Alguns meses e 5 anos após a
cirurgia os valores correspondiam a 6% e 5% respectivamente para direção durante o dia e 34% e 44%, respectivamente, para
direção noturna. Conclusões: Resultados a longo prazo em relação a cirurgia de catarata em motoristas são benéficos. Cinco anos após a cirurgia apenas
alguns pacientes não preencheram os pré-requisitos para condução, mas houve maior proporção de pacientes com problemas dirigindo
no escuro comparados com alguns anos pós a cirurgia.
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Perimetria azul – amarelo com SLO em pacientes com doença macular relacionada à idade Andreas Remky e Ann E Elsner
Resumo Objetivo: A perda da sensibilidade a ondas curtas é relacionada a perda visual grave em pacientes com maculopatias relacionadas à idade
(MRI). Nós realizamos um estudo de caso controle com pacientes com MRI e controles pareados de acordo com a idade utilizando
perimetria azul-amarelo. Métodos: Um fundo amarelo brilhante com comprimento de 594nm isolou a resoposta de mecanismos de cone para alvos de 458 nm. Um oftalmoscópio
de varredura a laser produziu estímulos e proporcionou iluminação simultânea do fundo em tempo real. A mácula foi sondada
com 16 alvos Goldmann IV, 1 a 10 graus da fixação utilzando um método em escada. Resultados: Nós pareamos 24 pacientes com MRI não exsudativa com 24 indivíduos com aspecto normal do fundo de olho. A sensbilidade de
cones a ondas curtas para alvos maculares foi significativamente reduzida em pacientes com MRI quando comparados a pacientes
normais, 15,45dB+- 4,56 vs 17,22+-0,28dB, respectivamente (p<0,0005). Não houve apenas uma perda difusa de sensibilidade em
pacientes com MRI mas também uma perda localizada de sensibilidade nas drusas (p<0,025). Nem a idade média, 69+-8 anos ou
a acuidade visual média diferiu entre os dois grupos, logMAR 0,09+-0,10 vs 0,05+-0,06 para pacientes com MRI vs. normais,
respectivamente. Pacientes com drusas moles apresentaram sensibilidade menor que aqueles com drusas duras (p < 0.05). Conclusão: Uma perda de sensibilidade no mecanismo de ondas curtas dos cones ocorreu em pacientes com MRI precoce, apesar da boa acuidade
visual, demonstrando uma perda de função visual que não pode ser atribuída a alterações da idade. A perda de sensibilidade,
apesar da boa acuidade visual, incluiu perdas difusas e localizadas.
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Estudo Associado de detoxificação de genes em Degeneração Macular Relacionada à Idade Hossein Esfandiary, Usha Chakravarthy, Chris Patterson, Ian Young e Anne Hughes
Resumo Introdução/Objetivos:DMRI é uma desordem complexa que leva à perda da visão central e a identificação dos fatores de risco associados à suscetibilidade
à DMRI tem sido o objetivo da pesquisa genética oftalmológica por quase uma década. Este estudo associado examinou o polimorfismo
genético em doze genes candidatos a serem o possível fator de risco para a predisposição de desenvolvimento da variante exsudativa
da DMRI em uma população irlandesa do norte. A escolha dos genes foi baseada nas suas funções na quebra de poluentes industriais,
fumaça de cigarro, defesa contra stress oxidativo ou envolvimento no processo geral de envelhecimento. Métodos: Mais de quarto polimorfismos de um nucleotídeo (SNPs) foram identificados para CYP1A1, CYP1A2, CYP2E1, CYP2D6, EPHX1, MnSOD,
AhR, NAT2, CAT, GPX1, PON1 e ADPRT1 através do método de extensão de base única do primer multiplex instantâneo (Snapshot
single base primer extension method). Genes mostrando alta ligação de desequilíbrio (LD) entre SNPs foram analizados através
de análise haplotipo. Genes mostrando baixa LD foram acessados utilizando-se SNPs individuais baseados nos genótipos. Resultados: Após correção para o número de genes/SNPs testados, não houve associação significante com DMRI, contudo vários genes merecem
investigação complementar. Nosso estudo sugere que uma codificação SNP em EPHX1 (Y113H) deve ser importante na DMRI e suporta
uma observação prévia de associação com DMRI exsudativa. Além disso, análise do haplotipo destacou ADPRT1, CYP2D6 e AhR como
merecedores de estudos complementares. Conclusão: Este estudo identificou um número de genes que necessitam investigações complementares incluindo EPHX1, ADPRT1, CYP2D6 e
AhR.
