Clinical science - scientific reports
Interferon como tratamento para uveíte associado a esclerose múltipla
Matthias D Becker, Arnd Heiligenhaus, Tobias Hudde, Brigitte Storch-Hagenlocher, Brigitte Wildemann, Talin Barisani-Asenbauer,
Claus Thimm, Nicole Stübiger, Meike Trieschmann e Christoph Fiehn Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Novas mutações na Rodopsina e correlações genótipo-fenotípicas em pacientes com retinite pigmentosa autossômica dominante
Andreas Schuster, Nicole Weisschuh, Herbert Jaegle, Dorothea Besch, Andreas Janecke, Hannelore Zierler, Sabine Tippmann, Eberhart
Zrenner e Bernd Wissinger Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Imagens de PET/CT: Detecção de melanoma intraocular
Shantan Reddy, Madhavi Kurli, Lawrence B Tena e Paul T Finger Portuguese Abstract English Abstract English Full text
CT / PET de corpo inteiro para estadiamento inicial de melanoma de coróide
Paul T Finger, Madhavi Kurli, Shantan Reddy, Lawrence B Tena e Anna C Pavlick Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Infecção infantil e diabetes insipidus em crianças com hipoplasia do nervo óptico
Sean P Donahue, Adrian Lavina e Jennifer L Najjar Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Função visual e social no nistagmo
Rachel F Pilling, John R Thompson e Irene Gottlob Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Clinical science - extended reports
Um estudo controlado de distribuição aleatória de azitromicina após cirurgia de triquíase tracomatosa na Gâmbia
Matthew J Burton, Farbakary Kinteh, Ousman Jallow, Ansumana Sillah, Momodou Bah, Marcel Faye, Esther A Aryee, Usman N Ikumapayi,
Neal D Alexander, Richard A Adegbola, Hannah Faal, David C Mabey, Allen Foster, Gordon J Johnson e Robin L Bailey Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Potencial da lente intraocular acomodativa 1 CU
Gangolf Sauder, Robert F Degenring, Bernd Kamppeter e Philipp Hugger Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Efeito da dorzolamida e timolol no fluxo sangüíneo de pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e hipertensão ocular
Gabriele Fuchsjaeger-Mayrl, Beate Wally, Georg Rainer, Wolf Buehl, Tina Aggermann, Julia Kolodjaschna, Guenther Weigert, Elzbieta
Polska, Hans-Georg Eichler, Clemens Vass e Leopold Schmetterer Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Relação entre pico de PIO no teste de ingestão de água e a progressão da perda de campo visual Glaucoma
Remo Susanna Jr, Roberto Murad Vessani, Lisandro Sakata, Leandro Cabral Zacarias e Marcelo Hatanaka Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Influência da mudança na posição do corpo no fluxo sangüíneo coroidal em indivíduos normais
Phil Kaeser, Selim Orgul, Claudia Zawinka, Graziella Reinhard e Josef Flammer Portuguese Abstract English Abstract English Full text
18 anos de experiência com braquiterapia com taxas de alta dose de Strontium-90 de melanoma uveal de pequeno a médio tamanho
Rita Van Ginderdeuren, Erik Van Limbergen e Werner Spileers Portuguese Abstract English Abstract English Full text
O espectro da aquiasmia: decussação quiasmatica congenitamente reduzida
David A Sami, David SI Taylor, Dawn Saunders, Dorothy A Thompson, Isabelle M Russell-Eggitt, Ken K Nischal, Glenn Jeffery,
Mehul Dattani, Richard A Clemente e Alki C Liasis Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Estudo clínico de distribuição aleatória da eficiência de óculos de leitura com prisma de base nasal vs. óculos placebo para
leitura para insuficiênica de confergência sintomática em crianças
Mitchell Scheiman, Susan Cotter, Michael W Rouse, G. Lynn Mitchell, Marjean Kulp, Jeffrey Cooper, Eric Borsting e o Grupo
de Estudo CITT Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Performance de leitura monocular e binocular em crianças com ambliopia microestrabísmica
Eva Stifter, Georg Burggasser, Elisabeth Hirmann, Arnulf Thaler e Wolfgang Radner Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Disfunção ocular motora e ptose na miastenia gravis ocular: Efeitos do tratamento
Mark J. Kupersmith, MD e Gui-shuang Ying Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Exenteração de órbita: experiência de 13 anos em Manchester
Imran Rahman, Anne E Cook e Brian Leatherbarrow Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Sintomas visuais isolados no início da doença esporádica de Creutzfeldt-Jakob: o fenótipo clínico da "variante Heidenhain"
Sarah Anne Cooper, Katy L Murray, Craig a Heath, Robert g Will e Richard S Knight Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Laboratory science - scientific reports
Isolamento, cultura e caracterização das células endoteliais da microvasculatura coroidal interna macular humana
Andrew C Browning, Trevor Gray e Winfried M Amoaku Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Estudo experimental do efeito do procedimento de cerclagem na emulsificação do óleo de silicone
Don Julian De Silva, Sheng Lim e W E Schulenburg Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Laboratory science - extended reports
Contribuição para a compreensão da formação da imagem na microscopia confocal no módulo de Rostock
Ralf Bochert, Andre Zhivov, Robert Kraak, Joachim Stave e Rudolf F Guthoff Portuguese Abstract English Abstract English Full text
Hidroxiapatita promove maior aderência e proliferação de ceratócitos em comparação com materiais atuais de revestimento de
