BJO in Translation - Chinese Abstracts


Portuguese Abstracts
Welcome to the BJO Portuguese Abstracts
This edition includes Portuguese translations of the abstracts of all Clinical and Laboratory Science articles from the October 2004 issue.
The full text is only available in English
to subscribers or on a pay per view basis (US$12 per article)
 

Resumos em Português
Benvindo aos Resumos em Portugues do BJO
Esta edição inclue resumos de todos os artigos de Ciências Clínica e Laboratorial  publicados em Outubro de 2004.
Os textos completos, em Inglês, estão disponíveis somente para assinantes ou sob pagamento (US$12 por artigo).


October/ Outubro  2004
Volume 88 Number/ n�mero 10

Clinical science - scientific reports Ciência clínica � relatos científicos
Clinical science - extended reports Ciência clínica � relatos extendidos
Laboratory science - scientific reports Ciência laboratorial � relatos científicos
 

Editors/ Editores: Dr Daniel de Souza Pereira and Dr Jonathan Lake
bhisit{at}itsa.ucsf.edu  bhisit{at}itsa.ucsf.edu


 

  Clinical science - scientific reports 

Um sistema de estratificação pré-operatória de pacientes com catarata de acordo com o risco de complicações per-operatórias: análise prospectiva de 1441 casos
Mohammed Muhtaseb, Ambreen Kalhoro e Alexander Ionides
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Antígenos relacionados ao grupo sanguíneo no Penfigóide Ocular Cicatricial
Catherine Creuzot-Garcher, Thanh Hoang-Xuan, Alain M Bron, Herve Robin, Philippe d�Athis e Jacques Bara

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Ceratocone: análise da assimetria corneal
Deirdre M Burns, Freda M Johnston, David Frazer, Christopher Patterson e Jonathan Jackson

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A atividade sérica da Paraoxonase está diminuída durante o estágio ativo da Doença de Behcet.
Sarper Karakucuk, G�lden Baskol, Ayse Ozturk Oner, Mevlut Baskol, Ertugrul Mirza e Muzaffer Ustdal

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Incidência associada de glaucoma de pressão normal, perda auditiva neurosensorial progressiva e níveis elevados de anticorpos antifosfatidilserina
Stephan Kremmer, Emil Kreuzfelder, E Bachor, Klaus Jahnke, Michael J Selbach e Said Seidahmadi

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Efeito da Hipertensão na Hemodin�mica da Coróide Foveolar
Rachel M Niknam, Lisa S Schocket, Tatyana Metelitsina, Joan C DuPont e Juan E Grunwald

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Reprodutibilidade do Flux�metro Retínico de Heidelberg para determinar baixa perfusão em areas peripapilares da retina
Christian Jonescu-Cuypers, Alon Harris, R. Wilson, Larry Kagemann, Leonidas Mavroudis, Fotis Topouzis e Anne L. Coleman

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Estudo prospectivo da função visual e qualidade de vida após terapia fotodin�mica em pacientes com degeneração macular relacionada � idade não exsudativa
Ana Maria Armbrecht, Peter A Aspinall e Baljean Dhillon

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  Clinical science - extended reports

Perímetro de Tecnologia de Dupla Frequência em Neurapatia óptica Isquêmica Não Arterítica com Defeitos Altitudinais
Christopher A. Girkin, Gerald McGwin e Julio DeLeon-Ortega

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Transplante de células epiteliais autólogas cultivadas da mucosa oral em pacientes com doenças graves da superfície ocular
Takahiro Nakamura, Tsutomu Inatomi, Chie Sotozono, Takashi Amemiya, Narisato Kanamura e Shigeru Kinoshita

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Epidemiologia e análise molecular da ceratite por Herpes Simples com evolução para ceratoplastia penetrante
Bruno Castelo Branco, Paul A. Gaudio eTodd P. Margolis

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Ceratectomia lamelar superficial automatizada por excimer laser no manejo de opacidades corneais superficiais graves
Jorge Alio, Jaime Javaloy, Jesus Merayo e Ahmed Galal

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Eficácia e segurança a curto prazo da troca de mono terapia e terapia adjunta por mistura de latanoprost 0.005%/maleato de timolol 0.5% em pacientes glaucomatosos
Thomas L. Hamacher, MD, Matthias Schinzel, MD, Angelika Sch�lzel-Klatt, MD, PhD, Hans-Martin Neff, MD, Hubert Maier, MD, Georg Schlaffer, MD, Eva Beausencourt, MD, Matthias J�tte, MD, R�diger Scholz, MD, Christian Lorger, MD e William C. Stewart, MD

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Análise tridimencional da l�mina cribrosa em Glaucoma
Justin Morgan-Davies, Nick Taylor, Adrian R Hill, Peter Aspinall, Colm J O'Brien e Augusto Azuara-Blanco

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Determinantes da satisfação do paciente com a cirurgia de catarata e com o tempo na lista de espera
Barbara Conner-Spady, Suren Sanmugasunderam, Paul Courtright, John J McGurran e Tom W Noseworthy

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Determinantes da ansiedade relacionada � cirurgia em pacientes com catarata
Marjan D Nijkamp, Chantal A Kenens, Anton JM Dijker, Robert AC Ruiter, Frans Hiddema e Rudy MMA Nuijts

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Terapia Fotodin�mica com Verteporfirina para Neovascularização Subfoveal de Coróide Secundária � Miopia em Olhos Chineses-Uma Série Prospectiva de Um e Dois Anos de Acompanhamento
Dennis S.C. Lam, Wai-Man Chan, David T.L. Liu, Dorothy S.P. Fan, Wico W Lai e Kelvin K.L. Chong

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Estudo prospectivo do efeito de um buraco macular unilateral na função sensorial e binocular e da recuperação após cirurgia bem sucedida
Kamiar Mireskandari, Louise Garnham, Richard Sheard, Eric Ezra, Zdenek J Gregor e John J Sloper

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Síndrome de Charles Bonnet (Formação de Alucinações Visuais) entre Pacientes Asiáticos em um Centro Oftalmológico Terciário
Colin SH Tan, Vivien SY Lim, Desmond Ho, Eugene Yeo, Beng-Yeong Ng e Kah-Guan Au Eong

