BJO Spanish At a Glance

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Spanish At a Glance

Abril/ April 2009
Volume 93 Number/ número 4
Table of Contents

Editors/Editores: Dr David Pelayes y Dr Merce Morral Palau
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Telemedicina no traumatismo craniano por abuso

Saleh et al realizaram estudo observacional transversal em 21 crianças com suspeita de traumatismo craniano por abuso. Fotografias de fundo de olho foram feitas utilizando-se uma câmera de retina digital e as imagens foram avaliadas por um oftalmologista em relação à presença de hemorragias retinianas. As crianças foram examinadas por oftalmoscopia de rotina e também foram submetidas à avaliação radiográfica para fraturas ósseas e hemorragias intracranianas. Quatorze pacientes foram diagnosticados como sendo vítimas de trauma por abuso. Imagens obtidas por câmera de retina digital auxiliaram no diagnóstico de abuso em 92,8% dos casos.
Veja na página 424.


Bevacizumab intravítreo em edema macular secundário à oclusão de ramo ou veia central da retina

Prager et al avaliaram em um estudo clínico prospectivo as alterações funcionais e anatômicas após 3 injeções intravítreas iniciais de 1mg com intervalo mensal em 29 olhos com edema macular persistente secundário à oclusão de ramo venoso (21 olhos) ou oclusão de veia central (8 olhos). Indicação de retratamento foi baseada na espessura da retina central (CRT) medida por OCT. Após 12 meses de acompanhamento, a acuidade visual média aumentou de 30 letras (20/100), inicialmente, para 66 letras (20/50+; p<0,001) e CRT decresceu de 558 mm iniciais para 309 mm (p<0,001). Angiofluoresceinografia não mostrou progressão de áreas avasculares. Os autores concluíram que a terapia intravítrea com bevacizumab apresentou benefício apenas por curto espaço de tempo nesses casos.
Veja na página 452


PDT em DMRI neovascular

Murjaneh et al relataram a eficácia da terapia fotodinâmica (PDT) para degeneração macular relacionada à idade (DMRI) na prática clínica de rotina. Mil e oito pacientes foram recrutados prospectivamente num período de 7 anos em um único centro no Reino Unido. Apenas 81% e 52% dos pacientes envolvidos completaram 12 e 24 meses de acompanhamento, respectivamente. Aos 12 meses, 62% mantinham a melhor acuidade visual corrigida com uma média de 2,9 tratamentos. Os autores concluíram que PDT realizado na prática clínica é pelo menos tão eficiente quanto o descrito em ensaios clínicos com distribuição aleatória, utilizando-se menos tratamentos.
Veja na página 468


Cirurgia “Slow” Mohs no tratamento do carcinoma baso-celular periocular

Morris et al avaliaram prospectivamente os resultados do acompanhamento por 5 anos de uma série de 182 casos de carcinoma baso-celular periocular tratados com cirurgia micrográfica de Mohs utilizando-se cortes histológicos fixados em formol e embebidos em parafina (“slow” Mohs). A recorrência do tumor ocorreu em apenas 1 paciente (0,5%) e os pacientes apresentaram resultado estético bom ou excelente em 74% dos casos. Os autores concluíram que, embora a baixa taxa de recorrência com “slow” Mohs em 5 anos seja equivalente à observada com a cirurgia de Mohs convencional, o atraso no fechamento da ferida cirúrgica não compromete o resultado estético. “Slow” Mohs representa uma alternativa mais barata e histologicamente superior à cirurgia de Mohs.
Veja na página 474.


Flutuação diurna do fluxo sanguíneo ocular no glaucoma primário de ângulo aberto.

Pemp et al analisaram a flutuação do fluxo sanguíneo ocular em 15 pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) e em 15 olhos sem glaucoma e correlacionaram esses achados com variação da pressão intraocular (PIO) e pressão de perfusão ocular média. Medidas da pressão sanguínea sistêmica, amplitude de pulsação do fundo de olho, fluxo sanguíneo coroidal, fluxo sanguíneo da cabeça do nervo óptico e PIO foram avaliadas às 08:00, 12:00, 17:00 e 21:00hs. Os autores observaram maior flutuação diurna dos parâmetros referentes ao fluxo sanguíneo ocular nos pacientes com GPAA do que nos olhos normais. Essa observação reforça a hipótese de que GPAA está associado à alteração da regulação vascular.
Veja na página 486


Controle de pressão intra-ocular e flutuação com trabeculoplastia seletiva à Laser.

Nagar et al avaliaram o efeito da trabeculoplastia seletiva à Laser (TSL) no controle da pressão intra-ocular (PIO) e flutuação diurna em 40 pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) e hipertensão ocular (HO) selecionados aleatoriamente para receber TSL ou latanoprosta. Sucesso foi definido como diminuição de 20% da PIO. Setenta e cinco por cento dos pacientes submetidos à TSL e 73% dos que receberam latanoprosta foram considerados como tendo resultado bem-sucedido em relação ao controle da PIO. Em média, TSL diminuiu a PIO em 4,7 mmHg (p,0,01). A redução foi similar com latanoprosta. TSL reduziu significantemente a flutuação da PIO, mas a latanoprosta foi mais eficiente (3,6 vs. 2,5 mmHg; p=0,04). Os autores concluíram que ambas, TSL e latanoprosta, tiveram impacto significativo no controle da PIO e flutuação. Embora latanoprosta seja mais eficiente na redução da flutuação, TSL apresenta vantagens por ser uma intervenção única e que não necessita de fidelidade ao tratamento.
Veja na página 497.


Comprimento axial em olhos preenchidos por óleo de silicone

Bencic et al compararam a acurácia da biometria com varredura A (37 pacientes) e de imagens por ressonância magnética (RM) (33 pacientes) para a medida do comprimento axial de olhos preenchidos com óleo de silicone em um estudo prospectivo de distribuição aleatória. Nos pacientes com comprimento axial < 26 mm, o desvio padrão entre a refração final e a refração prevista foi -1,23D (dp 0,67) no grupo RM e -2,3D (dp 2,02) no grupo da biometria com varredura (p = 0,02). Em pacientes com comprimento axial de 26 mm não houve diferença entre os dois grupos. Os autores concluíram que, para olhos com miopia mais alta preenchidos com óleo de silicone, a biometria calculada com RM foi mais precisa na determinação do comprimento axial.
Veja na página 502