ceratopróteses
Jodhbir S Mehta, Clare E Futter, S R Sandeman, Richard GAF Faragher, KA Hing, K E Tanner e Bruce DS Allan Portuguese Abstract English Abstract English Full text
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Clinical science - scientific reports
Interferon como tratamento para uveíte associado a esclerose múltipla
Matthias D Becker, Arnd Heiligenhaus, Tobias Hudde, Brigitte Storch-Hagenlocher, Brigitte Wildemann, Talin Barisani-Asenbauer,
Claus Thimm, Nicole Stübiger, Meike Trieschmann e Christoph Fiehn
Resumo Introdução: Alem da neurite óptica (NO), a esclerose múltipla (EM) pode acometer o olho com uveíte tipicamente bilateral. O objetivo
deste estudo piloto foi avaliar a eficácia dos interferons tipo-I para o tratamento de uveíte associada a EM. Pacientes eMétodos: Nesta série de casos observacionais retrospectivos 13 pacientes (8 mulheres e 5 homens) com diagnóstico de EM e uveíte associada
de 5 centros de uveíte que foram tratados com interferon foram incluídos. Acuidade visual (VA), contagem celular no humor
aquoso e vítreo, assim como a presença de edema macular cistoide (EMC) foram observados.. Resultados: Todos os pacientes com a exceção de um apresentaram forma bilateral de uveíte intermediária (total de 24 olhos). Sete pacientes
apresentaram EMC documentado antes do tratamento com IFN (n=13 olhos). A duração mediana do tratamento foi de 24,6 meses (7,9
a 78,7 meses). AV melhorou em 17 olhos (comparando a AV antes da terapia e na última consulta); enquanto 10 olhos (36%) melhoraram
3 linhas de Snellen. A contagem celular do humor aquoso melhorou em 1,2 +- 1,1 graus em todos os olhos. A contagem celular
vítrea melhorou por 1,7+-1,4 graus em todos os olhos. Apenas 2 pacientes apresentavam EMC mínimo angiográfico na última consulta.
O EMC melhorou após o tratamento com IFN em n=9 olhos. Conclusões: Interferon (IFN) apresentou efeitos benéficos em pacientes com EM e/ou NO. Como mostrado em modelos experimentais de encefalomielite
alérgica e uveíte, as manifestações neurológicas e oftalmológicas aparentemente têm os mesmos mecanismos patogênicos. Tratamento
de uveíte associada a EM com interferon aparentemente apresenta efeitos benéficos na AV, atividade da inflamação intraocular
e presença de EMC.
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Novas mutações na Rodopsina e correlações genótipo-fenotípicas em pacientes com retinite pigmentosa autossômica dominante
Andreas Schuster, Nicole Weisschuh, Herbert Jaegle, Dorothea Besch, Andreas Janecke, Hannelore Zierler, Sabine Tippmann, Eberhart
Zrenner e Bernd Wissinger
Resumo Objetivo: Identificação de nova ou rara mutação no gene da rodopsina em pacientes com retinite pigmentosa autossômica dominante e descrição
clínica de seus fenótipos. Métodos:Varredura completa para mutações do gene da rodopsina, através do seqüenciamento de DNA, foi realizada em pacientes indexados.
Ensaios para mutações específicas foram utilizados para varredura e análise de segregação para controles. 8 pacientes de 5
famílias e seus parentes foram diagnosticados com retinitis pigmentosa autossômica dominante (adRP) através da evolução clínica.
Resultados: Varredura de mutações identificou cinco mutações diferentes na rodopsina, incluindo três novas mutações: Ser176Phe, Arg314fs16
e Val20Gly e duas mutações sem sentido Pro215Leu e Thr289Pro, que foram descritas apenas uma vez em um relato. Testes eletrofisiológicos
e psicofísicos mostraram evidência de uma deficiência no sistema de cones com sistema de bastonetes adicionalmente afetado
em indivíduos de cada grupo de genótipo. A função visual tendeu a ser menos afetada em indivíduos com as mutações Arg314fs16
e Val20Gly do que no fenótipo Ser176Phe. Em contraste, mutações Pro215Leu e Thr289Pro causaram um genótipo marcantemente grave.
Conclusão: Os achados oftalmológicos suportam a correlação entre expressão da doença e alteração estrutural: (1) mutação da Val20Gly
extracelular/intradiscal e Arg314fs16 citoplasmática: fenótipo leve de adRP (2) mutação da Ser176Phe: doença com “maiores
características tipo 1”. (3) alteração predita dos domínios transmembrana TM V e TM VII
insusídos por Pro215Leu e Thr289Pro: fenótipo grave. Contudo, a variação da expressão nos genótipos idênticos deve ainda ser
uma característica tipica das mutações do RHO.
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Imagens de PET/CT: Detecção de melanoma intraocular
Shantan Reddy, Madhavi Kurli, Lawrence B Tena e Paul T Finger
Resumo Objetivo: Determinar o tamanho de melanomas coroidais não tratados identificados através de tomografia com emissão corpórea de positrons
conjunta com tomografia computadorizada radiográfica (PET/CT). Métodos: Cinqüenta pacientes consecutivos com melanoma coroidal não tratado foram submetidos à PET/CT corpórea. Uma fusão functional
de varreduras de CT helicoidal e 18-Fluoro-2-desoxiglicose (FDG) PET foi utilizada. Os tumores foram identificados (tanto
quantitativamente quanto qualitativamente) e comparados a medidas clínicas obtidas por imagens oftalmoscópicas, agiográficas
e ultrassonográficas. Valores padronizados obtidos (SUV) de mais de 2,5 foram considerados positivos. Resultados: Entre os cinqüenta pacientes com melanoma de coróide, varreduras PET/CT com SUV maior que 2,5 foram vistas em 14 (28%) tumores.