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Cegueira, visão subnormal e outras deficiências como fator de risco no paciente institucionalizado
Antoine Brézin, Antoine Lafuma, Francis Fagnani, Mounir Mesbah e Gilles Berdeaux

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  Laboratory science - extended reports

Prevenção da rejeição de aloenxerto de córnea em modelo experimental de receptores de alto risco com camundongos
Andrea Vitova, Martin Filipec, Alena Zajicova, Magdalena Krulova e Vladimir Holan

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Papel da Interleucina-1 na patogênese da retinopatia diabética
Renu A. Kowluru e Sarah Odenbach

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  Clinical science - scientific reports 
 

Um sistema de estratificação pré-operatória de pacientes com catarata de acordo com o risco de complicações per-operatórias: análise prospectiva de 1441 casos
Mohammed Muhtaseb, Ambreen Kalhoro e Alexander Ionides

Resumo

Objetivo: Desenhar um sistema simples e robusto de avaliação do risco de complicações per-operatórias em pacientes que serão submetidos � cirurgia de catarata.

Métodos: Avaliamos o risco pre-operatório de 1441 pacientes consecutivos em programação cir�rgica para facoemulsificação de acordo com diversos critérios atribuídos seguindo critério de pesos. De acordo com os pontos de risco acumulados com este sistema os pacientes foram distribuídos para um dos quatro grupos de risco. Dados foram prospectivamente coletados de acordo com a ocorrência de complicações per-operatórias e tabulados em banco de dados computadorizado. Calculamos a incidência total de complicações per-operatórias para cada grupo de risco assim como a incidência de cada complicação para cada grupo de risco.

Resultados: A incidência de complicações per-operatórias aumentou nos grupos: 1= 4,32%, 2 = 7,45%, 3 = 13,48% e 4 = 32,00% (p<0,001%). Além disso, as seguintes complicações também aumentaram em frequência ao longo dos grupos de risco (p<0,05 em cada caso): rotura de cápsula posterior, perda vítrea, capsulorrexe incompleta, deiscência de z�nula, queimadura de incisão ou vazamento e perda de fragmento do n�cleo para o segmento posterior.

Conclusão: Nossos resultados sugerem que candidatos para cirurgia de catarata podem ser avaliados de forma simples e uniforme no pré-operatório e categorizados em um �Grupo de Risco� de acordo com o risco de complicações per-operatórias. Isto permite: 1) aconselhamento individual nas chances de complicações operatórias, 2) comparações significantes entre indíces nacionais de complicações com unidades ou cirurgiões individuais e 3) melhor seleção de casos para instrução.

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Antígenos relacionados ao grupo sanguíneo no Penfigóide Ocular Cicatricial
Catherine Creuzot-Garcher, Thanh Hoang-Xuan, Alain M Bron, Herve Robin, Philippe d�Athis e Jacques Bara


Resumo

Objetivos: Estudar o MUC5AC e a expresssão do antígeno relacionado ao grupo sanguíneo no penfigóide ocular cicatricial (POC) de acordo com a distribuição de Lewis e fenótipos secretores em pacientes com POC e indivíduos normais.

Materiais e Métodos: Imunohistoquímica foi realizada em amostras de biópsia conjuntival de 22 pacientes consecutivos com POC utlizando anticorpos monoclonais (ACM) contra a base peptídica MUC5AC de mucina (anti-M1 / MUC5AC AMCs) e anti-sacarídeos (antigénos anti-grupo sanguíneo). Estes incluíram fenótipos de AMCs anti Lea-, -Leb-, -sial Lea- e �H tipo 2, respectivamente. Testes sorológicos foram realizados para confirmar o fenótipo de cada paciente. Os padrões imunohistoquímicos e a distribuição de Lewis e fenótipos secretores foram comparados aos resultados de um estudo prévio em indivíduos normais.

Resultados: (1) Em pacientes com POC comparados � população normal a imunorreatividade anti-M1 de células caliciformes foi inalterada, enquanto imunorreatividades anti-Lea-, -Leb- e -sialyl Lea de células epiteliais e caliciformes foi muito diminuída. (2) Quarenta e um porcento dos pacientes com POC apresentaram fenótipo não-secretor, o que é significativamente maior do que a incidência estimada do mesmo fenótipo na população francesa (20%) (p = 0,04).

Conclusões: Mucinas em pacientes com POC apresentaram expressão de antígenos relacionados a grupos sanguíneos diminuída enquanto a base peptídica MUC5AC detectada por AMC anti-M1 permaneceu inalterada. Nossos resultados aparentemente indicam que o POC pode ser associado com fenótipo não-secretor.

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Ceratocone: análise da assimetria corneal
Deirdre M Burns, Freda M Johnston, David Frazer, Christopher Patterson e Jonathan Jackson


Resumo

Introdução: O ceratocone, uma ectasia corneal não-inflamatória, tem sido descrito com apresentação bilateral em mais de 90% dos pacientes. O objetivo deste estudo é quantificar a assimetria da doença na primeira consulta em uma clínica regional especializada em córnea.

Métodos: Oitenta e três pacientes diagnosticados na primeira consulta através de videoceratografia, biomicroscopia e refração foram selecionados de maneira retrospectiva. Desta forma, 73 pacientes com evidências de ceratocone em ambos os olhos foram selecionados. Para poder quantificar o grau de assimetria entre os olhos nestes pacientes com ceratocone bilateral, a correlação intraclasse foi calculada para acuidade visual corrigida e para 13 índices topográficos gerados pela videoceratografia. Para examinar a relação entre cada índice e a função visual as diferenças intrapaciente para cada índice foram comparadas com as diferenças intrapaciente na acuidade visual corrigida utilizando a correlação de Pearson.

Resultados: A acuidade visual corrigida mostrou alto grau de assimetria entre ambos os olhos com um coeficiente de correlação r=0,006. Com exceção da área analisada, todos os índices topográficos mostraram disparidade entre olhos pareados (r=0,01 a r=0,25). A análise de Pearson mostrou que a diferença intrapaciente no desvio padrão do poder dióptrico, no poder corneal médio, no poder corneal central e no índice preditivo composto do ceratocone apresentou correlação inversa com diferenças intrapaciente na acuidade visual corrigida (r=-0,76, -0,75, -0,69 e �0,73 respectivamente).