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Monitorização da temperatura coroidal durante termoterapia transpupilar para neovascularização de coróide Shinji Miura, Hirokazu Nishiwaki, Yoshiaki Ieki, Yuya Hirata, Yoshihito Honda, Yuichiro Sugino e Yoshihiro Okazaki
Resumo Objetivos: Investigar a diferença no aumento da temperatura entre a coróide normal e a neovascularização de coróide (NVC) durante termoterapia
transpupilar (TTT) e a relação entre o tamanho da marca e a força do laser no fundo de olho de ratos. Métodos: Uma lâmpada de fenda modificada equipada com lasers de dois comprimentos de onda (490 nm para iluminação e excitação da fluoresceína
e 810 nm para hipertermia) foi desenvolvida para TTT e monitoramento de temperatura. Aumento da temperatura durante TTT foi
monitorizado através da observação da fluorescência liberada de liposomos termosensíveis encapsulando carboxifluoresceína.
Dois tipos de lipossomos foram preparados; suas temperaturas de transição de fase foram 40¡C e 46¡C, respectivamente. O ajuste
de força do laser necessário para observar a liberação de fluorescência do lipossomo-46¡C na coróide normal ou NVC foi comparado.
Posteriormente, os ajustes de força para marcas de tamanho 0,5 e 0,25-mm foram comparados após a administração de lipossomo-40¡C
ou lipossomo-46¡C. Resultados: Os valores da potência mínima quando a liberação do lipossomo-46¡C foi observada mostraram uma diferença significante na
distribuição de valores da potência entre coróide normal e NVC. NVC necessitou potência significantemente maior do que a coróide
normal. Com o lipossomo-40¡C a potência foi de 9,7 ± 1,9mW (média ± DP) com a marca de tamanho 0,25mm e 12,1± 1,6mW com 0,5mm.
Quando utilizando o lipossomo-46¡C o ajuste de potência foi de 10,2± 1,2mW com a marca de tamanho 0,25mm e 14,6± 2,2mW com
0,5mm. Conclusões: NVC demonstrou várias condições de aquecimento comparada à coróide normal. A potência de laser necessária para aumentar a
temperatura não deve necessariamente ser dobrada, mesmo quando se dobra o tamanho da marca. Atenção especial deve ser dada
ao ajuste da potência quando se realizar TTT para NVC.
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Concentrações de angiopoietina em retinopatia diabética Jignesh I Patel, Phil G Hykin, Zdenek J Gregor, Mike Boulton e Ian A Cree
Resumo Objetivo: Angiopoietina 1 e 2 interagem com fator de crescimento endothelial vascular (VEGF) na promoção da angiogênese em modelos
animais e in vitro. Apesar das concentrações de VEGF estarem elevadas, há pouca informação sobre concentrações de angioproteína
no vítreo de pacientes com retinopatia diabética. Métodos: Concentrações de angiopoietina foram medidas por imunoensaio luminescente em amostras do vítreo de 17 pacientes com retinopatia
diabética não proliferativa (RDNP) e edema macular diabético clinicamente significante (EDCS), 10 pacientes com retinopatia
diabética proliferativa (RDP) e 5 pacientes com buraco macular (controles) obtidos através de vitrectomia via pars plana. Resultados: Concentrações de angiopoietina 1 estavam baixas nos pacientes com buraco macular (média 17 pg/ml) enquanto em RDNP com EDCS
eram de 2002 pg/ml (variação 289-5820 pg/ml) e em RDP 186 pg/ml (variação 26-2292 pg/ml). As concentrações de angiopoietina
2 em RDNP com EDCS foram de uma média 4000 pg/ml (variação 1341-14329 pg/ml). Tanto para pacientes com buraco macular quanto
para pacientes com RDP angiopoietina 2 esteve abaixo dos limites de detecção. Conclusões: A concentração de angiopoietina 2 foi o dobro da de angiopoietina 1 em RDNP com EDCS. Angiopoietina 2 é o antagonista natural
da angiopoietina 1 que é reconhecida por agir como um agente anti-permeabilidade. A predominância de angiopoietina 2 pode
ser permissiva para a permeabilidade vascular retínica induzida pelo VEGF em pacientes com EDCS. A concentração relativamente
baixa tanto de angiopoietina 1 quanto 2 em pacientes com retinopatia diabéticca proliferativa deve refletir a natureza estabelecida
da neovascularização em casos precedidos por vitrectomia.