Nenhum tumor classe AJCC T1, 33,3% de T2 e 85,7% de T3 foram fisiologicamente identificáveis na PET/CT. Considerando a classificação
do grupo COMS, nenhum tumor coroidal pequeno, 30,8% de melanomas médios e 75% de grandes foram fisiologicamente identificáveis.
O anel único de melanoma foi identificável nas imagens PET/CT. O menor tumor fisiologicamente identificável por PET/CT teve
dimensões basais de 3 x 5,9 e profundidade apical de 2,9 mm. Conclusão: PET/CT foi capaz de identificar fisiologicamente alguns melanomas coroidais médios (T2) e a maioria dos grandes (T3), imagens
fisiológica não foram completamente dependentes do tamanho do tumor. Fusão funcional de PET/CT localizou os tumores intra
oculares e avaliou suas atividades fisiológicas.
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CT / PET de corpo inteiro para estadiamento inicial de melanoma de coróide
Paul T Finger, Madhavi Kurli, Shantan Reddy, Lawrence B Tena e Anna C Pavlick
Resumo Objetivo: Pesquisar o valor de tomografia de emissão de posítrons / tomografia computadorizada (PET/CT) para detecção de melanoma de
coróide metastático em pacientes diagnosticados inicialmente com melanoma de coróide. Métodos: Cinqüenta e dois pacientes com melanoma de coróide foram submetidos a PET/CT de corpo inteiro como parte de seu estadiamento
para metástases. Exames de PET/CT foram utilizados como ferramenta no início do diagnóstico. Exame físico, testes de função
hepática e raio-x de tórax foram realizados. As imagens de PET/CT (com 18-fluoro-2-desoxiglicose (FDG) intravenoso) foram
estudadas para verificar a presença de melanoma metastático. Os padrões de referência foram outras imagens e biópsias subsequentes.
Resultados: Dois de 52 (3,8%) pacientes apresentaram metástases de melanoma antes do tratamento. Os locais mais comuns de metástases
foram o fígado (100%), osso (50%) e linfonodos (50%). Envolvimento cerebral foi detectado em um paciente. Um paciente (50%)
apresentou acometimento de múltiplos locais. Avaliações hepáticas foram normais em ambos os pacientes. O PET/CT mostrou resultados
falso-positivos em 3 (5,7%) pacientes constatado após histopatologia e/ou outros exames de imagem. Em 7 pacientes (13,4%)
a imagem PET/CT detectou lesões benignas no osso, pulmão, linfonodos, cólon e reto. Conclusão: A imagem por PET/CT pode ser utilizado como uma ferramenta de detecção e localização de metástases de melanoma de coróide.
Enzimas hepáticas não identificaram metástases hepáticas, enquanto o PET/CT mostrou melanomas hepáticos e extra-hepáticos.
A imagem por PET/CT pode melhorar os métodos convencionais de estadiamento para detecção de doença metastática em pacientes
inicialmente diagnosticados com melanoma de coróide.
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Infecção infantil e diabetes insipidus em crianças com hipoplasia do nervo óptico
Sean P Donahue, Adrian Lavina e Jennifer L Najjar
Resumo
Introdução: Hipoplasia bilateral do nervo óptico (BONH) está freqüentemente associada a outras anormalidades da linha média do sistema
nervoso central (displasia óptico-septal). Disfunção hormonal secundária ao envolvimento da pituitária anterior (cortisol)
e posterior (ADH) podem ser subitamente graves e ameaçadoras para a vida. Métodos: Série de Casos. Relatamos três casos de displasia óptico-septal (SOD) se apresentando como infecção infantil com associação
de diabetes insipidus. O diagnóstico de SOD foi suspeito apenas após avaliação oftalmológica; 1 avaliação subseqüente levou
ao diagnóstico de panhipopituitarismo. Conclusões: Um alto índice de suspeita é necessário para se diagnosticar displasia óptico-septal em crianças quando a doença se apresenta
como infecção infantil e hipertermia. Sinais clínicos precoces de icterícia neonatal e hipoglicemia deveriam alertar para
uma avaliação oftalmológica.
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Função visual e social no nistagmo
Rachel F Pilling, John R Thompson e Irene Gottlob
Resumo
Objetivos: Pesquisar a influência do nistagmo na função visual e socal e determinar se os pais são capazes de avaliar tais funções nestas
crianças. Método: Um questionário enviado pelo correio formado por 14 perguntas relacionadas à função visual (VF14) e questões relacionadas
a função social foram enviadas a todos os 1013 membros da Rede de Nistagmo – uma organização no Reino Unido para pacientes
com nistagmo e suas famílias. Escores de função visual e social foram comparados por meio de análise de regressão. Resultados: Questionários de 180 adultos, 233 pais e 124 crianças foram devolvidos. Nistagmo idiopático foi a causa mais freqüente. Em
adultos o escore médio VF14 indicou função visual muito baixa, no mesmo nível de pacientes avaliados em serviços de visão
subnormal. A função visual de crianças foi melhor graduada do que adultos com DMRI e enxertos de córnea. Houve uma correlação
forte entre função visual percebida e função social de adultos (p<0,001) e avaliação dos pais de suas crianças (p<0,001),
mas não entre a auto-avaliação infantil da função visual e social. Houve forte correlação entre a avaliação dos pais e crianças
da função visual e social (p<0.001, p<0.001) Conclusão: Questionários indicaram que o nistagmo está associado a função visual subnormal. Houve correlação forte entre acometimento
visual e social. Nós mostramos pela primeira vez em doenças oftalmológicas que pais são capazes de estimar o impacto do nistagmo
em seus filhos tanto visualmente quanto socialmente, embora o impacto emocional do nistagmo seja subestimado.