Conclusões: Este estudo mostra, de forma quantitativa, a assimetria da doença encontrada nos pacientes no diagnóstico inicial de ceratocone. Além disso, sugere que aumentos nos índices dos diversos aspectos de poder corneal assim como no índice composto de ceratocone são correlacionados com diminuição na acuidade visual corrigida.

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A atividade sérica da Paraoxonase está diminuída durante o estágio ativo da Doença de Behcet
Sarper Karakucuk, G�lden Baskol, Ayse Ozturk Oner, Mevlut Baskol, Ertugrul Mirza e Muzaffer Ustdal

Resumo
Introdução/Objetivos: No presente estudo nós procuramos avaliar a atividade da paraoxonase 1 (PON 1) e os níveis de malondialdeído (MDA), um dos produtos finais da peroxidação lipídica induzida por espécies reativas ao oxigênio em pacientes com doença de Behcet (DB) em estágio ativo.

Métodos: Níveis séricos de MDA e PON 1 foram avaliados através de espectrofotometria em 16 pacientes com DB em atividade e em 15 sujeitos sadios considerados como grupo controle.

Resultados: No grupo de pacientes com DB as médias dos níveis séricos de PON 1 e MDA (com vari�ncia) foram de 149,64 U/L (88,02-281,68) e 1,21 nmol/mL (0,90-3,42), respectivamente. No grupo controle as médias dos níveis séricos de PON 1 e MDA (com vari�ncia) foram de 206,86 U/L (114,43-422,52) e 0,72 nmol/mL (0,50-1,12), respectivamente. Não houve diminuição estatisticamente significante nos níveis séricos de PON 1 (p=0,02) e aumento nos níveis séricos de MDA (p< 0,001) em pacientes com DB ativa quando comparados aos controles.

Conclusões: Lesão endotelial e aumento da atividade de leucócitos polimorfonucleares na DB em fase ativa pode resultar em meio pro-oxidativo o que resulta, por sua vez, em diminuição da atividade antioxidante da PON e aumento da peroxidação lipídica como evidenciado pelos níveis elevados de MDA.

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Incidência associada de glaucoma de pressão normal, perda auditiva neurosensorial progressiva e níveis elevados de anticorpos antifosfatidilserina
Stephan Kremmer, Emil Kreuzfelder, E Bachor, Klaus Jahnke, Michael J Selbach e Said Seidahmadi

Resumo
Introdução: Recentemente níveis elevados de anticorpos antifosfatidilserina (ACAFS), um subgrupo dos anticorpos antifosfolípides (ACAF) foram encontrados em pacientes com glaucoma de pressão normal (GPN). Perda auditiva neurosensorial progressiva (PANP) é associada com doenças autoimunes a a presença de ACAF.

Métodos: Para investigar a associação possível entre GPN e PANP, 34 pacientes (idades 31 a 81 anos) com GPN foram avaliados quanto a presença de dist�rbios audiovestibulares. Além de exames oftalmológicos de rotina (biomicroscopia, PIO, fundoscopia e perimetria), foram realizadas tomografia por scaneamento a laser e polarimetria. Também foram realizados audiogramas, limiares do estapédio e emissões otoac�sticas em todos os pacientes. Realizamos avaliação sorológica dos níveis de IgG e IgM de ACAF e anti-�2-glicoproteína nos pacientes e controles (40 doadores de sangue saudáveis com idade maior do que 50 anos).

Resultados: Vinte e três dos 34 pacientes com GPN apresentaram deficiência auditiva (PANP n=11; presbiacusia n=12). Os pacientes com GPN apresentaram níveis de ACAFS mais altos do que os controles. Concentrações elevadas de ACAFS foram significativamente mais frequentes em pacientes com GPN e perda auditiva quando comparado a pacientes com GPN e normoacusia.

Conclusões: Nossos achados mostram que GPN e perda auditiva apresentam frequencias associadas. Os níveis elevados de ACAFS podem indicar associação com processo sistêmico autoimune semelhante. Desta forma, terapia anticoagulante (i.e. ácido acetil salicílico) deve ser realizada nestes pacientes levando em consideração o sucesso desta terapia em outras doenças com níveis elevados de anticorpos anti-fosfolípides.

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Efeito da Hipertensão na Hemodin�mica da Coróide Foveolar
Rachel M Niknam, Lisa S Schocket, Tatyana Metelitsina, Joan C DuPont e Juan E Grunwald

Resumo
Introdução/Objetivos: Verificar o efeito da hipertensão sistêmica na circulação coroidal em indivíduos com exame ocular normal.

Métodos: Fluxometria por Laser Dopler foi ituilizada para determinar a velocidade sanguínea coroidal relativa (velCo), volume (volCo) e fluxo (fluxCo) no centro da fóvea. As medidas foram obtidas em quinze olhos de quinze sujeitos com hipertesão sistêmica. A média de duração da hipertensão foi 11 � 6 (média�desvio padrão:DP) anos. Os achados obtidos nesses pacientes foram comparados com com quinze olhos de pacientes controle saudáveis de idades semelhantes. Todos os pacientes tinham exames oculares normais.

Resultados: Não foi observada diferença estatisticamente significante na velCo, volCo e fluxCo entre os pacientes hipertensos e normais, apesar de uma pressão de perfusão (PP) 17% maior no grupo hipertenso. Não foi observada correlação significante entre a média da pressão arterial ou PP e os par�metros circulatórios coroidais. Nós tinhamos estimado ter acurácia de 90% para detectar uma diferença de 35% no fluxCo entre os dois grupos.

Conclusão: Hipertensão sistêmica não parece ter grande efeito na circulação coroidal em pacientes hipertensos controlados com anti hipertensivos. Estudos adicionais são necessários para esclarecer se a hipertensão sistêmica tem algum efeito na circulação coroidal em pacientes com doença ocular.