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Disfunção Retínica e Erros Refrativos: Um estudo eletrofisiológico em crianças Daniel Ian Flitcroft, Gill G W Adams, Anthony G Robson e Graham E Holder
Resumo Objetivos: Avaliar a relação entre erro refrativo e anormalidades eletrofisiológicas retínicas em crianças encaminhadas para investigação
de visão reduzida. Métodos: O grupo de estudo compreendeu 123 pacientes consecutivos encaminhados do Paediatric service of Moorfields Eye Hospital durante
um período de 14 meses para investigação eletrofisiológica de visão reduzida. Os pacientes foram divididos em 5 categorias
refrativas de acordo com suas correções: alta miopia (<=-6D), baixa miopia (>-6D e <=-0,75D), emetropia (>-0,75 e <1,5D),
baixa hipermetropia (>=1,5 e< 6D) e alta hipermetropia (>=6D). Pacientes com um diagnóstico específico na ocasião do teste
eletrofisiológico foram excluídos. Apenas o primeiro membro de cada família foi incluído se mais de um membro tivesse sido
testado. Todos os testes foram realizados seguindo os padrões da ISCEV, utilizando eletrodos corneais folhados a ouro quando
possível. Em pacientes mais jovens eletrodos de pele e protocolo simplificado foram aplicados. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 7,1 anos com uma incidência total de achados eletrofisiológicos anormais de 29,3%. A incidência
de anormalidades foi maior em altas ametropias (13/25, 52%) coparado aos outros grupos (23/98, 23,5%). Esta diferença foi
estatisticamente significante (Qui-quadrado, p = 0,005). Houve também associação significante entre alto astigmatismo (>1,5D)
e anormalidades do ERG (18/35 com alto astigmatismo vs 20/88 sem, Qui-quadrado, p = 0,002). Não houve variação significante
na frequência de anormalidades entre baixas miopias, emetropias e baixas hipermetropias. A taxa de anormalidades foi muito
similar tanto em altas miopias (8/15) quanto em altas hipermetropias (5/10). Conclusões: Alta ametropia e astigmatismo em crianças em investigação por visão diminuída são associados a maiores taxas de anormalidades
eletrofisiológicas. A taxa aumentada de erros refrativos na presença de doença retínica é consistente com a hipótese de que
a retina está envolvida no processo de emetropização. Testes eletrofisiológicos deveriam ser considerados em casos de alta
ametropia na infância para descartar associação com patologia retínica.
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Correlação entre espessura da camada de fibras nervosas e tamanho do disco óptico: estudo com tomografia de coerência óptica Giacomo Savini, Maurizio Zanini, Valerio Carelli, Alfredo A. Sadun, Fred N. Ross-Cisneros e Piero Barboni
Resumo Introdução/Objetivo: Investigar a correlação entre espessura da camada de fibras nervosas (CFNR) e circunferência papilar (CP) em indivíduos caucasianos
normais através de medidas com tomografia de coerência óptica (OCT). Métodos: Quarenta e quatro olhos de 54 indivíduos saudáveis com idades entre 15 e 54 anos foram submetidos a medida da espessura da
RNFL peripapilar por uma série de três varreduras circulares com diâmetro de 3,4 mm (Stratus OCT, protocolo 3.4 de aquisição
Espessura da CFNR). Análise da CP foi realizada através de médias de seis varreduras radiais centradas no disco óptico (Stratus
OCT, protocolo de aquisição Rápica do Disco Óptico). A média dos valores da CFNR foram correlacionados com os dados obtidos
pela análise da CP. Resultados: A espessura da CFNR nos quadrantes superior, nasal e inferior mostrou correlação significante com a área do disco óptico
(R=0,3822, p=0,0043), (R=0,3024, p=0,026), (R=0,4048, p= 0,0024) e o diâmetro horizontal da papila (R=0,2971, p=0,0291), (R=0,2752,
p=0,044), (R=0,3970, p=0,003). A espessura da CFNR nos quadrantes superior e inferior foi também positivamente correlacionada
ao diâmetro vertical da papila (R=0,3774, p=0,0049), (R=0,2793, p=0,0408). Correlação significante foi observada entre a média
da espessura da CFNR em 360° , a área da papila e os diâmetros vertical e horizontal da papila (R=0,4985, p=0,0001), (R=0,4454,
p=0,0007), (R=0,4301, p=0,0012). Conclusões: Medidas das espessuras da CFNR obtidas por Stratus OCT aumentaram significativamente com o aumento do tamanho da papila.
Não é claro se olhos com papilas maiores mostram CFNR mais espessas devido a um aumento na quantidade de fibras nervosas ou
a uma menor distância entre a varredura circular e o limite do disco óptico.