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Clinical science - extended reports
Um estudo controlado de distribuição aleatória de azitromicina após cirurgia de triquíase tracomatosa na Gâmbia
Matthew J Burton, Farbakary Kinteh, Ousman Jallow, Ansumana Sillah, Momodou Bah, Marcel Faye, Esther A Aryee, Usman N Ikumapayi,
Neal D Alexander, Richard A Adegbola, Hannah Faal, David C Mabey, Allen Foster, Gordon J Johnson e Robin L Bailey
Resumo
Introdução: Triquíase tracomatosa frequentemente recidiva após cirurgia. Diversos fatores podem ser responsáveis por isso: gravidade
pré-operatória, habilidade do cirurgião, procedimento cirúrgico, respostas de cicatrização e infecção. Este estudo pesquisa
se o controle melhorado da infecção, tanto por clamídia tracomatis quanto por outras bactérias com azitromicina pode melhorar
o resultado cirúrgico em um programa de controle de tracoma. Métodos: Indivíduos com triquíase tracomatosa foram examinados e operados. Após cirurgia os pacientes foram distribuídos aleatoriamente
para um grupo tratado com azitromicina e outro grupo controle. O grupo com azitromicina e crianças no mesmo lar foram tratados
com uma dose de azitromicina. O tratamento com antibiótico foi repetido após 6 meses. Todos os pacientes foram reavaliados
após 6 e 12 meses. Amostras foram coletadas para PCR e microbiologia geral em cada exame. Resultados: 451 pacientes foram convocados, dos quais 426 (96%) foram reavaliados após um ano. Destes, 176 (41,3%) apresentaram 1 ou
mais cílios tocando o olho e 84 (19,7%) apresentaram 5 ou mais cílios. Não houve diferença entre a recidiva de triquíase entre
o grupo tratado com azitromicina e o grupo controle. Recidiva de triquíase foi significativamente associada com triquíase
pré-operatória mais grave, infecção bacteriana e inflamação conjuntival grave aos 12 meses. Variabilidade significativa no
resultado foi encontrado entre cirurgiões. A acuidade visual e sintomas melhoraram de forma significativa após cirurgia. Conclusão: Neste estudo com baixa prevalência de tracoma ativo, a azitromicina não melhorou o resultado da cirurgia de triquíase realizada
em um programa de controle de tracoma. Cirurgia de triquíase em adultos deve ser realizada de rotina.
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Potencial da lente intraocular acomodativa 1 CU
Gangolf Sauder, Robert F Degenring, Bernd Kamppeter e Philipp Hugger
Resumo Objetivo: Avaliar o poder acomodativo de uma nova lente monofocal dobrável acomodativa.
Desenho: Estudo intervencional prospectivo de distribuição aleatória.
Participantes: Este estudo incluiu 40 pacientes admitidos no hospital para cirurgia de catarata que foram distribuídos aleatoriamente
em um grupo de estudo recebendo uma nova lente dobrável monofocal com hápticos flexíveis e um grupo controle recebendo uma
lente intraocular dobrável padrão. A média de seguimento foi de 8,51+/-1,34 meses (4 a 11 meses). Método: Cirurgia de catarata convencional consistiu de incisão em córnea clara, capsulorrexe, facoemulsificação e implante da lente
intraocular com anestesia tópica.
Medidas pós-operatórias: acuidade visual pré- e pós-operatória para perto e longe, amplitude acomodativa e alteração na profundidade
de câmara anterior. Resultados: No grupo de estudo comparado ao grupo controle, a amplitude de acomodação foi significativamente maior (p=0.01) (1.01 ± 0.4
dioptrias versus 0.50 ± 0.11 dioptrias) e a alteração na profundidade de câmara anterior foi significativamente maior (0.82
± 0.30 versus 0.40 ± 0.32, p= 0.01). Ambos os grupos não variaram significativamente na visão corrigida (0.94 ± 0.12 versus
0.93 ± 0.18; p=0.74). Discussão: Durante um período de seguimento de 8 meses após implante, a nova lente monofocal dobrável intraocular com hápticos flexíveis
mostrou um poder acomodativo de aproximadamente uma dioptria que foi significativamente maior do que o poder acomodativo de
uma lente intraocular dobrável convencional. A diferença no poder acomodativo entre as duas lentes intraoculares foi paralela
à diferença entre a alteração da profundidade da câmara anterior.