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Reprodutibilidade do Flux�metro Retínico de Heidelberg para determinar baixa perfusão em areas peripapilares da retina
Christian Jonescu-Cuypers, Alon Harris, R. Wilson, Larry Kagemann, Leonidas Mavroudis, Fotis Topouzis e Anne L. Coleman


Resumo

Objetivo: Avaliar a variabilidade entre observadores e a reprodutibilidade do flux�metro confocal por varredura a laser Doppler para medir a perfusão capilar na retina peripapilar.

Método: Medidas do fluxo sanguíneo foram realizadas em um olho de dez sujeitos normais por dois investigadores em dois dias diferentes de atendimento. Cinco medidas separadas dos par�metros de fluxo sanguíneo peripapilar foram registradas por cada um dos observadores em cada visita. O flux�metro retínico de Heindelberg (HRF, Heidelberg GmbH, Dossenheim Germany) foi utilizado para registrar a perfusão capilar em uma área de 2560x640 micr�metros na região peripapilar supero temporal e análise de pixels foi realizada em uma área adjacente ao disco óptico com um mínimo de 1600 pixels. A porcentagem de pixels com menos que 1 unidade arbitrária de fluxo (ausência de fluxo) e 10, 25,50,75 e 90 percentis de valores de fluxo foram calculados. Medidas entre observadores foram comparadas por teste-t pareado. Correlações entre as classes (ICC) foram utilizadas para determinar a variabilidade entre observadores e reprodutibilidade das medidas. Coeficientes entre as sessões de variações(CV) foram também calculados.

Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois observadores para todas as medidas e entre os diferentes dias de consulta para a porcentagem de pixels com ausência de fluxo. ICC foi de 66%(vari�ncia: 57,09% - 77,1%) por pixels com ausência de fluxo. Para os percentis de fluxo 10, 25, 50, 75 e 90 a ICC foi de 63,07% (53,91% - 77,81%), 71,3% (64,23% - 80,85%), 72,61% (66,02% - 78,96%), 65,86% (58,53% - 74,77%) e 60,05% (54,34% -
70,06%), respectivamente. CV foi de16,59%, 11,47%, 9,32%, 9,03%, 11,58%, 16,05% para as porcentagens de ausência de fluxo pixels e para os percentis de fluxo10, 25, 50, 75e 90, respectivamente.

Conclusões: O flux�metro retínico de Heidelberg permite realização de medidas reproduzíveis em todos os níveis de áreas de perfusão capilar quando análise pixel por pixel é utilizada.

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Estudo prospectivo da função visual e qualidade de vida após terapia fotodin�mica em pacientes com degeneração macular relacionada � idade não exsudativa
Ana Maria Armbrecht, Peter A Aspinall e Baljean Dhillon


Resumo

Objetivos: 1) Um estudo prospectivo para avaliar medidas da função visual e qualidade de vida (Qdv) em pacientes com degeneração macular relacionada � idade (DMRI) não exsudativa tratados com terapia fotodin�mica (PDT). 2) Avaliar se PDT previne perda visual grave (perda de 6 linhas ou mais na acuidade visual de longe) no olho tratado.

Métodos: 48 de 51 pacientes recrutados com neovascularização subfoveal de coróide predominantemente clássica (CNV) secundária � DMRI que foram tratados com PDT foram acompanhados por um ano. Acuidade visual de longe e perto, sensibilidade ao contraste, qualidade de vida relacionada � visão e angiofluoresceinografia foram realizados. Terapia fotodin�mica, utilizando Visudyne, foi realizada de acordo com o protocolo padronizado. Os pacientes foram reavaliados a cada 3 meses e o tratamento foi repetido se evidenciado vazamento significante da CNV.

Resultados: Em 12 meses de acompanhamento, 71% (n=34) dos pacientes perderam menos de 3 linhas da melhor acuidade visual corrigida. Contudo houve diminuições significantes em alguns dos quesitos de Qdv testados. Os pacientes estavam significantemente menos anciosos e mais independentes em ambientes não domésticos em 12 meses de acompanhamento.

Conclusão: Esse estudo confirma a literatura publicada sobre prevenção de perda visual grave em dois terços dos pacientes com CNV predominantemente clássica tratados com PDT.

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  Clinical science - extended reports

Perímetro de Tecnologia de Dupla Frequência em Neurapatia óptica Isquêmica Não Arterítica com Defeitos Altitudinais
Christopher A. Girkin, Gerald McGwin e Julio DeLeon-Ortega

Resumo
Objetivo: Determinar se a tecnologia de dupla frequência (FDT) é mais sensível que a perimetria automatizada padrão (SAP) � lesão do nervo óptico em neuropatia óptica isquêmica não arterítica (NOINA) .

Métodos: Prontuários de 18 pacientes (20 olhos) com NOINA, apresentando defeitos altitudinais, submetidos � exame neurooftalmológico completo, SAP e FDT foram revisados. As quantificações da lesão determinada por SAP, FDT e estimação clínica da extensão da palidez do disco óptico foram comparadas. Dez sujeitos (20 olhos) com exame ocular normal e discos ópticos sem alterações foram incluídos como grupo controle.

Resultados: FDT demonstrou mais defeitos extensivos no campo visual do hemicampo relativamente intacto pelo SAP (proporção de localizações em 5% ou piores na amostra do desvio total foi 8,7 � 6,2 % para SAP e 38,3 �
39,5 % para FDT p<0,0027). Dezesseis de 20 olhos com NOINA altitudinal demonstraram palidez difusa do disco óptico. Onze desses olhos com palidez difusa demonstraram defeitos significantes em ambos os hemicampos utilizando FDT, enquanto apenas 2 olhos demonstraram dano difuso utilizando SAP. Correspondência entre a extensão da palidez do disco óptico e a extensão do escotoma visual foi maior para FDT (85%) do que para SAP (40%).

Conclusão: O FDT parece mais sensível do que o SAP � lesão axonal refletida através de palidez do disco óptico em NOINA altitudinal e alguns pacientes revelam disfunção visual no hemicampo que aparecia relativamente normal quando avaliado pelo SAP.

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Transplante de células epiteliais autólogas cultivadas da mucosa oral em pacientes com doenças graves da superfície ocular
Takahiro Nakamura, Tsutomu Inatomi, Chie Sotozono, Takashi Amemiya, Narisato Kanamura e Shigeru Kinoshita

Resumo
Introdução: Determinar os resultados do transplante de células epiteliais cultivadas da mucosa oral autóloga em pacientes com doença grave da superfície ocular.