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Contratura da órbita: complicação da doença inflamatória orbital em pacientes com granulomatose de Wegener Cheryl A Talar-Williams, Michael C Sneller, Carol A Langford, Janine A Smith, Terry A Cox e Michael R Robinson
Resumo Objetivo: Descrever as características clíncias de contratura orbital em pacientes com granulomatose de Wegener. Tipo de Estudo: Retrospectivo de coorte. Métodos: Os prontuários médicos de 256 pacientes com granulomatose de Wegener (GW) examinados nos Institutos Nacionais de Saúde de
1967 a 2004 foram revistos para identificar pacientes com contratura orbital. Detalhes da doença orbital incluíram exoftalmometria
de Hertel, achados radiológicos e resultados de exames oculares. A contratura orbital foi definida como inflamação orbital
com proptose seguido pelo desenvolvimento de enoftalmo e evidência radiográfica de alterações fibróticas residuais na órbita.
Para examinar os fatores de risco no desenvolvimento de uma órbita contraída, pacientes com contratura orbital foram comparados
a pacientes sem contratura em relação a variáveis múltiplas incluindo história de cirurgia orbital, gravidade da doença orbital
e envolvimento de órgão sistêmico maior.
Principais medidas: As características clínicas de contratura orbital associada com doença inflamatória orbital em pacientes
com GW. Resultados: Doenças orbitais inflamatórias ocorreram em 34 de 256 pacientes (13%) e dados clínicos detalhados de 18 pacientes disponíveis
foi examinado. Contratura orbital ocorreu durante a evolução clínica em 6 pacientes; as características incluíram oftalmopatia
restritiva (5), dor orbital crônica (3) e doença isquêmica do nervo óptico (2) resultando em cegueira (sem percepção luminosa)
em 1 paciente. A contratura orbital ocorreu no período de 3 meses de tratamento com medicações imunossupressivas para a doença
inflamatória da órbita em 5 pacientes e não apresentou resposta a medicações imunossupressivas. O grau mediano de enoftalmo
na órbita contraída comparado com o olho contralateral foi de 2,8mm (variação de 1,5 a 3,5mm) por meio de exoftalmometria.
Não foram encontrados fatores de risco que previam desenvolvimento de contratura orbital. Conclusões: Em 6 pacientes com GW e inflamação ativa da órbita a contratura orbital ocorreu durante o curso do tratamento com medicações
sistêmicas imunossupressivas. A contratura orbital, presumivelmente causada por fibrose orbital, levou a enoftalmo, oftalmopatia
restritiva, dor crônica orbital e doença do nervo óptico, além de não responder à terapia imunossupressiva. Contratura orbital
não foi previamente relatada como complicação de doença inflamatória orbital associado a GW e foi uma causa importante de
morbidade visual na nossa coorte de pacientes.
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O Desenvolvimento do Questionário Indiano de Função Visual (IND-VFQ): Índice do Quesionário G. V.S. Murthy, S. K. Gupta, R. D. Thulasiraj, K. Viswanath, Martine Donoghue e Astrid E Fletcher
Resumo Objetivo: Esclarecer e indicar problemas, descrevendo as consequências da deficiência visual como um primeiro passo para o desenvolvimento
de um instrumento de avaliação da qualidade de vida relacionada à visão para ser utilizado na Índia. Métodos:Quarenta e seis grupos focais foram conduzidos em 3 regiões da Índia. Grupos focais separados foram mantidos para homens e
mulheres e de acordo com as categories de doenças: catarata(24), glaucoma (6), retinopatia diabética ou degeneração macular
(10) e ‘baixa visão mista’ (6). Facilitadores seguiram um guia e sessões foram gravadas em audio e transcritas. As indicações
dos problemas foram extraídas, codificadas e resumidas nas áreas de domínio do maior problema. Resultados: Aproximadamente 5000 indicadores de problemas, uma média de 15 indicadores por participante, foram consolidadas em 18 grandes
áreas de domínio. As mais importantes áreas de problemas responsáveis por mais de 50% de todos os indicadores foram: deambulação,
atividades domésticas ou ocupacionais, sintomas visuais e recohecimento de pessoas. Outro quarto de indicações relacionadas
a dificuldades ao comer e beber, preocupações psicológicas, cuidados próprios, ler e assistir televisão. Indicações de problema
foram similares entre os grupos de doença, contudo as colocações variaram. Conclusões: Os impactos funcionais e psicológicos descritos por pacientes deficientes visuais na Índia são similares a aqueles reportados
em outras populacões apesar do contexto e impacto dos problemas variar.
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