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Efeito da dorzolamida e timolol no fluxo sangüíneo de pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e hipertensão ocular
Gabriele Fuchsjaeger-Mayrl, Beate Wally, Georg Rainer, Wolf Buehl, Tina Aggermann, Julia Kolodjaschna, Guenther Weigert, Elzbieta
Polska, Hans-Georg Eichler, Clemens Vass e Leopold Schmetterer
Resumo Objetivo: Há evidência de que anormalidades na perfusão da cabeça do nervo óptico estão envolvidas na patogênese do glaucoma. Assim,
há interesse considerável nos efeitos de drogas antiglaucomatosas tópicas no fluxo sangüíneo ocular. O presente estudo foi
projetado para comparar os efeitos hemodinâmicos oculares da dorzolamida e timolol em pacientes com glaucoma primário de ângulo
aberto e hipertensão ocular. Métodos: Cento e quarenta pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (POAG) ou hipertensão ocular (OHT) foram incluídos neste
estudo clínico controlado, duplo cego e de distribuição aleatória em dois grupos paralelos. 70 pacientes foram aleatoriamente
selecionados para receber timolol e 70 para dorzolamida por um período de 6 meses. Pacientes de pressão intraocular não responsivos
ao tratamento com nenhuma das drogas foram trocados para tratamento paliativo em 2 semanas. Fluxometria com Doppler de Varredura
à Laser foi utilizada para medir o fluxo sangüíneo na rima neurorretínica temporal e na escavação do nervo óptico. Fluxo sangüíneo
pulsátil da coróide foi avaliado, utilizando medidas da amplitude da pulsação do fundus por interferometria à laser. Resultados: Cinco pacientes não foram responsivos ao timolol e mudaram para o grupo dorzolamida e 18 pacientes mudaram de dorzolamida
para timolol. Os efeitos das duas drogas na IOP e perfusão ocular foram comparáveis. Dorzolamida, ao contrário do timolol,
aumentou o fluxo sangüíneo na rima neurorretínica temporal (8,5 ± 1,6%, p < 0,001 versus timolol) e na escavação do nervo
óptico (13,5 ± 2,5%, p < 0,001 versus timolol) e a amplitude de pulsação do fundus (8,9 ± 1,3%, p < 0,001 versus timolol). Conclusões: O presente estudo mostra aumento no fluxo sangüíneo da papila e no fluxo sangüíneo coroidal após 6 meses de tratamento com
dorzolamida, mas não com timolol. Ainda deve ser estabelecido se este efeito pode ajudar a reduzir a perda de campo visual
em pacientes com glaucoma.
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Relação entre pico de PIO no teste de ingestão de água e a progressão da perda de campo visual Glaucoma
Remo Susanna Jr, Roberto Murad Vessani, Lisandro Sakata, Leandro Cabral Zacarias e Marcelo Hatanaka
Resumo Objetivo: Comparar os resultados do teste de ingestão de água em olhos glaucomatosos com e sem progressão da perda de campo visual. Métodos: Análise retrospectiva de 76 olhos de 76 pacientes com glaucoma de ângulo aberto acompanhados por uma média de 26,0 ± 13,8
meses. Pacientes foram submetidos ao teste de ingestão de água no início do período de acompanhamento. Perimetrias acromáticas
automatizadas, de resultados confiáveis, realizadas durante o período de estudo foram usadas para caracterizar progressão
de perda do campo visual. Todos os indivíduos estavam em terapia clínica e tinham PIO menor que 17 mmHg monitorizada por medidas
isoladas durante o período de acompanhamento. Os resultados do teste de ingestão de água foram comparados entre olhos glaucomatosos
com e sem progressão na perda do campo visual. Resultados: 28 olhos alcançaram progressão definida da perda de campo visual. Não houve diferenças significantes na idade média, sexo,
raça, PIO basal, número de drogas anti-glaucomatosas, desvio médio inicial (MD) e desvio padrão corrigido (CPSD) entre olhos
que mostraram progressão na perda de campo visual e aqueles que não mostraram progressão. Diferença significante de 1,9 ±
0,6 mmHg (P = 0,001, análise de covariância; 95% intervalos coincidentes IC: 0,8 a 3,0) foi observada entre olhos glaucomatosos,
mostrando deterioração do campo visual e olhos glaucomatosos que não progrediram a perda de campo. Diferença significante
de 16,8 ± 4,6% na porcentagem mínima de variação da PIO foi também observada entre os dois grupos (P < 0,001, , análise de
covariância; 95% intervalos coincidentes IC:7,7 a 26,0). Conclusões: O pico médio de PIO e a porcentagem de variação da PIO durante o teste da ingestão de água foi significantemente maior em
pacientes com progressão da perda de campo visual comparados a pacientes que não tiveram esta progressão.
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Influência da mudança na posição do corpo no fluxo sangüíneo coroidal em indivíduos normais
Phil Kaeser, Selim Orgul, Claudia Zawinka, Graziella Reinhard e Josef Flammer
Resumo Objetivo: Comparar o fluxo sangüíneo subfoveal coroidal (ChBF) em voluntários normais sentados e levantados. Métodos: ChBF foi medido através de fluxometria a laser Doppler em 22 voluntários saudáveis (idade média ± DP: 24 ± 5 anos). Seis
medidas independentes do fluxo sangüíneo coroidal foram obtidas em um olho, selecionado aleatoriamente, de cada indivíduo.