Métodos: Olhos (n=6) de 4 pacientes com síndrome de Stevens-Johnson (3 olhos) ou queimaduras químicas (3 olhos) foram estudados. Células autólogas da mucosa oral cultivadas por 2 a 3 semanas em membrana amniótica (MA) desepitelizada na presença de fibroblastos 3T3 foram flutuados por ar e o tecido resultante foi transplantado no olho danificado. A incorporação do tecido pela superfície corneal foi confirmada 48 horas após a cirurgia. O sucesso da reconstrução da superfície ocular, sobrevida do enxerto, alterações na acuidade visual e complicações pós-operatórias foram avaliadas e a qualidade do tecido epitelial cultivado foi avaliado por histologia.

Resultados: Quarenta e oito horas após o transplante a superfície completa da córnea de todos os 6 olhos estava livre de defeitos epitelliais indicando a sobrevida completa do epitélio transplantado. A acuidade visual melhorou em todos os olhos. Durante o seguimento (13,8+ 2,9 meses) a superfície da córnea permaneceu estável, embora todos os olhos tenham manifestada neovascularização periférica leve.

Conclusões: Células autólogas do epitélio da mucosa oral crescidos em MA desepitelizada podem ser transplantadas para o tratamento de doenças graves da superfície ocular

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Epidemiologia e análise molecular da ceratite por Herpes Simples com evolução para ceratoplastia penetrante
Bruno Castelo Branco, Paul A. Gaudio eTodd P. Margolis

Resumo
Introdução/Objetivo: Determinar se a ceratite por Herpes Simples (CHS) diminuiu como indicação para ceratoplastia penetrante (CP) na Universidade de San Francisco (UCSF) ao longo dos �ltimos 30 anos.

Métodos: Prontuários da Hogan Eye Pathology foram revistos para determinar a incidência de CP realizada para CHS de 1972 a 2001. Tecidos corneais arquivados com diagnóstico de CHS foram avaliados para o DNA do vírus Herpes Simples (VHS) por meio de reação em cadeia de polimerase (PCR).

Resultados: O n�mero de botões corneais clinicamente diagnosticados com CHS diminuíram de 1972 a 2001 enquanto o n�mero total de CP não diminuiu. A porcentagem de botões com diagnóstico clínico de CHS que continha DNA VHS não alterou ao longo do período estudado.

Conclusão: CHS como indicação para CP diminuiu de 1972 a 2001 na UCSF. é improvável que este declínio foi devido a melhor precisão diagnóstica já que a detecção de DNA VHS em botões corneais com diagnóstico clínico de CHS foi semelhante no início e no final do período estudado.

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Ceratectomia lamelar superficial automatizada por excimer laser no manejo de opacidades corneais superficiais graves
Jorge Alio, Jaime Javaloy, Jesus Merayo e Ahmed Galal

Resumo
Objetivo: Avaliar ceratectomia lamelar superficial por excimer laser regularizada com hialorunato de sódio 0,25% como alternativa no manejo de opacidades corneais superficiais.

Métodos: Procedimentos consecutivos realizados em 14 olhos (13 pacientes) com microcerátomo automatizado e ceratectomia fototerapêutica (PTK) por excimer laser com regularização de superfície utilizando hialorunato de sódio a 0,25%. Medidas: acuidade visual sem correção (AVSC), acuidade visual corrigida (AVC), paquimetria, grau de opacidade, análise por ray-tracing e complicações. Seguimento médio foi de 12 + 1,6 meses.

Resultados: Opacidade média pré-operatória devido a cirurgias refrativas prévias foi de 3,5+ 0,5 (11 de 14 casos). Em 1/14 casos a opacidade foi devida a traumatismo ocular e 2/14 devida a ceratite infecciosa. A AVSC foi de 0,7 logMAR (0,2+ 0,13). A AVC foi de 0,4 logMAR (0,4+ 0,17). A paquimetria média pré-operatória foi de 508+ 62,5�m e a média de profundidade da opacidade medida por microscopia confocal foi de 115,2 + 29,4�m. No sexto mês de pós-operatório, 71,4% dos olhos com cirurgia refrativa prévia mostraram opacidade grau I ou menor. A paquimetria média pós-operatória aos 6 meses foi de 352,36 + 49.05�m.

Conclusões: A ceratectomia superficial lamelar combinada com PTK e regularização auxiliada por hialorunato de sódio 0,25% induz melhora significativa da transparência corneal e acuidade visual em casos de opacidade de córnea induzida por cirurgia refrativa prévia, traumatismo ocular e ceratite.

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Eficácia e segurança a curto prazo da troca de mono terapia e terapia adjunta por mistura de latanoprost 0.005%/maleato de timolol 0.5% em pacientes glaucomatosos
Thomas L. Hamacher, MD, Matthias Schinzel, MD, Angelika Sch�lzel-Klatt, MD, PhD, Hans-Martin Neff, MD, Hubert Maier, MD, Georg Schlaffer, MD, Eva Beausencourt, MD, Matthias J�tte, MD, R�diger Scholz, MD, Christian Lorger, MD e William C. Stewart, MD

Resumo
Objetivos: Avaliar a eficácia e securança da mudança no tratamento de pacientes com hipertensão ocular ou glaucoma de �ngulo aberto para mistura de latanoprost/timolol (MLT).

Métodos: Estudo prospectivo, multi-cêntrico, com controle evolutivo de pacientes selecionados para substituição da terapia utilizada na ocasião por MLT, acompanhados por pelo menos dois meses.

Resultados: De 1676 pacientes, 93% continuaram a terapia com MLT após o período de observação. Em todos os pacientes MLT reduziu a pressão intra ocular (PIO) de 20,6 � 3,8 para 17,7 � 3,0 mm Hg (P < 0,001) comparada � monoterapia utilizada anteriormentre, incluindo latanoprost, timolol, alfa-agonistas ou inibidores da anidrase carb�nica (IAC). MLT mostrou mais eficácia quando utilizado em substituição a terapias combinadas como: alfaβ-bloqueadores associados � IAC, alfa-agonistas ou pilocarpina ou IAC associandos a um alafa-agonista ou latanoprost adicionado � IAC, alfa-agonista ou β-bloqueador (combinações não fixadas) e travoprost adicionado � timolol (p<0,007). MLT foi tão eficiente quanto latanoprost utilizado com mistura fixa de dorzolamina/timolol L (-0,9 mm Hg, P = 0,1792). A razão mais comum para descontinuação do tratamento foram ineficácia (n = 70, 4%) e efeitos adversos (n = 17, 1%).