Subseqüentemete os indivíduos adotavam posição de pé por 30 minutos e uma nova série de 6 medidas foi obtida. Valores médios
das duas séries foram calculados. Pressão arterial sistêmica na artéria braquial e pressão intraocular foram medidas nas posições
de pé e sentado. Pressão de perfusão ocular (OPP) foi calculada baseada em formulas derivadas de estudos oftalmodinamométricos.
A influência da mudança da OPP durante a mudança da posição do corpo na mudança do ChBF foi avaliada em uma análise de regressão
linear. Resultados: ChBF diminuiu em 6,6% (p=0,0017) na posição de pé. A estimativa para pressão sangüínea oftálmica na posição de pé foi ajustada
para obter um resultado da mudança na OPP para ausência de mudança no ChBF, permitindo uma média de diminuição para a estiva
da OPP de 6,7% (p=0,0002). O ajuste necessário para a estimativa da OPP na posição de pé sugeriu uma diminuição marcante da
mudança na pressão de perfusão no sistema carotídeo. A diminuição relativa na OPP se correlacionou significantemente com a
diminuição relativa no ChBF (R2: 0,20; p=0,036) com uma inclinação de 1,04 para a linha de regressão. Conclusão: O grau de mudança comparável na ChBF e OPP e o relacionamento linear entre os dois parâmetros sugerem uma resposta passiva
da circulação coroidal à mudança de posição. Em contraste, o sistema carotídeo parece controlar minuciosamente o gradiente
na pressão de perfusão entre o coração e seus ramos.
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18 anos de experiência com braquiterapia com taxas de alta dose de Strontium-90 de melanoma uveal de pequeno a médio tamanho
Rita Van Ginderdeuren, Erik Van Limbergen e Werner Spileers
Resumo Objetivo: Analisar o controle local do tumor, complicações relacionadas à radiação, acuidade visual, taxa de enucleação e sobrevivência
após braquiterapia com taxas de alta dose (HDR) de aplicador strontium-90 para melanomas de coróide (CM) de tamanho pequeno
a médio. Métodos: De 1983 até 2000, 98 olhos com CM foram tratados com braquiterapia com strontium-90. As medidas principais de acompanhamento
foram as taxas atuais de sobrevivência dos pacientes, taxa de conservação ocular, regressão do tumor, taxas de complicações
e preservação de acuidade visual. As taxas finais foram estimadas utilizando análise de Kaplan-Meier. Resultados: A media de acompanhamento foi de 6,7 anos (0,5-18,8 anos). A taxa de sobrevivência de pacientes livres de melanoma foi 85%
(SE 4,8%) após 18 anos. A taxa atual de conservação ocular e regressão completa do tumor foi 90% (SE 3,8%) após 15 anos. Em
93% o controle local do tumor foi conseguido, 88% mostraram uma cicatriz estável. Recorrência na borda do tumor causou enucleação
de seis olhos (7%). Três casos (4%) terminaram em descolamento de retina. Não houve caso de atrofia óptica ou de retinopatia
com piora da visão fora da área tratada. Taxas atuais de preservação da acuidade visual de 1/10 foi 65 e 45% respectivamente
em 5 e 15 anos de acompanhamento (SE 5,9 e 8,8%). Conclusões: Braquiterapia com Strontium-90 é tão eficaz quanto braquiterapia com iodo ou ruthenium para CM de tamanho pequeno a médio,
porém causando menos complicações. A preservação da visão é melhor que com todos os outros radioisótopos descritos. Braquiterapia
HDR strontium-90 pode assim ser seguramente recomendada em CM de tamanho pequeno a médio.
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O espectro da aquiasmia: decussação quiasmatica congenitamente reduzida
David A Sami, David SI Taylor, Dawn Saunders, Dorothy A Thompson, Isabelle M Russell-Eggitt, Ken K Nischal, Glenn Jeffery,
Mehul Dattani, Richard A Clemente e Alki C Liasis
Resumo Objetivo: Descrever o espectro clínico de aquiasmia: um distúrbio congênito de decussação relativamente reduzida do quiasma óptico. Métodos: Revisão retrospectiva de prontuários de 9 crianças (4 masculino, 5 feminino). Aquiasmia foi definido como uma combinação
de assimetria característica de potencial visual evocado (PVE) monocular a flashes e neuroimagens mostrando tamanho reduzido
do quiasma. Resultados: Três crianças apresentaram encefalocele da base do crânio associada a agenesia do corpo caloso. Em dois pacientes aquiasmia
foi associada a displasia do septo óptico. Três pacientes não apresentaram outras alterações de neuroimagem além de tamanho
reduzido de quiasma e nenhuma disfunção pituitária. Uma criança apresentou múltiplas deformidades físicas mas a única alteração
na imagem foi de tamanho reduzido do quiasma. Conclusões: Algumas crianças com distúrbios médios de desenvolvimento do sistema nervoso central, incluindo displasia do septo óptico
e encefalocele apresentaram decussação reduzida congênita do quiasma. Decussação reduzida relativa pode co-existir com hipoplasia
quiasmal. Crianças com decussação quiasmatica aparentemente isolada podem apresentar outros achados neurológicos sutis, porem
nossa impressão clínica é que a maioria das crianças apresentam função normal.