Conclusão: Em uso clínico, pacientes que têm suas terapias (�nica ou associações) substituídas por MLT devem apresentar redução da P�O, boa tolerabilidade e adesão � terapia nos primeiros três meses de tratamento.

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Análise tridimencional da l�mina cribrosa em Glaucoma
Justin Morgan-Davies, Nick Taylor, Adrian R Hill, Peter Aspinall, Colm J O'Brien e Augusto Azuara-Blanco

Resumo

Objetivo: Mudanças estruturais na l�mina cribrosa têm sido correlacionadas com a patogênese da atrofia óptica glaucomatosa. O objetivo desse estudo foi determinar a medida da variabilidade da superfície do disco óptico em sujeitos normais e em pacientes glaucomatosos.

Métodos: Amostras, com idades semelhantes, de sujeitos normais (NN), pacientes com glaucoma de pressão normal (GPN) e pacientes com glaucoma primário de �ngulo aberto (GPAA) foram incluídos nesse estudo. Os grupos de pacientes glaucomatosos foram organizados de acordo com a gravidade da perda de campo visual. Imagems topográficas de 10 graus dos olhos normais e glaucomatosos foram importadas no software processador de imagen ERDAS, possibilitando a análise topográfica da superfície do disco óptico. Cada imagem foi processa utilizando-se filtros espaciais personalizados que calcularam a variação da profundidade da superfície em áreas localizadas ao longo de cada imagem. A alteração focal na profundidade ao longo da superfície do disco foi determinada e comparada entre os três grupos clínicos.

Resultados: A variação da profundidade da superfície do disco foi maior no grupo de olhos normais seguido por GPN e GPAA. Diferenças estatisticamente significantes na variação da profundidade da superfície do disco óptico existiram entre NN e GPN (p=0,005), entre NN e GPAA (p<0,0001) e entre os grupos GPM e GPAA (p<0,001). A vari�ncia e a assimetria nas distribuições da diferença na profundidade ao longo da superfície do disco óptico também foram significantemente diferentes ente os três grupos clínicos.

Conclusão: Um novo par�metro discrimina a variação de profundidade na superfície do disco óptico entre grupos de pacientes normais e glaucomatosos. Esse novo par�metro pode contribuir com um melhor entendimento da patogênese do dano glaucomatoso no nervo óptico em diferentes tipos de glaucoma.

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Determinantes da satisfação do paciente com a cirurgia de catarata e com o tempo na lista de espera
Barbara Conner-Spady, Suren Sanmugasunderam, Paul Courtright, John J McGurran e Tom W Noseworthy

Resumo
Objetivos: Avaliar determinantes da satisfação do paciente com o tempo de espera (TE) e o resultado da cirurgia de catarata.

Métodos: Uma coorte prospectiva de pacientes consecutivos na lista de espera para cirurgia de catarata foram avaliados pelos seus oftalmologistas. Satisfação, tempo máximo na lista de espera (TMLE), urgência, função visual, acuidade visual (AV) e qualidade de vida relacionados � sa�de foram avaliados utilizando questionários enviados pelo correio antes da cirurgia e 8 a 10 semanas após a cirurgia. Regressão logística ordinal foi utlizada para construir modelos explicativos.

Resultados: 166 pacientes (61,9% do sexo feminino, idade média 73,4 anos) apresentaram TE médio de 16 semanas. Pacientes com TE menor do que o TMLE apresentaram maior probabilidade de satisfação com seu TE do que aqueles com TE maior (odds ratio (OR) ajustado de 3,86 IC 95% 1,38 a 10,74). Melhora na função visual (OR 3,19, 95% IC 1,78 a 5,73) e acuidade visual (OR 4,27, 95% IC 1,70 � 10,68) preveram de forma significativa a satisfação com a cirurgia. Modelos foram ajustados de acordo com idade e sexo.

Conclusões: As perspectivas dos pacientes em relação ao TMLE e satisfação com TE são dados importantes no processo de determinação dos padrões do TE nos níveis de prioridade para o paciente. A expectativa do paciente em relação ao TE pode mediar a satisfação com o próprio TE. Utilizar resultados m�ltiplos para a cirurgia de catarata é importante para obter benefícios diferentes do resultado cir�rgico e aspectos da qualidade de vida relacionada � sa�de.

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Determinantes da ansiedade relacionada � cirurgia em pacientes com catarata
Marjan D Nijkamp, Chantal A Kenens, Anton JM Dijker, Robert AC Ruiter, Frans Hiddema e Rudy MMA Nuijts

Resumo
Introdução: A import�ncia relativa dos diferentes determinantes da ansiedade em relação � cirurgia em pacientes com catarata não é muito conhecida. Este estudo analisou o valor preditivo de fatores relacionados � ansiedade induzida pela cirurgia.

Métodos: Cento e vinte e oito pacientes recrutados de dois hospitais (Medical Centre Maastricht Annadal=MCMA, and Rotterdam Eye Hospital=REH) realizaram a avaliação do estado de ansiedade em quatro momentos diferentes utlizando o Teste do Estado e Presença de Ansiedade (TEPA). Os seguintes fatores preditivos de ansiedade foram medidos: presença de ansiedade, expectativa, informações, variáveis sociodemográficas e cirurgia prévia de catarata. Medições repetidas de ANOVA, testes-t, análise de regressão m�ltipla e correlações foram utilizadas para analisar os dados.

Resultados: De maneira geral os pacientes apresentaram pouca ansiedade. O nível de ansiedade (escala 1 a 4) foi maior antes da cirurgia, diminuiu imediatamente após a cirurgia e aumentou novamente na visita pós-operatória. Pacientes com níveis mais altos de ansiedade (r=0,41; p<0,01) e mulheres (r=0,30; p<0,01) relataram maior ansiedade. Os pacientes REF apresentaram menor resultado nos testes de ansiedade comparados aos pacientes do MCMA.

Conclusão: Mulheres e pacientes com presença maior de ansiedade apresentaram maior probabilidade de demonstrar níveis mais altos do estado de ansiedade. Expectativas positivas e suporte social podem diminuir a ansiedade.

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Terapia Fotodin�mica com Verteporfirina para Neovascularização Subfoveal de Coróide Secundária � Miopia em Olhos Chineses-Uma Série Prospectiva de Um e Dois Anos de Acompanhamento
Dennis S.C. Lam, Wai-Man Chan, David T.L. Liu, Dorothy S.P. Fan, Wico W Lai e Kelvin K.L. Chong

Resumo
Objetivos:
Avaliar a evolução visual e angiofluoresceinográfica de terapia fotodin�mica (PDT) com Verteprofirina em pacientes com neovascularização subfoveal de coróide (CNV) secundária � miopia patológica na população Chinesa.

Métodos: Estudo prospectivo, não comparativo, intervencional em dois centros. Pacientes de etnia Chinesa com CNV secundária � miopia patológica foram recrutados e tratados seguindo protocolo padrão de PDT com Verteporfirina. Os resultados deste estudo em olhos Chineses, com epitélio pigmentado rico em pigmento, foram comparados com os do Estudo da Verteporfirina na Terapia Fotodin�mica (Verteporfirn in Photodynamic Therapy (VIP) Study) realizado predominantemente em olhos Caucasianos.

Resultados: Trinta e um e 22 olhos que tinham completado o estudo do acompanhamento de 12 e 24 meses, respectivamente, foram analisados. A média e mediana da melhor acuidade visual corrigida (MAVC) pode ser mantida nos níveis da linha de base nas consultas de 12 e 24 meses.Quatorze (63,6%) olhos estabilizaram ou melhoraram a MAVC aos 24 meses e seis (27,3%) tiveram um ganho moderado na visão (melhoraram em três ou mais linhas). Os resultados visuais foram comparáveis com aqueles do estudo VIP, mas a média de retratamentos exigidos em um e dois anos foram 1,7 e 2,3, respectivamente, o que foi significantemente menor que 3,4 e 5,1 tratamentos no estudo VIP. A média de MAVC logMAR do grupo mais jovem (< 55 anos) aos 24 meses foi 0,41 �ó 0,29, o que foi significantemente melhor do que no grupo mais idoso (>/= 55 anos) de 0,82 �ó 0,40 (Mann-Whitney U test, p = 0,029).

Conclusões: O PDT, utilizado segundo protocolo padronizado de tratamento, produziu resultados visuais similares em Chineses e Caucasianos com CNV subfoveal secundária � miopia em um período de estudo de 2 anos. A completa parada de vazamento da CNV pode ser atingida, em média, com menos retratamentos do que reportado no estudo VIP. A disparidade pode ser devida a diferenças étnicas entre essas duas populações.

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Estudo prospectivo do efeito de um buraco macular unilateral na função sensorial e binocular e da recuperação após cirurgia bem sucedida
Kamiar Mireskandari, Louise Garnham, Richard Sheard, Eric Ezra, Zdenek J Gregor e John J Sloper

Resumo
Objetivos: Examinar o efeito de buraco macular de espessura total unilateral na função binocular e sensorial e estudar a recuperação após fechamento cir�rgico bem sucedido.

Métodos: 28 pacientes consecutivos a ser submetidos � cirurgia para buraco macular unilateral passaram por exame ortóptico incluindo medidas de Titmus, stereo acuidade TNO e escala de fusão antes da cirurgia. 23 pacientes tiveram fechamento anat�mico do buraco. 15 desses pacientes, em que a acuidade visual melhorou após cirurgia e que estavam disponíveis para testes foram novamente submetidos aos exames ortópticos entre 2 e 7 meses após a cirurgia.

Resultados: Em todos os pacientes stereo acuidade estava reduzida antes da cirurgia, mas poucos pacientes estavam subjetivamente cientes do déficit de percepção de profundidade afetando sua vida contidiana. Stereo acuidade, medida através de Titmus, melhorou significantemente após cirurgia, mas não quando medida com teste TNO. Dois pacientes se mostraram concientes de uma melhora subjetiva na percepção de profundidade. Fusão motora foi marcadamente reduzida comparada ao normal antes da cirurgia com recuperação limitada após cirurgia.

Conclusão: Buraco macular unilateral reduz importantemente tanto a stereo acuidade quanto a fusão motora. Fechamento do buraco melhorou o déficit na stereo acuidade associada com a doença quando medido por teste esteroscópico utilizando estímulo contornado. A maioria dos pacientes não perceberam déficit subjetivo na stereo acuidade ou sua melhora após a cirurgia.

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Síndrome de Charles Bonnet (Formação de Alucinações Visuais) entre Pacientes Asiáticos em um Centro Oftalmológico Terciário
Colin SH Tan, Vivien SY Lim, Desmond Ho, Eugene Yeo, Beng-Yeong Ng e Kah-Guan Au Eong

Resumo
Objetivos: Descrever a epidemiologia da síndrome de Charles Bonnet (SCB) entre pacientes de um centro oftlamológico terciário Asiático e descrever as características das alucinações constatadas.

Métodos: Mil e setenta e sete pacientes consecutivos com idades iguais ou maiores que 50 anos foram questionados sobre experiência com formação de alucinações visuais, através de questões padronizadas . Todos os pacientes que apresentaram esse sintoma foram entrevistados mais detalhadamente através de questionário padronizado para avaliação de critérios diagnósticos estabelecidos para SCB.

Resultados: Quatrocentos e noventa e um pacientes foram do sexo masculino (45.6%) e 586, feminino (54.4%). A melhor acuidade visual corrigida variou de 20/20 � percepção luminosa no melhor olho e de 20/20 � ausência de percepção luminosa no pior olho. Quatro pacientes (0.4%) foram diagnosticados como SCB. Dois homens e duas mulheres. Dois eram Chineses e dois, Indianos. A media de idade dos pacientes com SCB foi 76,3 anos (vari�ncia, 65 � 90 anos). Dois pacientes tinham catarata um, glaucoma e um, catarata e glaucoma. Houve grande variação de alucinações visuais descritas. Três de quatro pacietes tiveram reações negativas �s alucinações. Apenas um paciente tinha discutido seus sintomas com um médico.