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Estudo clínico de distribuição aleatória da eficiência de óculos de leitura com prisma de base nasal vs. óculos placebo para
leitura para insuficiênica de confergência sintomática em crianças
Mitchell Scheiman, Susan Cotter, Michael W Rouse, G. Lynn Mitchell, Marjean Kulp, Jeffrey Cooper, Eric Borsting e o Grupo
de Estudo CITT
Resumo Objetivo: Comparar óculos de leitura com prisma nasal a óculos placebo para leitura no tratamento de insuficiência de convergência
(CI) sintomática em crianças de 9-<18 anos. Métodos: Em um estudo clínico de distribuição aleatória, 72 crianças de 9-<18 anos com CI sintomática foram submetidos a tratamento
com óculos de leitura com prisma nasal ou óculos placebo para leitura. O nível de sintomas, medido por um questionário quantitativo
de sintomas (CI Symptom Survey-V15), foi a medida principal para acompanhamento. Ponto próximo para convergência e vergência
fusional positiva de perto foram as medidas secundárias. Resultados: A media do CI Symptom Survey score diminuiu (menos sintomático) em ambos os grupos óculos com prisma de base nasal 31,6 (±10,4)
a 16,5 (±9,2), óculos placebo 28,4 (±8,8) a 17,5 (±12,3). A mudança nas pontuações do CI Symptom Survey scores (p=0,33), ponto
próximo de convergênica (p=0,91) e vergência fusional positive (p=0,59) não foram significativamente diferentes entre os dois
grupos após 6 semanas de uso dos óculos. Conclusões: Os óculos de leitura com prisma nasal não se mostraram mais eficientes no alívio dos sintomas, melhora do ponto próximo de
convergência ou melhora na vergência fusional positiva de perto do que os óculos placebo no tratamento de insuficiência de
convergência sintomática em crianças de 9-<18 anos.
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Performance de leitura monocular e binocular em crianças com ambliopia microestrabísmica
Eva Stifter, Georg Burggasser, Elisabeth Hirmann, Arnulf Thaler e Wolfgang Radner
Resumo
Objetivo: Avaliar a existência de déficits funcionais relevantes na performance da leitura em crianças com ambliopia microestrabísmica
essencial através da comparação de suas performances de leitura monocular e binocular à performance de leitura de crianças
com acuidade visual normal em ambos os ohos. Métodos: A performance de leitura de 40 crianças (idade média: 11,6 +1,4 anos) foi avaliada monocular e binocularmente em ordem aleatória,
utilizando cartões de leitura padronizados para a determinação simultânea da acuidade e velocidade de leitura. Vinte das crianças
testadas estavam em tratamento para ambliopia microestrabísmica unilateral (acuidade visual nos ohos amblíopes: logMAR 0,19+0,15;
olho contra lateral: -0,1+0,07); os outros eram controles de visão normal (acuidade visual nos olhos direitos: -0,04+0,15;
olhos esquerdos: -0,08+0,07).
Resultados: A respeito da velocidade binocular máxima de leitura (MRS), foram vistas diferenças significantes entre as crianças com ambliopia
microestrabísmica e os controles normais (p=0,03): visto que os controles alcançaram uma MRS binocular de 200,4+11lpm, as
crianças com ambliopia unilateral alcançaram uma MRS binocular de apenas 172,9+43,9lpm. Não houve diferenças significantes
entre os dois grupos considerando a acuidade visual LogMAR binocular e a acuidade de leitura (p<0,05). Para a performance
de leitura monocular, melhora significante foi vista nos olhos ambíopes, visto que não houve diferenças significantes entre
o olho contra lateral das crianças amblíopes e grupo controle.
Conclusão: Diferenças significantes na MRS binocular puderam ser vistas entre crianças com ambliopia miscroestrabísmica e controles
normais. Este resultado indica a presença de uma deficiência funcional relevante de leitura, mesmo que a acuidade visual binocular
e a acuidade de leitura sejam ambas comparáveis ao grupo controle.
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Disfunção ocular motora e ptose na miastenia gravis ocular: Efeitos do tratamento
Mark J. Kupersmith, MD e Gui-shuang Ying
Resumo Objetivo: O tratamento ótimo da miastenia gravis ocular (MGO) permanece desconhecido. Nós avaliamos a eficácia de prednisona e piridostigmina
na redução da diplopia, disfunção ocular motora e ptose em pacientes com MGO. Métodos: Revisão dos prontuários de uma base de dados clínica de um serviço de neuro-oftalmologia de pacientes com MGO entre 1990
e 2002, excluindo aqueles que desenvolveram MG generalizada no primeiro mês de diagnóstico. Participantes/Intervenções: terapia
não aleatória e não mascarada foi realizada. Cinqüenta e cinco pacientes com diplopia no olhar primário ou para baixo e disfunção
clínica dos músculos extraoculares receberam prednisona. Trinta e quatro pacientes que apresentavam contraindicações a esteróides
ou que recusaram tratamento com prednisona receberam somente piridostigmina. Após 5 dias a dose diária de prednisona foi aumentada
para 50 a 60 mg e depois gradualmente reduzida para 10 mg, seguido por mais redução conforme a tolerância. A dose de piridostigmina
iniciou com 180 mg diários e aumentou de acordo com a tolerância.Principais medidas: Avaliações do seguimento realizados nos
meses 1, 3 a 6, 12 e 24 detalharam a freqüência de ptose e diplopia e a quantidade de desvio ocular motor no olhar primário
e para baixo. Resultados: Os grupos da prednisona e piridostigmina foram semelhantes quanto à idade, gênero, nível de anticorpos de receptores de acetilcolina,
testes de prisma e cover para olhar primário e inferoversão, diplopia no olhar primário e inferoversão e ptose unilateral.
Ptose bilateral foi presente em 32,4% do grupo de piridostigmina e 10,9% do grupo de prednisona (p=0,02). O grupo da prednisona
mostrou resolução da diplopia em olhar primário, inferoversão, ptose unilateral e ptose bilateral em 73,5%, 75,5%, 85,7% e
98% respectivamente após um mês. Este benefício permaneceu nos meses 3 a 6, 12 e 24 com exceção da ptose bilateral. O grupo
da pridostigmina mostrou resolução na diplopia na posição primaria, diplopia inferior, ptose unilateral e ptose bilateral
em 6,9%, 17,2%, 50% e 76,7% dos pacientes após um mês de tratamento. Os resultados de prisma e cover melhoraram (p=0.003)
somente no grupo da prednisona. Neste grupo somente quatro pacientes não mostraram resposta ao tratamento. Entre os 51 pacientes
responsivos a prednisona, 26 pacientes apresentaram 33 recidivas. Doze pacientes tratados com prednisona apresentaram remissões.
Com exceção de 3 pacientes com diabetes, nenhum paciente desenvolveu complicação sistêmica clinicamente significativa como
resposta ao esteróide. Conclusão: Estes resultados sugerem que 50 a 60 mg diários de prednisona seguido por doses mais baixas (10 mg ou menos) apresentam resolução
da ptose e diplopia que dura pelo menos 2 anos em 70% dos pacientes.
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Exenteração de órbita: experiência de 13 anos em Manchester
Imran Rahman, Anne E Cook e Brian Leatherbarrow
Resumo
Introdução: Exenteração é um procedimento desfigurante reservado para o tratamento de malignidades com risco de vida ou condições progressivas
sem resposta terapêutica. Neste estudo revisamos nossa experiência com exenteração incluindo indicação, resultados e razões
para o aumento no índice de exenterações nos últimos 15 meses. Métodos: Este estudo retrospectivo revisou os prontuários de um banco de dados computadorizado para identificar todos os pacientes
que foram submetidos a exenteração da órbita de primeiro de Janeiro de 1991 a primeiro de Abril de 2004 no Hospital Real de
Manchester. Quando os prontuários não estavam disponíveis tentativas para obter dados dos pacientes junto a clínicas e autoridades
locais foram realizadas. Resultados: 69 órbitas de 68 pacientes foram identificadas. A idade média da coorte foi de 68,2 anos com 33 homens e 35 mulheres submetidos
ao procedimento. No total, 31 pacientes foram previamente submetidos a outros procedimentos. O tempo médio do procedimento
até a exenteração foi de 115 meses. 14 tumores diferentes foram identificados, dos quais carcinoma basocelular (28), melanoma
(10), carcinoma de células sebáceas (9) e carcinomas espinocelulares (6) foram os mais comuns. Foi observada uma incidência
maior de exenteração em casos de CBC. 30 pacientes receberam próteses orbitais dentro de um período de 11 meses. Conclusão: Exenteração é um procedimento realizado com maior freqüência na nossa unidade nos últimos 18 meses, a maioria devido a CBCs.
Uma proporção grande destas exenterações foram submetidas a procedimentos prévios de várias subespecialidades em outras unidades.
Exenterações são procedimentos desfigurantes que podem, desta forma, ter a incidência reduzida por meio de remoção agressiva
na época da remoção primária. Uma vez realizada, a reabilitação cosmética é demorada com múltiplos retornos independentemente
do método usado para fechar o defeito orbital.
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Sintomas visuais isolados no início da doença esporádica de Creutzfeldt-Jakob: o fenótipo clínico da "variante Heidenhain"
Sarah Anne Cooper, Katy L Murray, Craig a Heath, Robert g Will e Richard S Knight
Resumo
Introdução: A variante Heidenhain da doença esporádica de Creutzfeldt-Jakob (sCJD) é comumente reconhecida por casos com queixas visuais
proeminentes precoces. O termo é esclarecido neste estudo para representar aqueles que se apresentam com sintomas visuais
isolados no início. Este grupo deve mostrar dificuldades particulares no diagnóstico precoce e freqüentemente se apresentam
a oftalmologistas onde devem ser submetidos a procedimentos invasivos com potencial transmissão interpessoal da infecção.
Método: Uma revisão retrospectiva de uma população de 594 casos de sCJD comprovados patologicamente encaminhados para a Unidade Nacional
Surveillance de CJD do Reino Unido por um período de 15 anos para identificar casos Heidenhain. Resultados: Vinte e dois casos tiveram sintomas visuais isolados no início com uma média de duração da doença de quatro meses. A idade
média no início da doença foi de 67 anos. A maioria mostrou associação de sinais mioclônicos e piramidais e o início da demência
foi retardado por algumas semanas na evolução da doença. Dezessete (77%) foram encaminhados inicialmente para um oftalmologista
e dois foram submetidos à extração da catarata antes da confirmação do diagnóstico. Todos os casos testados eram homozigotos
para metioninq no codon 129 do gene da proteína prion. Conclusões: Este grupo de pacientes raros mas clinicamente distintos deve mostrar dificuldades no diagnóstico precoce. Do ponto de vista
de que a intervenção ocular acarreta ao risco de transmissão, a atenção especial entre oftalmologistas se faz importante.
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