Conclusõess: Esta é a primeira descrição da epidemiologia de SCB em pacientes Asiáticos. A prevalência de SCB (0,4%) é discretamente menor do que em estudos comparáveis na população não Asiática. A natureza das alucinações apresentadas foi similar as previamente descritas.

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Cegueira, visão subnormal e outras deficiências como fator de risco no paciente institucionalizado
Antoine Brézin, Antoine Lafuma, Francis Fagnani, Mounir Mesbah e Gilles Berdeaux


Resumo

Objetivos: Estimar o risco da vida institucional para os deficientes visuais.

Métodos: Dois estudos nacionais foram unidos: (1) 2075 instituições (para crianças e adultos com deficiências, idosos e centros psiquiátricos) foram selecionados aleatoriamente em 19 níveis pré-definidos a partir dos arquivos do Ministério da Sa�de Francês. A partir destas instituições, 15043 pacientes foram selecionados de forma aleatória e sua deficiência foi documentada em amostra estratificada aleatória de 356308 cidadãos residentes da comunidade; desta amostra, 21760 indivíduos foram selecionados aleatoriamente e 16945 pessoas foram entrevistadas. Dados dobre as deficiências (visuais, auditivas, de fala, cerebrais, viscerais, motores e outros) e atividades diárias foram recolhidos. O odds-ratio (OR) da vida em uma instituição foi estimada utiizando regressão logística da idade, área geográfica, com deficiências e atividades diárias como co-variáveis.

Resultados: Indivíduos institucionalizados, comparados com aqueles que moram em lares, eram com mais frequência do sexo feminino (64,3% vs 52,4%), mais velhos (68,7 vs 38 anos); apresentaram deficiências com maior frequência (ORs:fala 6,59; cerebral 10,17; motor 8,86; visceral 3,49; auditiva 2,66; outros 1,53) e apresentaram menor capacidade de manutenção da atividade diária (46,2% vs 97,1%) sem auxílio. Abaixo dos 80 anos os indivíduos cegos apresentaram maior frequência de institucionalização (ORs de 0,239 a 0,306); enquanto nas pessoas mais idosas a associação era inversa (OR:3,277). Visão subnormal foi sempre significativamente associada com institucionalização (ORs de 0,262 a 0,752).

Conclusão: Deficiência visual foi associada com residência institucional. A relação continuou mesmo após ajuste aos fatores de viés.

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  Laboratory science - extended reports

Prevenção da rejeição de aloenxerto de córnea em modelo experimental de receptores de alto risco com camundongos
Andrea Vitova, Martin Filipec, Alena Zajicova, Magdalena Krulova e Vladimir Holan

Resumo
Objetivo: Determinar a eficácia do tratamento com drogas imunossupressoras e anticorpos monoclonais (mAC) após ceratoplastia penetrante em dois modelos diferentes de receptores de alto risco com camundongos.

Métodos: Córneas foram transplantadas em modelos de receptores de alto risco com camundongos com neovascularização do leito ou pré-sensibilização a antígenos do enxerto doador. Receptores foram tratados ora com mAC contra células T, CD4+ e CD8+, ou com ciclosporina A (CsA), ou micofenolato mofetil (MMF) ou combinação de ambas as drogas.

Resultados: Receptores do grupo controle sem tratamento com leito neovascularizado ou pré-sensibilizados aos antígenos do doador rejeitaram os aloenxertos corneais em 12,5+2,3 e 9,9+ 1,6 dias, respectivamente. Tratamentos dos receptores com leito neovascularizado com mAC antiCD4 ou anti-T mas não com mAC anti CD8 ou com drogas imunossupressoras resultou em prolongamento significativo da sobrevida do enxerto. 75% e 28,5%, respectivamente, dos enxertos sobreviveram por mais de 45 dias após o transplante. No entanto, nenhum dos tratamentos foi bem sucedido em receptores pré-sensibilizados.

Conclusões: Tratamento de receptores de alto risco com mAC anti-CD4 é mais eficaz na prevenção da rejeição do aloenxerto corneal do que o tratamento com mAC anti-CD8 ou drogas imunossupressoras MMF e CsA. No entanto, a eficácia do tratamento depende no tipo de risco pré-transplante.

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Papel da Interleucina-1 na patogênese da retinopatia diabética
Renu A. Kowluru e Sarah Odenbach

Resumo
Objetivo: Investigar o papel da citocina interleucina-1&[beta] (IL-1) na morte celular do capilar retínico em diabetes.

Métodos: O efeito da glicose na expressão da IL-1 foi medido nas células endoteliais da retina bovina. O papel da IL-1 na perda acelerada das células endoteliais foi determinado através de investigação do efeito do recombinante humano IL-1&[beta] na apoptose das células endoteliais em condições normais e em altos níveis de glicose, confirmando-se através do uso de antagonista do receptor de interleucina-1 (IL-1ra)

Resultados: Altos níveis de glucose aumentaram a expressão de IL-1 em 60% comparada a células incubadas em 5mM de glicose (p<0,05). Células incubadas com IL-1 aumentaram os níveis de NO aproximadamente em 80% e ativou NF-kB em 40%. Nas mesmas células apoptose foi aumentada em 70% e atividade de caspase-3 foi incremetada em 40%. Suplementação de IL-1 em meio com 20mM de glicose também aumentou o NO e NF-kB , acelerou apoptose e adição de IL-1ra significantemente diminuiu anormalidades induzidas pela glicose e apoptose.

Conclusões: IL-1 acelera apoptose das células dos capilares retínicos via ativação de NF-kB e esse processo é exacerbado por altas concentrações de glicose. Esses estudos sugerem um possível papel da IL-1&[beta] no desenvolvimento de retinopatia em diabetes e oferece um possivel raciocínio para testar antagonistas do receptor IL-1 na inibição do desenvolvimento de retinopatia diabética.

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